Planos

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Thea

Mordo a unha enquanto tento achar as palavras, tenho muito cuidado em mandar esses e-mails, ainda mais quando sei que o Senador está ainda mais de olho em todos nós. Cada um deve ser vigiado de alguma forma muito doente.

Antes mesmo de casar com Cristian eu era vigiada, o Senador me mostrou fotos do que eu fazia antes da noite acontecer. Esse era um dos nossos segredos, os maiores segredos de toda a minha vida, não era só eu que dependia disso.

Ouço passos no corredor e termino de uma vez, envio o e-mail e tenho certeza de que foi enviado antes de fechar o computador. As portas da biblioteca abrem e vejo Cristian ainda sem a gravata que faz conjunto com o terno.

Não consigo esquecer de dois dias atrás, quando eu estava finalmente pronta para ceder e ele simplesmente deu aquela desculpa esfarrapada. Ontem mesmo ele concertou o erro, transou comigo no chuveiro, mas agora tudo parecia estar diferente.

-O que você está fazendo?- pergunta.

-Estava vendo alguns e-mails.- digo.

-Vou tomar café da manhã com vocês, estamos esperando as panquecas.- explica.

-Ótimo.- caminho até ele- Vai conseguir ir visitar a creche comigo?

-Sim, vou estar lá.- ele coloca as mãos na minha cintura e beija minha testa.

-Acho que vai ser bom.- passo meus braços pelo ombro dele- Eles vão fazer amigos, Cam já se acostuma com um tipo de escola. Temos mais tempo para fazer outro bebê.- sorrio.

-Um ótimo plano.- beija minha bochecha- Vai fazer um teste hoje?

-Claro.- minto.

-Já passaram algumas semanas desde seu aniversário, acho que vamos dar sorte.- sorri beijando meus lábios.

-Vamos sim.- respiro fundo me preparando- Cristian.

-Sim?- ele parece nervoso.

-Eu quero essa família tanto quanto você.- o observo- Eu sei o quanto é importante para você fazer isso e sei o quão importante é o seu trabalho e como seu pai admira isso.- arrumo o cabelo dele- Vamos conseguir fazer isso, não precisa sair do trabalho.

-Sério?- ele parece animado.

-Sim, também não precisamos de uma fazenda.- balanço a cabeça- Mas vamos sim precisar de uma casa maior.

-Não é problema.- ele sorri me dando beijos pelo rosto.

-Mas se queremos fazer isso.- seguro seu rosto- Eu preciso de algo.

-Qualquer coisa.- ele sorri e aquele sorriso me mata de qualquer jeito.

-Precisa parar de ver quem quer que esteja vendo.- o sorriso dele desaparece- Você sabe que isso não é problema, eu já perdoei você das outras vezes.- minha garganta arde falando isso, lembrando de todas as vezes que eu me fiz de cega- Só me prometa que vai parar.

-Eu vou.- ele sussurra.

-Sem segredos.- franzo as sobrancelhas.- Precisamos disso para ter uma família forte.

The Perfect Family Onde histórias criam vida. Descubra agora