𝟎𝟕 ❜ 𝐁𝐔𝐍𝐍𝐘

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07 ⎯⎯ Coelhinho . . .

p, pois o lugar ao lado do diabo está em aguardado, apenas em sua espera. A insanidade não a deixava pura, e sim, fora de si por completo. Mas, os gostos do Shelby são insólitos.

Seus lábios tremiam pelo frio, o vestido de seda que, obviamente, não a protegeria totalmente da frente fria que estava presente na cidade. E mesmo assim, o corpo estava quente, como as chamas dos infernos, o sangue bombardeando seu coração sem pausa alguma, impressionante.

⎯⎯ Eu te odeio. ⎯⎯ antes de soltar-se da minha tentativa de toque, exclamou possessa ⎯⎯ e como é possível meu irmão fazer isso comigo? Essa vida só pode ser o meu inferno particular, é a única explicação!

Não, não era a única, era umas das possíveis compreensões que poderiam ser ditas para ferir mais, fazê-lo sentir-se culpado completamente ⎯⎯ O que diabos posso fazer para ter o seu perdão? ⎯⎯ questionou aos gritos, esperando uma resposta óbvia, e o suficiente para que o convença ⎯⎯ estou com uma arma apontada para ti, que carrega duas balas e um gatilho pronto para apertar, e o que você ainda quer de mim? Você me fez chegar a este ponto.

⎯⎯ Eu? Eu te fiz chegar a este ponto? Só me deixe fazer uma pergunta, você conseguiria ficar sem Amaya, Coelhinho?

Coelhinho. Era como mamãe chamava-o. Seu sorriso sofrido apareceu em seus lábios, que antes soltava fatos que a machucou, mas isso ela não demonstraria.

⎯⎯ Então atire na pessoa que andou ao lado de um monstro por todo este tempo, que andou no fogo pelo diabo. ⎯⎯ seu sorriso sofrido aguardava a bala sair do armamento, que apontava para sua cabeça ⎯⎯ é o meu último pedido, mate-me, mas morra antes que eu saia do inferno para pegá-lo.

⎯⎯ Você é o diabo. ⎯⎯ sussurou ⎯⎯ Eu me pergunto onde foi o início disso tudo, todo minuto da minha merda de vida...

⎯⎯ Solte a arma, Davian. ⎯⎯ a voz saiu das sombras, soava familiar ⎯⎯ colocar uma bala nela não será o suficiente, apenas criará um ódio maior que este. ⎯⎯ o Solommons citou ⎯⎯ está gostando do teatro, Tommy? ⎯⎯ sem respostas, continuou ⎯⎯ que bom, pois logo terá um fim. ⎯⎯ checou seu relógio ⎯⎯ nesse exato momento.

Um choro cortante, os dois Lowetly olharam em volta, a procura de Zoe, que chorava totalmente com fome. As palavras de Ciany voltaram igual um pesadelo assombrado em sua mente.

“ S/n, eu sei que, não vou conseguir cuidar dela... Então, por favor, cuide dela por mim, e dê o amor e o carinho que ela merece. ”

Seus passos a seguiram para dentro da casa, procurando por Madalyen. Seria seu freio, o motivo para não acabar, naquele momento, com a vida do Lowetly, que a seguia questionando o porquê daqueles passos apressados. O corredor, que carregava dezessete quarto, parecia infinito. As portas eram aberta e xingadas por não encontrá-la. E então, no nono cômodo, lá estava ela, no colo da sua governanta, Agnety Joll.

⎯⎯ Agnety, obrigada. ⎯⎯ agradeceu a mesma que deu um susto na mulher graças a violência que abriu a porta.

Seu rosto pequeno era a única coisa que se via, pois estava enrolanda com a manta  vermelha sangue escolhida por S/n. O choro cessou, igualmente a guerra entre os irmãos ao lado de fora. Os Shelby's  e os Gray's assistiam de camarote como um teatro, enquanto Finn rodeado de preocupação, algo que não deveria ter, pois era Davian Ryan Lowetly contra o próprio diabo, S/n Valentinne Lowetly.

⎯⎯ Agradeça a ela, pois saiba que graças a essa garota, eu não acabei com a sua vida. ⎯⎯ sussurou de costas para seu irmão, que agora tinha um par de olhos arregalados.

Dois tiros fora ouvidos por todos dentro da casa, o primeiro que se aproximou da janela, sendo ele Arthur, a segunda foi para os ares. Novamente, Shelby quase foi atingido pela terceira bala liberada, que atravessou o vidro, quebrando.

Os olhares seguiram para Alfie, que levantou as mãos em rendição. ⎯⎯ Não fui eu. ⎯⎯ Thomas negou.

⎯⎯ Mas, por enquanto, você é o nosso suspeito.

⎯⎯ É uma mulher. ⎯⎯ comentou o único que espiou a janela ⎯⎯ E ela parece está parada no mesmo lugar.

Botando em pensamento, Amaya era a única que não estava no cômodo. Seu pai havia sido caçador e a levava nas nas épocas de primavera para matar veados e coelhos.

Ou, talvez, poderia ser Lyanna. Sua família mora em uma fazenda, obviamente, era preciso matar cavalos e porcos, assim como a égua da família, Candice.

A quarta bala, pode ouvir o grito de um dos cavalos da sela, muito bem conhecido, era ele, o Valente.

O quinto tiro foi acompanhado de um aviso, como nas brincadeiras de esconde-esconde: ⎯⎯ E lá vou eu.

Irreconhecível. Os olhos âmbar encontraram-se com os azuis cristalinas, arregalados. Não era medo, não era preocupação, era confusão.

Como uma família consegue ser tão confusa? A resposta estava em sua frente. A sua família. Thomas, Arthur e John, e agora, a garota que com uma arma carregada, enfrentou o seu irmão mais velho, a sua amada.

Demorou várias semanas e alguns dias, para perceber que aquela mulher poderia se tornar num mostro perigo, por mais inofensiva parece ser.

⎯⎯ Eu te amo. ⎯⎯ silabou em silêncio a frase ⎯⎯ você é a minha religião, e eu espero que não morremos aqui, pois quero viver ao seu lado.

⎯⎯ Não iremos morrer, querido.

E, realmente, não morreram. Lyanna foi parada pelos grandes braços de John, na qual tinha seus olhos repletos de água salgada e falas odiosas graças a crueldade que foi S/n ter pedido para acabarem com sua casa em Birghmiran.

⎯⎯ Como você dorme sabendo que destruiu o lar de alguém?

⎯⎯ Como você dorme sabendo que quase destruiu um amor intenso?! ⎯⎯ retrucou no mesmo tom que ela, desprezo ⎯⎯ graças a sua inveja, eu perdi muitas coisas, e não deixarei você tirá-lo de mim.

A guerra cessou, tendo risadas no final. Era algo engraçado que seria contado para a próxima geração de todos presentes. Finn observando a neblina, que fora o motivo de não derem partida da casa de Ryan, pensativo.

⎯⎯ Você é um mostro, mas, porra, eu amei isso. ⎯⎯ comentou como louco, perdido.

⎯⎯ Se não morrermos cedo, poderemos viver bastante essas loucuras. ⎯⎯ sorriu da própria desgraça ela ⎯⎯ em algum momento terei que me afastar, irei precisar cuidar de Zoe, e para isso, será preciso eu sumir do mapa por alguns meses, talvez até, anos.

⎯⎯ Mas, eu ainda continuarei a amar-te.


𝒊. Reviravoltas são tão boas. Satisfatório.

𝒊𝒊. Meu pequeno sumiço tem motivos, e um deles é mais capítulos bons para vocês.

Até a próxima...

𝐂𝐎𝐍𝐒𝐄𝐐𝐔𝐄̂𝐍𝐂𝐈𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐈𝐆𝐎𝐒𝐀𝐒 ❜ 𝐅𝐢𝐧𝐧 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora