hamilton

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Meus olhos analisaram a vista da janela após afastar as persianas pesadas

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Meus olhos analisaram a vista da janela após afastar as persianas pesadas. A paisagem branquinha ainda predominava, desejei em meu coração que a nevasca da noite anterior não tivesse deixado mais estragos para trás.

Senti  mãos aquecidas contornarem a minha cintura que já não estava tão afilada e pararem em frente a pequena barriga de quatro meses marcada pelo vestido justo.

— O que aconteceu? — Lewis perguntou e depositou um beijo no vão do meu pescoço. — O que está te incomodando a essa hora da manhã, meu amor?

Eu sabia que a minha preocupação não passaria em despercebido pelo piloto. Lewis me conhecia muito bem. Virei para ele enlaçando-o pelo pescoço e sentindo o cheiro que adorava na pele dele.

— Penso naqueles que estão sofrendo com a época. É triste não poder ajudar a todos.

Os olhos ternos do meu marido demostrava compaixões. Seus dedos pincelaram o meu nariz marcado de pequenas sardas.

— Você sempre faz o que pode, querida. Tristezas não vão fazer bem para o nosso bebê, não gosto de te ver assim. — depositou vários beijos por meu rosto. — Tenho certeza que você já faz a diferença na vida de muitas pessoas, Olívia.

Anui com um aceno de cabeça. As minhas preocupada se davam pelo fato de um dia já ter sentindo na pele e no estômago era necessidade. Dividindo um pequeno cobertor com a minha mãe fragilizada por uma doente nos dias onde o frio violento nos encontrava, até que ela se fora para sempre deixando-me a própria sorte.

Fui recolhida por um lar de menores, onde tive um bom tratar até ser encaminhada para adoção e o que aconteceu depois é história. Uma história que mudou a minha vida. Ganhei um lar tão cheio de amor que me constrangia.

Nunca mais haveria medo se chegaria ao outro dia viva por sobreviver a mais uma noite de frio ou se precisaria dormir com fome para que minha mãe pudesse se alimentar um pouco mais. Chorei todas as noites com saudades da mulher que um dia minha mãe foi, pois nunca deixou de cuidar de mim até a doença maldita usurpar toda vida que existia dentro dela.

Lewis, POV.

Estava ciente das lembranças dolorosas inundavam a mente da ruiva. Tracei o rosto dela com a ponta dos dedos assistindo-a fechar os olhos.

Sempre teria orgulho da mulher incrível com quem me casei. Olivia fundou de ONGs, participava de atividades sociais, doava sempre parte do lucro da própria marca para comunidades carentes. Olivia Hamilton era uma heroína.

Acariciei a barriga que esperava o nosso primeiro filho e sussurrei na direção da protuberância.

— Você tem uma mamãe e tanto, amigão. — vi um sorriso iluminar o rosto de Ollie — Ela é a mulher mais forte e mais incrível que conheço!

— Amor... — Com olhos marejados, ela acariciou o meu rosto. — Eu te amo tanto!

— Ah, eu sinto o seu amor, querida.

Um beijo lento e carinhoso se iniciou no meio da sala. O destino fora bom em colocar Ollie em minha vida, eu não me via mais em qualquer lugar que não fosse ao lado da mulher com quem estava iniciando uma família.

(...)

A surpresa para Ollie naquele dia acabara de chegar comigo, desliguei o automóvel com meus movimentos sendo acompanhados pelos pequenos olhos bicolores no banco de trás. A garotinha curiosa estava atenta a tudo ao redor.

Fui até ela a tirando da cadeirinha de segurança sendo envolvido pelos braços pequeno em no meu pescoço. Elissa tinha cinco anos, não gostava muito de abraços, mas me escolhera desde o momento em que me agachei ao seu lado na pequena mesinha do orfanato onde ela lia uma história em quadrinhos.

A porta da frente se abriu. Ambos estávamos agasalhados de maneira que nos protegessem do frio, o aroma do jantar enchia o ambiente, Olivia veio da cozinha falando algo extremamente agitada até paralisar no meio do caminho e seus olhos encherem de lágrimas quentes na nossa direção.

Nenhuma palavra saiu de seus lábios, ela foi em direção a pequena garotinha e se agachou na frente dela recebendo um carinho terno em seu rosto.

— Não acredito! Quando ligaram? Quando fomos aceitos? — balbuciou em meio ao choro.

— Essa manhã. Queria fazer uma surpresa de natal!

— Meu amor! Minha filha! — A mulher voltou a se emocionar.

— Já posso chamar você de mamãe?

— Sempre pôde, meu pequeno raio de sol.

Sabia que Olivia queria toca-la, aperta-la... abraçar Elissa e ter certeza de que ela estava realmente ali, mas estava se contendo e respeitando a particularidade da garota.

Ellie ainda estava em tratamento, havia melhorado bastante, conseguia aceitar pequenos carinhos... mas seus sensoriais ainda a deixava retraída.

Eu estava emocionado. Na verdade, vinha segurando as lágrimas desde que recebi a ligação naquela manhã de que a adoção de Elissa fora aceita, após anos de espera.

Não havia nada naquele assunto que o meu sobrenome poderia fazer, talvez, até atrapalharia tendo em vista a condição do meu trabalho, mas aquele, ah, aquele seria o melhor Natal das nossas vidas.

A família estava completa no momento e em breve o pequeno Kian chegaria para trazer ainda mais cores para aquela casa.

Olivia, POV.

O jantar de Natal em família foi agradável, a atmosfera emocional da m deixou o ambiente ainda mais aquecido. Sentada entre as pernas do meu marido no tapete felpudo enquanto ambos assistíamos Elissa entrar no mundinho dela e dos presentes sendo abertos em baixo da enorme árvore na companhia de Roscoe.

Alisei carinhosamente o peitoral de Lewis que me encarou com um breve sorriso.

— Obrigada por me dar tudo o que meu coração por tanto tempo ansiou. Valeu a pena ter sido banhada de café por um certo piloto desastrado.

— Que culpa tive se uma certa empresária trajando vermelho Ferrari atravessou o meu caminho segurando um copo de café? — ele mordiscou minha orelha deixando-me arrepiada — ainda teve a ousadia de me pedir um autógrafo enquanto usava uma camisa com o nome do Charles Leclerc nos peitos.

— Ficou com ciúmes de uma camisa?

Lewis ainda não se conformava que eu era uma torcedora da equipe italiana. Ainda haveria muitos desentendimentos de baixo daquele teto, porém, combinamos que as crianças teriam passes livres em suas escolhas desde que não optasse pela equipe de energético. Aquela era uma decisão unânime naquela casa.

— Você que estava olhando para meus peitos, querido. — Sussurrei contra o ouvido dele.

Os olhos de Lewis caíram no meu pequeno decote, pagaria qual coisa para ler os pensamentos do piloto,
mas algo me dizia que poderia ser sobre colocar Elissa para dormir mais cedo.

A ideia me fez rir e ganhar um olhar curioso dele. 

Lewis arfou quando sentiu meus lábios dela contra a pele do seu pescoço. A mão tatuada acariciou minha cintura e desceu pela barriga coberta pelo suéter rosa.

Estávamos completos e nada poderia ser maior do que o amor que sentíamos.

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