CAPÍTULO 31

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POV Camila Cabello

- Greve de sexo, é isso?

Custei a acreditar que Lauren estava mesmo abrindo mão do que existia de melhor entre nós duas apenas por acreditar que conseguiria me demover da ideia de conseguir com meus próprios méritos as informações que Austin tanto queria me fornecer.

Ela estava de pé, coberta pelo roupão, aguardando por mim, que ainda estava dentro da banheira, surpresa demais para fazer qualquer atividade cotidiana. Aliás, sexo com a minha amante era mesmo uma atividade cotidiana e eu duvidava muito que Lauren seria capaz de manter o seu plano, por isso ainda tinha a capacidade de sorrir e ironizar.

- Não é greve de sexo, Camila , mas sim a minha forma de demonstrar o quanto estou insatisfeita pelo pouco amor que você tem por si mesma.

Ok. Esta realmente me chocou. Tenho consciência de que minha boca abriu, minha mente trabalhou ferozmente por uma resposta, e eu apenas me calei e levantei da banheira sem me importar com o seu olhar, que claro, foi bastante guloso. Lauren pode ser muito forte em mim, mas eu também tenho minha quota de encantos que poderiam colocá-la a perder.

- Tudo bem.

- Tudo bem? - de maneira quase imperceptível seus olhos estreitaram.

- Pode ficar sem encostar um dedo em mim. Depois que eu conseguiras provas resolveremos isso. Falta bem pouco agora.

- Camila !

- Resolvido. Não vamos transar até que você entenda que eu não vou voltar atrás.

Ela ia avançar, mas se conteve. Melhor assim. Era só aguardar para saber até quando conseguiríamos cumprir com a promessa. Devo admitir, já implorava para que não demorasse tanto.

Lauren passou por mim indo direto para o closet. Caminhei silenciosamente na mesma direção. Uma coisa era certa: estava grávida e precisar cuidar do corpo por isso estava me favorecendo em diversos pontos, aquele era um destes momentos. Peguei uma toalha seca e a esfreguei em meu corpo tão teatralmente que me questionei o quanto ridículo deveria estar, mesmo assim continuei, depois fiz questão de caminhar nua pelo espaço, fingindo desinteresse, e demorei longos minutos lambuzando meu corpo com creme hidratante, sem esquecer nem por um segundo de murchar a barriga ao máximo. Vai que ela desconfiasse. Sorri ao vê-la jogar a toalha e sair rapidamente para o quarto.

Quando cheguei ela já estava deitada, os braços cruzados atrás da cabeça, corpo coberto e olhos abertos. Encarava o teto, pensativo e com um "que" de raiva e frustração que me deixava até um certo ponto comovida, apesar de achar tudo muito engraçado.

- Boa noite, meu bem - me abaixei para beijar sua boca, mas ela não contribuiu muito.

Passei na frente dela, puxei o lençol e deitei nua. Pude vislumbrar seu queixo projetado e o maxilar travado. Ela fechou os olhos e não se moveu nem um milímetro. Parecia uma estátua, mal respirava. Como havia descoberto o meu lado "malévola" desde que resolvi que poderia entrar naquele jogo, não achei que seria demais forçar um pouco a barra. Deslizando sob o lençol, me encostei ao seu corpo, cobrindo seu corpo com meu braço e seus quadris com a minha perna. Ela engoliu em seco e alguma coisa muito próxima a minha coxa começava a reagir.

- Está frio hoje, mas acredito que logo logo teremos bom tempo.

Ela nada disse. Permaneceu de olhos fechados e com os braços atrás da cabeça.

- Vai fazer greve de palavras também? Não vamos mais conversar?

Lauren se movimentou, incomodada com a proximidade. Tirou os braços da cabeça e virou o corpo para ficar de frete para mim. Sua mão me puxou para perto e meu corpo inteiro correspondeu.

CAMREN: A Descoberta da Verdade - Minha CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora