𝐂𝐎𝐍𝐒𝐄𝐐𝐔𝐄̂𝐍𝐂𝐈𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐈𝐆𝐎𝐒𝐀𝐒 ❜ 𝐅𝐢𝐧𝐧 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲

𝟎𝟔 ❜ 𝐄𝐗𝐏𝐋𝐀𝐈𝐍𝐈𝐍𝐆 𝐓𝐇𝐄 𝐈𝐍𝐄𝐗𝐏𝐋𝐈𝐂𝐀𝐁𝐋𝐄

06 ⎯⎯ Explicando o inexplicável . . .

𝐑𝐄𝐔𝐍𝐈𝐃𝐎𝐒 𝐄𝐌 𝐀𝐆𝐔𝐀𝐑𝐃𝐎 𝐃𝐄 𝐓𝐇𝐎𝐌𝐀𝐒, Finn mordia sua própria bochecha nervoso. Há duas semanas atrás, havia entregado a carta, escrita por Ada, para S/n, assim como ainda lembrava daqueles olhos âmbar brilhantes antes de perderem o ar dos pulmões graças ao beijo inesperado e sedento.

Por Deus, o que a paixão não faz com o coração de um adolescente?! Seu nervosismo era alto, sentia saudade da Lowetly, a falta daqueles olhos o julgando era como ficar dias sem água alguma em seus rins.

⎯⎯ Finn, acho que isto é para você! ⎯⎯ Tommy passou o papel para Arthur e John, que leram de quem foi enviado, ansiosos para compreender o assunto, antes de passarem para o garoto.

⎯⎯ Hm, quem diria que a babá de meus filhos, logo terá o sobrenome Shelby.

O Shelby mais velho, sendo ele Arthur, deu-se a risadas junto ao irmão ⎯⎯ S/n é um osso duro de roer, com certeza não derei semanas para esse “romance” terminar.

⎯⎯ Tia Polly, leia para mim, por favor? ⎯⎯ com um sorriso no rosto, a mulher agarrou o papel, iniciando sua leitura.

⎯⎯ “ Querido menino Shelby, eu, S/n Valentinne Lowetly, venho diante dessa carta para agradecer, sou grata a tudo que fez por mim, nas noites difíceis, a carta e o beijo... ⎯⎯ os olhares seguiram para a face do Shelby, que tinha bochechas vermelhas ⎯⎯ ...sei que através disso, criamos uma grande conexão, na qual não fazia ideia ter com você. Apenas quero dizer que, com muita mágoa no coração,... ⎯⎯ o sorriso que estava com a Gray, desapareceu, a deixando confusa, assim como a todos ⎯⎯ talvez, não passaremos de amigos, não podemos ter algo que jamais teremos controle. ”

Nem tudo são rosas, Finn não sabia o que carregava em seu peito, mas, sabia que queria criar uma vida ao lado de Valentinne, da sua garota. Seus olhos estavam a encher de água salgada, pronta para escorregar dos olhos de oceano, como ondas violentas num dia de chuva.

⎯⎯ Eu disse! ⎯⎯ comemorou o esposo de Linda, que foi repreendido por seus irmãos.

— Finn, talvez ela... ⎯⎯ Ada caçou a palavra correta para sua frase ⎯⎯ precise de tempo.

⎯⎯ Me dê a carta, ela terá uma explicação assim que chegar!

No entanto, S/n não teria explicação alguma, pois, arrumando suas malas com ajuda de sua amiga, Lyanna, qual iria junto para Birghmiran, mas não naquele momento, comentou: ⎯⎯ Ainda lembro de algumas palavras dele, eram tão... Inexplicável.

Seus pés pisaram no território dos Shelby's, não entendendo o motivo de Isaiah ter um sorriso ladino nos lábios para seu lado. ⎯⎯ Que merda você quer grudado em mim como uma porra de um vampiro?

⎯⎯ Uh, sinto pena do coraçãozinho do Finn, S/n achei que você fosse mais carinhosa! ⎯⎯ a menina visualizou o menino de cima a baixo e caiu na gargalhada.

⎯⎯ Olá, Valentinne. ⎯⎯ Polly encarou o Jesus, fazendo desaparecer seu sorriso ⎯⎯ temos que conversar sobre está carta.

⎯⎯ Carta?

Escutando cada palavra atentamente que saía da boca da mais velha, cada vez mais confusa e estranha. Como dito, ela não teria explicações, mas reconhecendo a letra, surtou por dentro.

⎯⎯ Por maldições. ⎯⎯ praguejou irritada ⎯⎯ Polly, essa letra não é minha, mas eu a conheço!

Voltando a noite que seu irmão conversava com ela na porta de casa, suas palavras foram tão diretas e impossíveis de serem obedecidas.

⎯⎯ Preciso que se afaste dos Shelby's.

Mas, não sabia que essa desobediência o levaria machucar uma pessoa que estava apaixonando-se. Imaginou como estaria Finn neste momento. E lá estava ele, junto aos seus irmãos que comemoravam.

Encarando o copo de John perdido em suas lembranças apaixonadas, farto, esgotado. Queria tentar entender um motivo favorável para que S/n não queira ser sua. Talvez ele tenha sido grudento demais?

Não... Está não era a resposta.

De repente, acabando com o show, uma mulher adentrou no pub, gritando por um nome:

⎯⎯ Lyanna O'Hara! ⎯⎯ a menina que acompanhava Isaiah levantou-se como um cachorro com o rabo entre as pernas, com medo.

Era nada mais, nada menos a Polly acompanhada de Valentinne, que disse: ⎯⎯ Creio que saiba o motivo de você ocupar meu precioso tempo. ⎯⎯ a amada do Shelby sorriu ladino, e se aproximou em passos lentos ⎯⎯ o quão baixa você consegue ser? Se passar por mim através de cartas?

⎯⎯ Saíam todos! ⎯⎯ ordenou Arthur aos que não sabiam da história, o que foi obedecido rapidamente, pois, apenas a S/n tinha coragem suficiente para enfrentar os Shelby's.

⎯⎯ Como eu ia explicar o inexplicável para o meu menino Shelby?

Aquela frase de poucas palavras conseguiu mexer com o coração do pequeno Shelby. Estava arrepiado, queria sair da taberna e passear com a menina, fora as frases carinhosas que diria a ela, mas, S/n não parecia estar num clima romântico, e sim, intimidade, que fez o próprio Tommy parar para observar até onde ela iria.

A babá das crianças de John havia mostrado suas garras, demostrando algo que não passava pela cabeça de qualquer um que existia.

⎯⎯ Lyanna, não achava que pela sua inveja, você iria tão longe. ⎯⎯ sussurou a Lowetly, em passos lentos ⎯⎯ e você foi ao limite.

⎯⎯ Deixe-a em paz, S/n. ⎯⎯ o Jesus que estava em amassos com a loira, alterou seu tom de voz, fazendo Finn ergui a si também.

⎯⎯ Silêncio, Isaiah!

⎯⎯ Controle a sua puta, Finn, por que ela está com as garras tão afiadas achando que tem o mundo em mãos. ⎯⎯ o mesmo a insultou, deixando o Shelby com o sangue fervendo em veias.

⎯⎯ Isaiah, eu tenho o mundo em mãos. ⎯⎯ sorriu a garota, ultrapassando a O'Hara ⎯⎯ agora sente sua bunda nessa merda de sofá, antes que eu faça algo pior do que planejo. ⎯⎯ pela primeira vez aos olhos presentes no salão, vimos o Jesus obedecer uma mulher, rebaixar-se com medo.

Até onde ela iria? Era uma pergunta que, talvez, teria resposta agora.

⎯⎯ Desculpa, eu... ⎯⎯ Lyanna em soluços, não terminou sua fala.

⎯⎯ Incompetente, você consegue ser incompetente até para terminar uma merda de uma frase. ⎯⎯ gargalhou a mesma ⎯⎯ explicando o que aconteceu para quem não entendeu. Nesta viagem, nós duas conversamos sobre tudo que ocorreu desde quando estive longe. Então, com a porra da sua inveja e a pedido de meu irmão, você mandou uma carta se passando pra mim.

Explicando o inexplicável ela estava.

⎯⎯ Suma de Birghmiran, pois se eu encontrar você por aqui, pode apostar que você sumirá no mesmo momento. ⎯⎯ Polly tragou seu cigarro com um sorriso no rosto, e a loira passou correndo por elas.

⎯⎯ Gostei do poder que você transmitiu. ⎯⎯ citou a Gray ⎯⎯ como eu disse ao Finn, o relacionamento de vocês passariam a ser uma ponte, que precisa de equilíbrio, e ela é a ponte desequilibrada.

𝒊. Mulheres são iguais a rosas, bonitas, mas perigosa graças aos seus espinhos. S/n é uma lendária.

𝒊𝒊. Se dependesse de mim — mas, infelizmente, por culpa da falta de inspiração — eu postaria todos de apenas uma vez, pois até eu estou ansiosa.