The Perfect Family

Parabéns

Oi, pessoal, tudo bem?
As histórias que estou postando estão surgindo na minha cabeça e como vocês já perceberam eu não sou nada confiável para continuar uma história.
Estou escrevendo essa história mas não sei se vou continuar, até agora estou no décimo capítulo e não pretendo largar, mas tudo pode acontecer.
Não vou voltar a escrever as outras histórias que deixei por enquanto, quando for voltar, avisarei

Thea

Acordar pela manhã é sempre a tarefa mais difícil. Não sei quando comecei a odiar a acordar pela manhã, talvez depois dos meus dezessete anos.

Tudo bem, odiar é uma palavra muito forte, mas não consigo achar outra palavra que expresse melhor o que sinto quando ouço aquele despertador agudo tocando na cabeceira da cama.

Acho que uma parte desse "ódio" vem de que meus sonhos são todos interrompidos, as vezes sonho com uma vida extremamente diferente e quando acordo percebo que estou naquela mesma vida, na mesma rotina de sempre.

A cama balança violentamente e de repente meu corpo é atingido por uma chuva de abraços, sorrio quando ele afasta o lençol do meu rosto e suas mãos pequenas seguram minhas bochechas para ver se estou acordada.

-Mamãe?- sussurra parecendo bem animado- Mamãe? Acordou?

-Não, preciso de mais beijos.- falo sussurrando também.

O sorriso de Cameron aquele meu coração e ele começa a dar beijos nas minhas bochechas com a delicadeza de um touro. Agarro ele e o deito do meu lado enquanto dou beijos em sua testa e arrumo seus cabelos loiros.

-Não acredito que acordou tão cedo.- sorrio quando ele enche o peito.

-Eu acordei mesmo.- concorda- Só pra ser o primeiro a dar parabéns.

-Como sempre.- observo o pijama de patinhos- A mamãe vai só no banheiro e então descemos para comer.

Saio da cama e ele continua deitado, agora brincando com o ursinho que trouxe do quarto. Fecho a porta do banheiro e coloco meus cabelos para trás quando todo aquele calor e alegria parece desaparecer de repente.

Não é que eu não goste do meu filho, na verdade acho que gosto mais do que o normal, é só que algo não parece certo desde que me entendo por gente.

Encho minhas mãos com água e molho meu rosto para acordar de verdade, faço toda a rotina de cuidados com a pele que eu tenho pela manhã e troco a camisola por uma calça branca larga e um suéter vermelho escuro que não deve ser meu.

Abro a porta e Cameron segura minha mão para me levar pela casa, o corredor do segundo andar está silencioso mais do que eu gostaria e descemos as escadas dos fundos que dá direto para a cozinha.

Levanto as sobrancelhas quando vejo que na ilha da cozinha existe um bolo com glacê verde claro, minha cor favorita. Cameron começa a cantar parabéns e uma voz se junta a ele quando sinto meus olhos se enchendo de lágrimas sinceras.

Cameron sai pulando pela cozinha enquanto canta e caminho até o bolo para ver as velas acesas confirmando minha idade. Vinte e dois anos eu faço hoje e não parece que nada mudou, ou que vá mudar.

-Quer abraçar a mamãe?- Cristian balança o bebê mais novo em seus braços, Taylor- Vamos dar parabéns pra ela?

-Ah, que lindo.- pego Taylor em meus braços- Ajudou o papai a preparar isso?