Prólogo

282 31 4
                                    

05 DE NOVEMBRO DE 1964









Segurando um copo de bourbon mais do que apenas meio cheio, embora sem ousar dar um único gole desde que se serviu e então se sentou na poltrona perto das grandes janelas do escritório da mansão secundária da linhagem Peverell, Codrus Antioch Peverell Drazhan-Reaper, um homem de porte alto, os ombros estreitos e a uma musculatura magra, mas forte, sendo o donos de cabelos pretos como asas de um corvo, pele pálida e olhos tão verdes quanto folhas das árvores na primavera, suas feições afiadas e delicadas, maçãs altas, queixo quadrado e um nariz grande com proporção sútil que se encaixa no molde.

Esse olha fixamente para além da visão da poderosa lua cheia, qual se ergueu no céu noturno e agora se esconde atrás das nuvens mais acinzentadas, onde ao seu brilho fugaz reflete nas vidraças limpas, iluminando levianamente todo o aposento encharcado de sangue ainda fresco escorrendo sobre as mobílias, estofados e a mármore branca, entretanto, embora a sua pouca luz ilumine tudo, ainda se oculta a figura que está submersa em sombras tangíveis ali, sentado confortavelmente na poltrona de couro branca favorita de seu belo noivo, com o seu copo de bebida intocado na mão, as suas roupas amarrotadas e salpicadas com ao sangue de todos os enviados para matarem sua família, e todos que estivessem, sem o conhecimento do que poderiam encontrar além da morte certa. Porém, mantendo uma expressão impassível, toda a exaustão nos ombros de Codrus é impossível de ser ignorada se for olhado de perto, principalmente quando o olhar duro desse outro mostram um homem perdido.
E ao fato desse ter despertado há pouco mais do que 5 semanas de volta para a sua bagunça de vida, sendo um bruxo de negócios não tão limpos e nem mesmo metade inocente do que se acham, a qual lidera uma organização criada em favor de ajudar bruxos inocentes, abortos abusados pelas próprias famílias, animas de luz e escuro e também as meias-criaturas como os vampiros, lobisomens, veelas, etc, tentando sempre manter um equilíbrio constante em relação a existência mágica para que nada desmorone e outro Salém venha acontecer como a sua prioridade principal, mesmo que for preciso matar quem estiver no caminho e proteger os trouxas, então sim, é isso... Codrus está cansado, meio sobrecarregado com tudo até.

Não apenas porque a sua casa foi invadida nessa noite, isso sequer foi algum problema real, e muito menos porque alguns poderosos estão tentando matar sua família e usá-los como algum aviso, não, isso é apenas mais do mesmo, já que queimar os corpos até a sua inexistência e se livrar do sangue não passa de uma pequena lição que esse aprendeu desde muito cedo pelos seus próprios pais. O que verdadeiramente torna tudo isso um problema para Codrus é que essa noite deveria acontecer completamente diferente. Todos corpos espalhados pelo chão da mansão e o sangue entrando em fissuras minúsculas na mármore não eram para ser dos que agora estão mortos, não, toda mansão estaria em sangue e ruínas, mas seria a cabeça de Davian, o noivo de Codrus, que estaria presa em uma lança afiada quando todo o resto estariam ainda meio vivos, mas impossibilitados em serem salvos, quando o bruxo houvesse chegado aqui.

Sua família e seu amor estariam mortos por causa do deslize da misericórdia que um pedido de Corbin Peverell, falecido irmão mais novo de Codrus, teve para alguém que nem deveria mais existir.

Correção: Para alguém que não estará vivo até o próximo nascer do sol.

Entretanto, tudo o que aconteceu na mansão Peverell e tudo o que deveria acontecer é agora mais a um caminho entre aos galhos de Destiny, um caminho que Codrus talvez nem quisesse ter seguido, pois quando foi levado por Magic e Morte para o intermediário, um lugar entre a vida e a morte, qual foi criado para projetar o cenário realista do local onde toda a sua vida mudou, seja para o bem ou para o mau, mas que para Almas Caminhantes, ao que Codrus e os primogênitos de tal linhagem são, eles enxergam mais do que esses meros cenários. Vêem a verdade de tudo que está sendo mantido escondidos nessas, enxergam a árvore da vida, que representam não apenas suas escolhas, mas a universos alternativos em galhos que relevam o passado, presente e o futuro. Galhos podres, outros quebrados e a uns que carregam frutos bons e ruins e levam a mais e mais galhos aqui e ali, que estão interligados a outros galhos com diversos meios, quais podem ou não florescerem. Pois as escolhas quando tomadas de outra forma, sejam em uma resposta diferente para a uma tal ação, um ato mais pensado sobre algo importante e mesmo impulsiva, até mesmo ao silêncio mais barulhento podem mudar um destino.

O PRÍNCIPE CORVO - SEVERUS SNAPEOnde histórias criam vida. Descubra agora