Papai?

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-- Bom dia, mamãe. Eu voltei. -- O loiro diz assim que abriu a porta e adentrou a casa.

-- Oi querido, já estava na hora. -- A mulher se dirigiu até o filho depositando um beijo em sua testa. O Kim levantou o olhar para o ombro da mãe e notou uma figura alta e familiar atrás da mais velha.

-- Mãe, o que esse homem está fazendo aqui? -- Arregalou os olhos, apreensivo.

-- Ah, meu bem. Essa noite ele me ligou chorando, implorando para voltar para casa pois estava com saudades de nós, que se arrependia de tudo que fez e eu decidi aceitar.

-- O quê? -- A olhou incrédulo. -- Eu não acredito nisso. Como a senhora tem coragem de colocar um homem desse dentro de casa novamente? Tudo que ele fez para nós, o inferno que ele criou na nossa vida não te abalou?

-- Filho, não se altere. Vamos sentar e conversar, por favor. -- A Kim mais velha segurou as mãos do mais novo.

-- Por mim não passa daqui, eu não pretendo construir uma vida nova com ele. Se for, constrói os dois sozinhos, mas não me inclui nela. -- Ele puxa as suas mãos, dá as costas para a mulher e se retira pela porta que tinha entrado a uns minutos atrás.

Sunoo andou e andou sem rumo pelas ruas do grande bairro, com a visão turva pelo choro, a sua mente sendo tomada pelos flashbacks do passado com a família, e para o garoto só pensar naquilo já lhe trazia uma enorme vontade de vomitar, nem se a sua própria vida estivesse em jogo ele aceitaria voltar a viver tudo aquilo.

Quando parou para olhar em volta, viu que estava na frente da casa de Niki. Decidiu se aproximar mais e apertar a campainha, estava precisando conversar com alguém e o Nishimura é a melhor pessoa para falar sobre aquele assunto. Não demorou muito para o mais alto abrir o portão.

-- Sun? Está chorando? Vem, entre aqui. -- Ele passou seu braço por cima do ombro do loiro e o levou até a sala. - Vou buscar água para você. - Foi até a cozinha e em pouco tempo já voltou com um copo d'água.

-- Obrigada. -- O moreno se sentou ao seu lado e esperou o loiro se acalmar para dizer algo. -- Meu pai voltou para casa. -- Niki ficou surpreso com a notícia.

-- O que? Como assim?

-- Eu dormi na casa do Jungwon esse final de semana, você sabe, e quando voltei hoje de manhã para casa ele estava lá. Minha mãe disse que ele implorou para ela para voltar e ela acabou aceitando. -- Fez uma pausa. -- Eu não queria ver aquele escroto na minha frente de novo e ele simplesmente decidiu reaparecer assim do nada, Nini. -- O Kim tampou o rosto com as mãos e voltou a chorar muito. O Nishimura puxou o mesmo para um abraço, encostando a testa do mais velho em seu peitoral.

-- Sun.. Eu te entendo. Eu sei o que o seu pai fez para você, sei que essa aparição repentina te aflita. Mas olha, pro que precisar você sabe que eu estou aqui, se não quiser voltar para casa pode ficar por aqui comigo. Eu converso com os meus avós e minha mãe, eles não vão se importar com isso.

-- Faria isso por mim? -- Sunoo levanta o rosto para olhar para o moreno.

-- Claro Sun, você é meu melhor amigo. -- Sorriu minimamente com os lábios. - Eu vou pedir pro Jungwon passar na sua casa e pegar algumas coisas suas e já falar com os meus avós. Eles chegam daqui a pouco do mercado. - Separou o abraço.

-- Eu não queria envolver nem você, nem o Wonnie e nem o Hoon nesses problemas com a minha família. Mas se eu não tivesse vocês eu não posso nem imaginar como estaria agora.

-- Tudo bem, Nono. Você não pôde evitar, e também é melhor assim por que ficamos cientes e podemos te ajudar no que você precisa. -- O Kim balançou a cabeça concordando. -- Está com fome?

Solos De Guitarra - JayWonOnde histórias criam vida. Descubra agora