Better call mother

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— Sabe Natasha, uma pancada, bem forte na sua cabeça, resolveria seus problemas — Yelena disse entrando no comodo que estava ocupado por sua irmã — Estou cansada de fazer esse serviço de carteira

— É... — Natasha se calou em seus próprios pensamentos, como se a ideia de Yelena realmente fosse uma boa ideia, uma pancada na cabeça a livraria dessa tortura constante, a livraria desse anseio de querer se recordar da sua família.

— Sestra? — Yelena percebeu que a ruiva estava muito calada. Ao se aproximar, percebeu que Natasha estava com algumas cartas abertas sobre a mesa. — Nat?

— Eu...eu me lembrei de algumas coisas. — A fala foi pausada por uma lagrima que teimava em cair — Eu simplesmente me lembrei de uma coisa durante o dia, e com as cartas me lembrei de mais algumas coisas.

— O que você lembrou? — Yelena perguntou se sentando ao lado da irmã e colocando a caixa com mais cartas no chão

— Lembrei que o Steve não gostava que eu comesse sanduíche de pasta de amendoim com geleia após treinar, e lembrei da Liz com a cara fechada quando a gente pegava para encher o saco dela. — Os olhos vermelhos já não seguravam mais as lágrimas — Eu só queria poder me lembrar de tudo

— Eu não sei como você aguenta isso, já é sofrimento suficiente ficar pensando em uma família que não existe, imagina na sua situação, você tem uma família, sabe deles, mas não se lembra de nada com eles. Natasha, isso é torturante — Yelena disse com um tom de voz preocupado — Você já pensou que se tivesse próxima deles, as memórias já teriam voltado?

— Claramente estou lindando muito bem com isso — Natasha respondeu com uma voz anasalada — A Cho, médica que cuida dos Vingadores, disse que a chance disso acontecer era muito pequena.

— Chance muito pequena é melhor do que chance nenhuma, golova vetra (cabeça de vento)

— Você esta aqui para me ajudar ou para me julgar? — Natasha perguntou

— Eu não deixei tudo o que estava fazendo, para mudar de lugar e ficar perto de você?

— Tudo? Yelena, sua cara nem treme — Natasha sabia muito bem que Yelena continuava na ativa, com uma rotina muito menos exigente, mas ainda assim, seguia fazendo seus trabalhos.

— Ty znayesh', ya ne mogu eto prinyat' (Você sabe que eu não me aguento) — Yelena disse com um sorriso sapeca — Sabe de uma coisa, já pensou em ir falar com a Melina?

flashback

—  Otvechayte, Yelena, otvechayte (Atende Yelena, atende) — No telhado de um prédio, Natasha olhava para o nada enquanto o telefone chamava — Que saco garota, atende logo esse telefone.

— Yesli u tebya voznikli problemy i tebe nuzhna pomoshch', ya zanyat (Se você se meteu em alguma confusão e precisa de ajuda, estou ocupada) — Yelena disse rapidamente

— Eu... eu... — Natasha agora estava com a voz embargada, respirou fundo e decidiu falar tudo de uma vez — Sofri uma pancada na cabeça durante uma missão, faz alguns meses, fiquei em coma, o soro ajudou com que não fosse nada muito sério, mas tive perda de memória, não me lembro de nada com a Liz, e me lembro apenas do começo do meu relacionamento com o Steve. Eu não me lembro da Sarah. — E foi ao falar o nome de Sarah que Natasha desabou, chorou todas as lágrimas que estavam guardadas — Como posso ter esquecido da minha família? Das minhas filhas?

— Natasha... — Foram as únicas palavras que saíram da boca da loira.

— Eu tentei Yelena, Deus sabe que tentei. Eu me esforcei em ficar perto deles, achei que assim a minha memória voltaria, que o soro ajudaria isso, mas nada aconteceu. Eu não estava sendo a pessoa que eles estavam acostumados. Conversei com o Steve esses dias, e decidi me afastar, não posso mais ficar perto deles, fazendo eles ter esperança de que minha memória voltará e eu não sentido que isso vá acontecer. — Natasha estava sendo mais honesta possível, sabia que Yelena não a julgaria

— Eu não sei o que te dizer, não considere isso um julgamento, é apenas uma dúvida, você realmente acha que ficar longe é a melhor solução? A neném não vai lembrar de você, mas a Lizzie vai, o Capitão vai — Yelena perguntou sinceramente, se lembrando a sobrinha que era extremamente grudada com a mãe.

— Eu sei que não, eu deveria ficar com eles, mas não da Yelena, eu não consigo — Natasha chorava enquanto conversava com a irmã

— Eu estou do seu lado, diga onde e quando precisa de mim, que estarei lá e ficarei com você até o dia que você chutar a minha bunda.

fim do flashback

— Se a Cho, com toda tecnologia disponível, não pode me ajudar, quem dirá a Melina

— Natalia, você realmente quer que eu te responda? — Yelena fingia estar incrédula com Natasha — Com todos os anos dela no Red Room, você realmente acha que ela não poderia ao menos te ajudar? Algum método alternativo não aprovado por ninguém em plena sanidade mental?

— Yelena... eu não sei

— Natasha, o que custa colocar o orgulho de lado? Mesmo que nossa mãe não possa te ajudar, a viagem pode te ajudar a trazer algumas memórias de volta, a mudança de cenário pode te ajudar. — Se você acha que vai funcionar ou não, faça por elas, por essas duas meninas que devem sentir sua falta diariamente. Faça pelo seu marido. 

Natasha pegou a foto que Yelena apontava e a pegou.

Seu coração apertava ao ver o quão crescidas suas meninas estavam

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Seu coração apertava ao ver o quão crescidas suas meninas estavam. O olhar inocente de Sarah trazia um grande peso para Natasha, sabia que as filhas sofriam por usa ausência, principalmente Liz, que lembrava dela. Liz, sua pequena Liz, a menina que um dia havia desmontado uma Viúva Negra, estava enorme, era mulher.

— Talvez ver a Melina seja uma boa ideia. — Natasha finalmente falou depois de algum tempo em silêncio

— Vai arrumar suas coisas, eu vou ligar para ela e avisar que estamos indo — Yelena depositou um beijo na cabeça de Natasha e saiu do comodo.





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Talvez eu tenha escolhido uma péssima diferença de idade entre as queridas, então terei dificuldade de encontrar algumas fotos. Então em algumas, usem a criatividade de vocês na diferença de idade.

I hope you rememberOnde histórias criam vida. Descubra agora