CAPÍTULO 25

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POV Camila Cabello

– Eu não tenho culpa se recebi a planta errada!

Austin estava muito agitado, tentando se defender de todas as acusações que Lauren lhe fazia.

– Fiz o que fui mandado fazer. Supervisionei os detalhes, mas não sou especialista no assunto, como posso saber que os valores estavam alterados?

– Você é o gestor de uma equipe. Ninguém percebeu? Nenhum dos cientistas? Como pode explicar isso? – Lauren continuava atacando. – Quem vai pagar pelos prejuízos?

– Lauren... – tentei amenizar o clima.

Eu sabia, e ela também, que o máximo que poderíamos fazer era culpar Austin por não ter percebido o erro, mas não por ter sido o responsável por este.

– Não preciso levar o caso ao conselho. Tenho autonomia para demitir e contratar quem eu acho que seja realmente necessário dentro deste grupo – ela encarava Austin sem desviar a sua atenção. Assumia uma postura totalmente ameaçadora.

– Vai me demitir?

Ok. Hora de brincar de policial bom e policial ruim. Era meu papel evitar que Lauren fizesse aquela besteira. Ainda precisávamos de Austin e tê-lo tão ressentido não facilitaria em nada.

– Claro que não vamos demiti-lo, Austin!

Lauren engoliu em seco, contudo sem deixar de encarar sua vítima.

– Lauren só precisa de culpados.

– Não sou o culpado! – se defendeu o coitado que estava morrendo de medo.

– E quem é?

Nossa CEO se inclinou um pouco para frente, como se fosse atacar o pobre do Austin Mahone, que arregalou os olhos com aquela atitude.

– Eu não sei. Quando fizemos a reunião você me informou que me passaria a planta por e- mail e que um sistema seria instalado em meu computador para que esta pudesse ser melhor analisada. Trabalhei com estas informações o tempo todo. Eu não sou louco, Lauren! Nunca aceitaria uma situação como esta. Existe muito mais a arriscar do que a sua necessidade de medir forças com Lucy.

Aquilo incomodou a mulher que eu amava. Ela não revidou. Não se expressou. Apenas a pequena veia sobressaltada em sua testa indicava que não estava gostando do rumo da conversa.

– Estamos falando de vidas e eu nunca aceitaria participar de algo deste tipo! − completou Austin.

Aquela conversa, despida de mentiras e conveniências, onde Austin tratava abertamente sobre a sua posição ao lado de Lucy, mesmo que não expressada verbalmente, e deixava claro que não precisávamos manter a cortina de farsas que assumíamos quando estávamos naquele tabuleiro. Endireitei a coluna e encarei o nosso adversário.

– O que aconteceu foi um erro grave, Austin. Você tem razão. Ultrapassou todas as barreiras desta disputa. Nossas cabeças foram colocadas em cheque e, com certeza, todas rolariam se não tivéssemos percebido a tempo. Não temos como comprovar a participação de Lucy, então só você ficou em evidência. Não estou de acordo com a posição do Lauren em puni-lo quando sabemos que existe muito mais por detrás. Também não podemos fechar os olhos. A partir de agora você será constantemente vigiado e se conseguirmos qualquer prova da sua participação, abriremos um inquérito e o incriminaremos.

Austin engoliu em seco. Lauren se remexeu incomodada com a minha posição.

– Quero um relatório diário. Para a sua sorte estamos partindo para a Tailândia em poucos dias e poderemos acompanhar de perto a fabricação da base. Não quero falhas desta vez, entendido? – declarou Lauren.

CAMREN: A Descoberta da Verdade - Minha CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora