Primeira vez

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   Senti o rastro do seu cheiro por onde ele havia entrado na floresta, então corro seguindo aquele caminho

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   Senti o rastro do seu cheiro por onde ele havia entrado na floresta, então corro seguindo aquele caminho. Demorou apenas alguns minutos até encontrá-lo, sentado na ponta do trapiche, fitando a água do lago cristalino.

   Recordações desse lugar surgem; foi aqui que estivemos pela primeira vez quando visitei a sua casa após meu retorno a Forks.

   Me aproximo devagar, passos silenciosos ecoando pela tranquilidade da floresta. Ao me sentar ao seu lado, ele ergue a cabeça para me olhar, com sua expressão meio emburrada.

   — Me desculpe... Por favor, não vá atrás de um vampiro da sua espécie. — pediu, meu sorriso escapou, o achando fofo.

   — Você pediu com tanto empenho que quase fui mesmo. — ironizo, ele revirou os olhos abaixando a cabeça, parecia um cachorrinho que foi abandonado.

   Inclino minha cabeça na direção dele e lhe dou um beijo suave, apenas um selinho que o faz inclinar a cabeça na minha direção.

   — Me desculpe, Jake... Eu não deveria ter dito nada daquilo. — lamento, sentindo tristeza por ter inadvertidamente o machucado. Minhas palavras não foram para magoá-lo, mas sim para encontrar um caminho para a sua felicidade, mesmo que não fosse comigo.

   — Por que me beijou? — perguntou, sua expressão incrédula.

   Desvio o olhar para a água antes de responder, o medo sussurrando para que eu me cale, mas não iria esconder a verdade dessa vez.

   — Porque sou apaixonada por você há muito tempo. E... porque mesmo eu ainda acreditando que não sou boa o suficiente, percebi que não há mais motivos para não ficarmos juntos, se você me aceita do jeito que sou. — confessei, olhando profundamente em seus olhos surpresos.

   — Então... O quê? Espere, então é isso? Acabou? Nós vamos ficar juntos? — perguntou, parecendo temer que a qualquer momento eu negue. Mas não vou, a menos que surja algum motivo sério que nos impeça de ficar juntos, sei que minha decisão vai permanecer igual. E que outro motivo poderia existir? Já considerei todo o imaginável.

   — Sim, acabou. — concordo, ele sorri, um sorriso encantador, daqueles que eu já recebi centenas de vezes, mas que continuava tirando meu fôlego toda vez que eu via.

   — Por que você mudou de ideia? — perguntou, dou de ombros.

   — Talvez seu pai tenha me chamado de idiota umas três ou quatro vezes. — digo, o fazendo rir.

   — Preciso agradecer ao velho. — murmurou, segurando minha mão — Está quase cicatrizado. — constatou, aliviado, ao olhar para os arranhões em meu braço. Toda essa reviravolta me fez esquecer completamente desse ferimento.

   — Deve ter demorado mais por causa da profundidade das garras. — observo, ele suspira, voltando com seu olhar zangado.

   — Eu devia ter batido mais naquele idiota. — reclama, seu polegar acompanhando perto de uma das linhas finas avermelhadas do meu antebraço.

☼𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍☼↝ᴶᵃᶜᵒᵇ ᴮˡᵃᶜᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora