Tão quente como a brisa do verão

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    Lá estava o nosso querido Patryck, aparentemente se arrumando, mas pra que? Você me pergunta. Aparentemente estava de encontro marcado. Era verão em Londres, mas assim mesmo não podia se dar a permissão de usar uma roupa típica latina América, afinal, calor e Europa nunca se deram muito bem, mesmo no verão.
    Iria sair as 07:30 da noite, parecia até mesmo uma garota prestes a encontrar o homem dos seus sonhos, vestia sua melhor roupa, e seu mais cheiroso perfume, afinal de contas, seus pais tinham viajado, tinha que aproveitar a liberdade que todo jovem merece ter as vezes. Uma casa toda para si e sem supervisão dos pais, para ele, aquilo era o paraíso.
    Finalmente era chegada a sua saída, iria para um barzinho pelo que parecia, acompanhando do seu então namorado, Paul. Saiu de casa garantindo que tudo estava tudo muito bem fechado, no caminho só conseguia pensar como seria aquela noite, tinha se preparado tanto, e até demais... Finalmente chegou, e lá estava, com os seu 1,64 de altura, sobrancelhas grossas e cara de valentão. Era inegável o quão Patryck ficava bobo olhando para o outro, estava com o cabelo para trás cheio de gel, era de se admirar
    — Chegou primeiro que eu, isso é novidade.
    — Um cavalheiro nunca se atrasa para um encontro, vamos madame?
    — Hahahaha deixa de ser idiota!
   Os dois riam e entraram no bar, o clima era agradável, luzes bem posicionadas, música lenta, bem decorado, nada para se reclamar.
   — A gente nem devia tá aqui Paul, sabe muito bem que ainda não temos idade!
   — Relaxa, eu sou amigo da barmen, salvei ela de uma briga, se lembra?
   — Como eu não vou me lembrar de algo que você passou a semana se exibindo?
   — Chato
   — Haha também te amo! — soltou em ar de ironia
    Pat pedia dose de tequila com limão, Paul, whisky. O tempo passava, o álcool fazia efeito, até um momento que eles pareciam patéticos de tanta baboseira que saia de suas bocas, comentavam da escola, do exército da família, muita e muita fofoca, até mesmo coisas mais picantes.
    — Acho melhor a gente parar de beber e ir para casa, se não a gente acaba fazendo alguma merda e depois nenhum dos dois vai lembrar de tão alcoolizados  — dizia o mais alto.
    — Queria beber mais um pouquinho, mas você tem razão, vamos para casa. Afinal, os teus pais não estão né?
    — Eu nem tinha comentado isso contigo, como descombriu?
    — Tenho ouvidos em todos os lugares.
    — Então... Você quer dormir lá em casa? — falava receoso e até meio tímido.
    — Eu sei que tu não consegue dormir sozinho porque tem medo, é claro que eu vou dormir lá
    — Vai se fuder! - logo em seguida lhe dava um soco de leve no ombro do outro.
    — Só se for com você.
    Em um gesto brusco, segurou em sua cintura e o puxou para um beijo. Patryck estava completamente em choque com as palavras e ações feitas por seu companheiro, não era ruim, muito pelo contrário, apenas não esperava tais ações.
    — Vamos logo para sua casa!
    Logo o soltou e seguiu caminho, Pat ainda meio em choque e corado com a situação, porém seguiu caminho também. Quase meia noite, mas chegaram em segurança. Tomaram banho, colocaram roupas mais confortáveis e logo foram assistir algum filme.
    — Quer assistir o que? - perguntou Paul.
    — Não tenho muita ideia, normalmente sempre tenho algo em mente, mas agora, nada.
    — Que tal "Return of the Insane Zombie Pirates from Hell 2", lançou recentemente, aluguei o DVD pra gente.
    — Não, de jeito nenhum, já não basta Tord e seus amiguinhos falarem sobre o primeiro filme o tempo inteiro, ainda por cima nem é bom, parece algo feito por uma criança!
    — Vai, não seja tão chato, eu até curto o primeiro.
    — De jeito nenhum!
    — Então você proponhe o que?
    — Hmmmmmm, LEMBREI! Muita gente vem falando super bem de "Antes do pôr-do-sol"
    — Não, não, tem cara de ser super depressivo
    Discutiram vários e vários filmes, pareciam nunca entrar em um consenso, até que depois de muita falatório decidiram assistir "Scooby-Doo 2: Monstros à Solta". Riam, comentavam sobre o filme, se perguntavam se aquilo era realmente para crianças. Patryck estava feliz, com a cabeça apoiada no peitoral do seu amado, mas sentia que algo estava errado, que tinha algo faltando, pensamentos de qualquer pessoa da sua idade começaram a aflorar. "E se eu colocar minha mão lá em baixo" "E se eu tirar a roupa dele agora" "Ah mas, e se eu pedir para ele me comer agora". Tudo se passava por sua cabeça, entretanto a vergonha era demais, nunca tinham feito nada além de alguns beijos mais intensos e piadas mais apimentadas.
    Minutos que pareciam horas se passavam, o mais alto nem mesmo prestando atenção no filme estava, porém, finalmente tinha arrumado coragem, começou a alisar suavemente o peito do companheiro, dar alguns beijos em sua nuca. Ele percebeu que Paul estava ficando mais ofegante, suando mais. Assim continuou até se tornar um beijo, suas línguas pareciam dançar em uma perfeita sincronia, o calor um do outro, sentir aquela presença cheia de desejo e paixão.
    — Paul, eu quero...
    — Mas não era você que dizia que tava cedo demais? — falava com aquela voz de provocador.
    — Eu falei isso a meses, e eu sei muito bem que você quer tanto quanto eu!
    — Corrigindo, eu quero mais do que você.
    Rapidamente o puxou novamente para um beijo, sua mão passeava pelo corpo de Pat, finalmente chegando no mais importante. Pat já sentia todo o seu corpo estremecer, estava começando a se entregar ao prazer. Logo se viram unicamente de cueca, o mais baixo continuava com sua mão boba até deixar o amante completamente nu, beijava seu pescoço, seu peitoral, e assim ia descendo. Patryck não conseguia pensar em mais nada além da boca quente que lhe tratava com tanto carinho, colocava todo esse prazer para fora através de gemidos. Estava completamente dominado pelo prazer e quase chegando no seu ápice.
    — Patryck? — parecia a voz do namorado — Patryck, General Patryck, GENERAL PATRYCK!!!
    Finalmente havia acordado, não passava de sonho, não passava de uma lembrança.
    — General Patryck, são 05:30 da manhã, acorde! Você como General deveria acordar antes de todo mundo!
    — Me desculpe, eu perdi a hora. Vá logo embora daqui, não lhe dei a permissão de entrar, vou rapidamente me vestir e vou.
    O soldado se foi sem excitar, tantas coisas se passavam na cabeça do nosso general agora, assim que olhou para suas cobertas viu o estrago que tinha feito. "Puta que pariu, eu sou um adulto, isso nunca que deveria acontecer, o que eu tô pensando? EU SOU UM GENERAL!" pensava ele. Com tudo, se arrumou assim mesmo, afinal, era hoje que o motivo do seu estrago voltava para à base.

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⏰ Última atualização: Nov 25, 2023 ⏰

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