end.

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O meu número favorito é 5.

Sim, ah, esse ano eu gosto de cinco, mas no ano passado foi quatro, e no retrasado foi três, assim como nos restantes foram dois e um. Penso nisso sempre torcendo para os números aumentarem, porquê assim indica que meus anos com Felix estão aumentando.

Oh, sim, os números são os anos em que estamos juntos. Sim, uau, o tempo passa em um risco, queria ter acreditado nisso quando me disseram logo nos primeiros meses de namoro. Porém o meu eu no começo da vida adulta achou que era uma mentira que todo ser humano maior de idade dizia, já que meu único péssimo e chato relacionamento passou parecendo uma lesminha. Agora cá estou eu, organizando fotos reveladas em papel de fotografia para enfim fazer o pedido de casamento tão esperando pelo Lee. Bem, digamos que o loirinho gosta de me jogar indiretas sobre isso o tempo inteiro e em qualquer assunto, são breves coisas bobas em um assunto que não se prolonga muito, mas que me deixaram pensativo pelo último mês, chegando a conclusão de que eu queria Lee sendo completamente meu, chegando a conclusão de que um pedido de casamento seria uma boa ideia para tal coisa acontecer.

Sorri de leve observando as fotos espalhadas na mesa, gostando da sensação de reve-las e conseguir lembrar de tudo que senti em cada um desses momentos, sejam eles bons ou não, sim, tem fotos de momentos que não são felizes, mas que foram necessários para montar o relacionamento que temos hoje, achei bom coloca-los aqui.

Eu não queria nada elaborado, sei exatamente que nenhum de nós dois gostamos de olofotes nesse tipo de coisa e não quero que seja assim. Só quero que seja especial, que tenha algo bom envolvido e que o deixe feliz.  Não queria nada que parecesse forçado, queria que rolasse gostoso igual foi nos últimos tempos.

Bom, digamos que já penso em como fazer isso a umas duas semanas e desde então ando planejando tudo miniciosamente e em silêncio para mim mesmo e claro, meus amigos bobões. Esses que surtaram e quase travaram meu celular quando os contei sobre tal coisa. A primeira parte do plano foi: voltar para a coreia. Oh, sim, isso foi um ponto importante esquecido de ser citado; assim que eu fui aceito na faculdade em que tanto queria, aquela em que o pai de Jisung concordou em comentar sobre minhas artes e fazer uma ficha de indicação minha para a universidade nos EUA, eu não pensei duas vezes, bem, mal cheguei a pensar uma vez, e larguei tudo na intenção de voar para os Estados Unidos. Teve muita briga, encheção de saco e complicações, mas tudo deu certo.

Um dia depois de descobrir que havia conseguido a vaga na universidade, não demorei a simplesmente deixar Sumin. Passei o dia e a noite fora comemorando com meus amigos, quando cheguei em casa, já com passagens em mãos, simplesmente a expliquei tudo de forma calma, bem, o quanto eu consegui. Lembro dela ter ficado indignada comigo por tudo que eu a disse, berrou em meus ouvidos sobre como eu tive coragem de ter a traído e me ameaçou umas quinze vezes diferentes para não ir embora; certo, eu não concordo com a parte da traição, foi errado de meu lado e eu entendo, mas sinceramente? Eu não estava ligando pra isso enquanto eu enfiava minhas roupas em minha mala, pegando uma mochila separada só para minhas coisas de arte. Lembro vagamente das coisas que ela disse, meus flashbacks só me permitem lembrar dela gritando coisas sem sentido e me dando empurrões como se isso fosse mudar algo.

Depois desse dia, Felix foi minha companhia para viajar para os Estados Unidos. Ele disse que como não tem família na Coreia, não tem nada a perder e sim a ganhar ao viajar para um lugar novo. Ficamos em um hotel até conseguirmos um lugar pra ficar por lá, oque não demorou muito, me deixou feliz o fato de que nossa vida se ajustou muito rápido. Como tinha experiência com o restaurante na Coreia, foi fácil me contratarem em um lugar fino de lá, que me deu uma boa, talvez até melhor, condição financeira do que no antigo. Compramos um lugar próprio, esse que moramos até hoje, e felix trabalhou na assistência de algumas empresas por um tempo. Nossos dias foram assim, agiamos como namorados porém sem nada rotulado, sempre na mesma rotina, que não foi cansativa como parece ser.

THE PARTY | hyunlix. Onde histórias criam vida. Descubra agora