Time to back home

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Maya Black estava seguindo sua rotina normal naquela terça chuvosa de New York, mesmo com um sentimento ruim, sua cabeça não parava de pensar em La Push e estava tentando se livrar da vontade de ligar para seu irmão ou para Leah, só para saber que todos estavam bem. A meses a mente da bruxa lhe pregava pequena peças, sempre pensando em sua família e amigos, como que seu extinto lhe mandasse voltar para casa.

Assim que entrou na portaria do prédio que morava e seguiu para o 3° andar, o corpo de Maya se arrepiou. Ela tentava a todo custo tirar da cabeça que não era uma premonição do seu lado bruxa.

Entrou e já guardou as compras para evitar bagunça. Assim que parou para fazer um café o telefone tocou. Maya aguardou os 3 primeiros toques, odiava atender ligações, mas se a pessoa não desistia no terceiro toque era porque o assunto era importante.

- Maya Black na linha - disse suspirando ao atender a ligação.

- Mas que merda, Maya - o olho da mulher arregalou ao ouvir a voz do irmão, Jacob. - precisamos de você May.

- O que aconteceu Jacob? Você e papai estão bem? - Maya agarra o telefone como se estivesse segurando o braço do irmão.

- Estamos - Jacob sussurra na linha - É o tio Harry - a linha fica muda, Maya nao precisava que o irmão completasse para ela entender.

Harry Clearwater era pai de Leah e Seth, casado com Sue. Ele e a mulher eram muito amigos dos pais de Maya e Jacob, tanto que eram padrinhos de alma da menina. Uma lágrima desceu o rosto da morena e ela segurou a sua vontade de chorar como uma criança.

- Quando e como? - Maya disse controlando o tom de voz - Como está Sue, Leah e Seth?

- Maya, o enterro é amanhã de tarde. Você precisa estar aqui, não da para fugir mais - o irmão mais novo suspira do outro lado da linha - tem muita coisa acontecendo, coisas surreais. Você precisa voltar, a alcateia precisa de você. Eu preciso de você.

- Chego ai perto do almoço, não conte a ninguém que estou indo Jacob. Precisamos ajudar os Clearwaters e não trazer mais perturbação para La Push.

Maya desliga o telefone e pega um caderno que tinha na gaveta da cozinha. Começa a escrever um bilhete para seu amigo Mason, com quem dividia o apartamento explicando que teve problemas familiares e iria passar uns dias em La Push e que entrava em contato em breve.

Correu para o quarto arrumando uma bolsa rápida, com alguns roupas de inverno. Se estava fazendo frio em New York, não deveria estar diferente de casa.

Pegou seus grimórios e algumas ervas raras. Olhou para o quarto antes de sair.

Maya não queria que fosse uma despedida de New York, mas a bruxa sabia que estava mais do que na hora de volta para casa, de voltar para La Push.

Maya desceu do avião após 7 horas de voo. Odiava avião, mesmo se considerando bem inteligente, não conseguia entender como um negocio gigante de aço poderia voar sem cair.

O relógio marcava 8 horas da manhã. Maya parou em uma pequena cafeteria para tomar um bom café da manhã, já que seu ônibus para Forks sairia em 1h. A mulher tentou todos os

mantras que conhecia para tentar se manter calma, nenhum deles estava funcionando.

Quando deixou La Push, há 4 anos, ela não esperava que ia demorar tanto para voltar. Mas vou arrastando com a barriga por conta do medo.

Essa era a verdade, Maya estava morrendo de medo. Ela não sabia como seria encontrar Paul de novo, mas ela sabia como ainda era apaixonada no garoto, como nunca tinha deixado de amar o ex-namorado.

Ela sabia que o garoto estava namorando recentemente. E mesmo nao assumindo em voz alta, ela espera que essa menina não fosse o imprinting dele, não seria nada fácil.

Pegou o celular e envio uma mensagem para Jacob, avisando que estava entrando no ônibus para Forks e que deveria chegar em La Push na hora da cerimônia.

Pegou o celular e envio uma mensagem para Jacob, avisando que estava entrando no ônibus para Forks e que deveria chegar em La Push na hora da cerimônia

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Após 3 horas de viagem até Forks e mais 1 hora de taxi até La Push. Maya estava na frete da casa da família Black, onde seu pai e seu irmão moravam agora, mas que há 5 anos, era o lar de Maya e de sua mãe também.

A mulher respirou, abriu a porta e viu que nada tinha mudado. Deixou sua mala bem rápida na sala e saiu em direção ao cemitério da reserva.

O relógio da parede marcava uma e meia, isso significava que o ritual já estava acontecendo. Andando por uns 20 minutos, antes de descer a ladeira do cemitério, Maya parou para observar lá de cima. Conseguiu ver Sam Uley do lado Emily, o drama adolescente que aquele triângulo amoroso viveu foi tenebroso. Ao lado seus fiéis escudeiros Paul Lahote e Jared Cameron. Ao lado esquerdo do caixão fechado estava Sue, Leah e Seth. Um pouco atrás seu pai e seu irmão.

Maya respirou fundo pedindo para que seus ancestrais lhe dessem sabedoria e calma nesse momento. Desceu a ladeira e foi por trás de todos ali, evitando chamar atenção. Parou atrás do pai, colocando uma mão em seu ombro e passando os braços pela cintura do irmão. Ambos levaram o olhar a menina com um sorriso triste.

Após alguns minutos, Maya começo a sentir uma energia, como um ponto de fusão, que a conectasse mais ainda com a terra. Seu corpo começou a aquecer. Percebeu que não só seu irmão, como Leah e Seth que estavam um pouco mais a frente, encaravam o grupo de rapazes mais ao fundo da cerimônia. Ela não era perita em assunto de lobos, mas em magia sim, e ela sabia que aquilo só poderia ser uma magia poderosa. Quando levanto o olhar, toda a alcateia a olhava e a força virou seu rosto ate alguém específico. Paul a olhava com uma mistura de emoções, raiva era com toda certeza uma delas.

Maya tinha certeza que os ancestrais amavam lhe pregar peças. Mas essa foi a maior dela, Maya Black era o imprinting de Paul Lahote.

A magia que habita em nós | Paul LahoteOnde histórias criam vida. Descubra agora