Onde Yang Jungwon, um garoto de bom coração que nunca se preocupou com paixões além de família e amigos, se viu apaixonado por Jay Park, um guitarrista de banda pop-rock amadora, atencioso e gentil. O Yang não gostava nem um pouco desse estilo de mú...
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O som de vidro se espatifando contra o chão ecoou por toda a casa, Sunoo sabia quem havia atirado o objeto. Se encolheu sobre a cama, encostando a cabeça na parede áspera e gelada. Assim que ouviu passos pesados subindo as escadas, correu para a porta do seu quarto, a trancando imediatamente.
⎯ Sunoo, abra essa porta! ⎯ Uma voz grave se fez presente acompanhada de batidas agressivas na porta.
Ele ficou em silêncio, não respondeu.
⎯ Abra essa porta agora, moleque! ⎯ E novamente o homem gritou, mais furioso do que antes.
⎯ Eu não vou abrir. ⎯ O Kim ousou falar. Sua voz saiu baixa, mas clara.
Era em torno de meia-noite e uma da madrugada. A mãe do garoto estava fazendo plantão no hospital como enfermeira, como fazia todas as quintas-feiras. E o pai chegava esse horário ou mais tarde depois de ter passado metade do dia em bares bebendo, nada de novo.
Já estava acostumado com isso. Quando o homem chegava bêbado em casa e tentava agredi-lo, ele se trancava nos cômodos para evitar que isso acontecesse. Porém, tinha vez que não conseguia evitar. A mulher também tinha medo do próprio marido, não tomava providências e apenas pedia desculpas por ver o filho passando aquilo.
Desde novo, ele já sabia que o seu pai era um pouco viciado em bebidas, drogas e coisas desse tipo. Com o passar dos anos apenas piorou. A família se distanciou dos três depois que o homem começou a se afundar, disseram que não queriam que isso os prejudicasse e que não iriam se responsabilizar caso alguma coisa acontecesse. Então foram só eles, por muitos anos..
Até Sunoo conhecer a família do Yang e do Nishimura. Eles foram os únicos a quererem realmente se aproximar do garoto que era muito rejeitado na escola, por ser considerado "estranho" pela maioria dos seus colegas. Mas Jungwon e Niki não eram assim, o Kim conheceu os dois no oitavo ano, desde então foram sempre melhores amigos. Sunoo se viu protegido, querido e importante ali entre eles, era o seu lar, o lugar donde sempre deveria estar. Eles sabiam dos seus problemas, do que passava dentro de sua casa, com sua família, mas mesmo assim não deixaram de estar do lado dele.
Quando as coisas pioraram para o lado do garoto, viu seu pai tão furioso que chegou ao ponto de ameaça-lo de morte, ele entrou em desespero. No mesmo dia, a avó do Nishimura finalmente fez o que já estava pretendendo fazer a um tempo, a mulher denunciou o homem para a polícia, que foi condenado a cadeia por um ano, pouco, mas o suficiente para mantê-lo longe do pequeno Kim.
Mas agora, ele havia voltado. O que será da família de Sunoo? O pai realmente mudou? Não é só uma desculpa para voltar a fazer da vida da Kim e do Kim um inferno? Sunoo se perguntava.
