ricciardo

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O BARULHINHO DO NOTEBOOK desligando soou como cânticos de anjos aos meus ouvidos. Que dia caótico! A redação estava em chamas com as novas manchetes e, bem, como redatora-chefe era o meu dever aprovar os textos das news da manhã.

Passo os dedos frios pelo pescoço, espreguiço o meu corpo e aperto os olhos cansados. O relógio de parede marcava as 22:00 da noite e as crianças já deveriam estar adormecidas. Levanto da cadeira do escritório indo em direção ao quarto delas e não encontro nada. Daniel.

Dirijo-me ao nosso quarto pronta para o sermão e a cena que encontro me para na porta. Martina cochilava amassando as bochechas rosadas ao peito do pai que igualmente dormia com a boca entreaberta, e aninhado ao braço esquerdo estava Matteo com os pequenos olhinhos vidrados na tela da televisão passando um desenho qualquer.

As órbitas acastanhadas me fitam e o menino leva o dedo aos lábios em símbolo de silêncio.

— Hora de dormir, meu amor — Sussurro ainda admirando a cena e me aproximo para tira-lo de cima do braço do pai. Pobre Daniel, amanheceria com o braço morto.

— Papai disse que pode dormir aqui hoje.

Suspirei. Já estava tarde demais para contestar, balanço a cabeça em positivo e vou me trocar no banheiro. Volto para a cama aninhando Matt ao meu peito, sabia que ele logo adormeceria. Aliso seus cabelos escuros e enrolados vendo-o trava a guerra contra o sono, mas logo se rendendo.

Era difícil dizer quem se parecia com quem. Os gêmeos tinham um pouquinho de cada de nós dois, mas em terno de personalidade, o Matteo era mais parecido comigo e a Tina com o pai, em tudo, até nas maluquices que só um pai como Daniel Ricciardo poderia inventar. A lembrança da menina que decidiu beber seu suco na ceia de natal no próprio tênis sendo apoiada pelo pai preencheu a minha memória e segurei riso evitando que meu peito tremesse e acordasse Matt.

Definitivamente não éramos a família mais perfeita, mas éramos a mais feliz. Respiro o cheirinho de neném vindo do meu pequeno agarrado a mim e permito que o sono me embale.

(...)

Acordo com beijos molhados na região do meu pescoço. A claridade permeando as persianas era branda, deixando o ambiente digno de mais algumas horinhas de sono se não fosse pelas mãos grandes apertando a minha cintura, puxando-me para mais perto.

— Amor... às crianças! — digo ainda de olhos fechados.

— Nora passou cedo para leva-las.

A menção ao nome da minha irmã me fez encarar o par de olhos castanhos que me fitava com diversão.

— Ai, esqueci completamente do compromisso das crianças.

— Estava cansada, querida. Levantei cedo e arrumei as coisas que eles precisariam.

— Falou para se comportarem?

— Que tipo de pai eu seria se não fizesse?

Gargalhei.

— Você é o tipo de pai que mando colocar as crianças para dormir e dorme com elas.

Daniel sorriu largamente daquele jeito que eu adorava e revirou os olhos.

— Não pode me culpar, às musiquinhas são contagiantes. — disse e escorreu seus dedos pela minha pele embaixo da blusa do pijama. — Temos o dia todinho só nosso e vamos aproveitar muito. Está de acordo senhora Ricciardo?

A malícia dos seus sussurros ao ouvido despertou o meu corpo inteiro. Só ele conseguia me fazer arder tão intensamente que beirava a vulgaridade.

Sinto seus dedos brincarem com um dos meus mamilos rijos e arfo com o carinho.

— Oh, sim, amor! Totalmente de acordo com todos os seus planos. — Mordi o lábios inferior e a sua boca cobriu a minha em um beijo fogoso.

Bendita seja as férias da temporada, a minha folga e a Nora que sempre se disponibilizava em levar as crianças para um dia de lazer com seus filhos.

Daniel deixa os rastros de seus beijos pela minha pele enquanto meus dedos bagunçam seus cachos, sinto-o por todo meu corpo deixando suas marcas em mim. Éramos fogo e paixão naquela dança ritmada onde nos tornávamos um.

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