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HADES

—Evangeline vai ser sua companheira nessa missão–O mais velho ao meu lado fala–Vou deixar vocês se conheçerem melhor–O senhor fala e logo em seguida desaparece de vista.

Ótimo.Agora eu não sei oque dizer

Evangeline me observa de canto esperando para ver se eu iria quebrar aquele silêncio constrangedor.

—Hades Russo,você não tinha sido preso no começo da semana–A mulher diz olhando em meus olhos .

Como ela sabe dessa porra?

—Como você descobriu isso?–Pergunto intrigado–Andou pesquisando sobre mim?–Pergunto mais uma vez esperando sua resposta .

—Recebi uma ficha sobre você e,também fui atrás de algumas informações suas,não poderia correr o risco de estar trabalhando com um estranho–Ela fala com desdém.

—Poderia ter perguntado diretamente para mim–Falo sentando em uma poltrona que havia ali.

—Quem garante que você falaria a verdade–Ela fala enquanto se apoiava na mesa.

—Onde iremos ficar?–Pergunto mudando de assunto.

—Em uma casa que a companhia reservou para nós–A mulher fala voltando sua atenção para os papéis em sua mesa.

Então nós ficaríamos na mesma casa,não teria como ser melhor.

—Deveríamos sair–Falo quebrando o silêncio.

—Porque?–Ela pergunta voltando seus olhos para mim.

—Para nos conhecermos melhor–Falo esperando sua resposta.

—Acho que nós já nos conhecemos o suficiente–A mulher responde.–Afinal,logo isso irá acabar e eu voltarei para a Espanha.

Não teria tanta certeza se fosse você.

—Por que tem tanta  certeza disso–Pergunto intrigado.

—Por que essa não é a primeira vez que eu lido com esse tipo de coisa–Ela fala me deixando mais intrigado ainda.

—Deveria me preocupar com isso?–Pergunto me aproximando da mulher.

Evangeline se desencosta da mesa e ajeita alguns papéis que eu julgo ser os documentos da família Albertine,ela pega sua bolsa e seu casaco indo em direção a porta da pequena sala.

—Boa tarde,Hades–Ela fala e logo sai da sala

Parece que eu vou precisar descobrir algumas coisas por conta própria
          
                                           ...

Sentado em frente à tela do computador,o nome de Evangeline brilha sobre a tela,diante de várias matérias de jornais e blogs que envolvem o nome da mesma.

Sim.Eu estou pesquisando sobre sua vida.

Diante de tantas matérias,uma dela me chama atenção.

"Nesta noite de sexta feira,uma garota de aproximadamente seis anos é encontrada debruçada sobre os corpos sem vida de seus pais.A suspeita é de que o carro de seus pais tenha se chocado com outro carro,porém,na cena do acidente o carro de seus pais foi encontrado"

—Porra–Exclamo extasiado.

Enquanto rodo por mais alguns sites,encontro outra matéria,uma entrevista na verdade.

—"Hoje estamos aqui com Evangeline Santinelli"–O entrevistador anuncia–"Que recentemente ajudou no combate de uma das maiores empresas de exportação de drogas do país".

—"Começar nesse mundo não foi algo surpreendente e nem assustador pra mim"–Diz a mulher para o entrevistador–"Digamos que tenha sido algo premeditado".

O entrevistador parecendo não muito contente com suas respostas,faz sua última pergunta.

—"E sobre a morte de seus pais?–Ele pergunta–"Eles também trabalhavam nesse ramo,não se preocupa que você possa ter o mesmo fim que eles?"–A plateia se cala diante disso.

Os olhos de Evangeline se arregalaram e seu rosto empalideceu,pude sentir daqui seu desconforto diante da pergunta feita anteriormente.

A garota levanta sutilmente de sua poltrona indo em direção a mesa do entrevistador,quando tudo está em um completo silêncio,um tapa é desferido no rosto do entrevistador,toda a plateia se espanta diante de seu ato.

—"Nunca mais fale de mim ou do meus pais"–É de repente a tela ficou escura,a gravação foi cortada.

Muitas fotos de Evangeline recebendo prêmios,indo a entrevistas,ou até mesmo fotos descontraídas com seus amigos.Continuo rolando até achar uma foto de uma garotinha que eu julgo ser Evangeline ao lado de uma mulher de cabelos longos e olhos verdes e um homem de cabelos castanhos e olhos amendoados.

Quando clico na foto a luz do computador se  apaga e,a luz do quarto é acesa,passos sutis são desferidos atrás de mim,uma mão pousa em meu ombro e uma voz sussurra suavemente em meu ouvido.

—Que porra você estava fazendo?–A voz feminina atrás de mim pragueja.

—A site já estava aberto–Digo levantando da cadeira.

—Não minta pra mim,Hades,você sabe que não consegue–A mulher fala com um olhar cínico levando suas mãos para o bolso de sua calça.

Evangeline se aproxima cada vez mais de mim,com suas mãos no bolso,ela tira algo que aparenta ser um canivete.

—Pretende me esfaquear com isso,querida?–Pergunto convencido.

Ela não teria coragem

—Quer descobrir,querido?–Ela rebate com o canivete precionado em meu pescoço.

Um copo de água cai no chão tomando minha atenção,ao olhar para o lado,sinto meu pescoço arder e logo olho para Evangeline que está com um sorriso cínico em seu rosto.

Vagabunda.

—Fique esperto da próxima vez,Russo–Ela diz indo em direção a porta do quarto.

—Garanto que da próxima vez a única pessoa que estará sangrando,vai ser você–Praguejo.

—Isso foi uma ameaça?–Ela pergunta ainda com seu sorriso cínico em seu rosto.

—Entenda como quiser–Respondo devolvendo seus sorriso.

—Cuidado,Hades–A Vagabunda fala olhando em meus olhos–Eu te conheço,mas você não me conhece–Fala e não a vejo mais no quarto.

Não tenha tanta certeza disso,querida.

                                            ...

Notas da autora

Demorei mais cheguei

Desculpem pelo GRANDE atraso,tava lotada de trabalho,juro que vou tentar ser mais presente aqui.
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Comentem e votem no final do capítulo.
Beijos da autora .

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