Thea
Aperto com força a alça da cadeirinha de bebê de Taylor assim que entro padaria que fica mais no oeste da cidade. Vinha aqui por que era longe tanto do leste, onde nós moramos, e do norte, onde Cristian trabalha.
Dou uma olhada no local e vejo que a maioria das pessoas esse horário são idosos e adultos concentrados no laptop. Então caminho tentando encontrar a mesa que geralmente eu me sento e minha boca seca quando vejo quem está ali.
Meus passos parecem mais longos e meu coração bate nos meus ouvidos, é ridículo como eu reajo toda vez que o vejo, não consigo achar uma explicação racional para isso, simplesmente acontece.
Seus olhos passam por mim e vão até a cadeirinha de bebê, que está virada, então ele não consegue ver Taylor acordado e brincando com a chupeta.
Sento na cadeira em frente a ele e coloco o bebê na terceira cadeira da mesa, Taylor ergue os olhos azuis para mim e tento sorrir quando ele tira a chupeta e começa a fazer alguns sons baixinhos.
Abro a boca para falar algum coisa e ele mexe a mão e vira a cadeirinha para olhar Taylor, mordo o lábio quando suas mãos o seguram e então Taylor está em seus braços. Ele não teve a oportunidade de conhecer na maternidade já que estava fora.
-Ele tem seu nariz.- diz baixo.
-Cuidado com ele.- digo apreensiva.
-Sei como segurar um bebê, Thea.- ele observa Taylor atentamente.
-Porque me respondeu tão rápido?- pergunto.
-Por que normalmente quando você manda mensagem para mim só pode significar uma coisa.- ele fala e minhas bochechas queimam- E, sinceramente, achei que nunca mais ia mandar mensagem para mim já que da última vez falou aquelas coisas.
-Eu também não queria mandar.- cruzo meus braços- Acredite, eu falei sério quando disse tudo aquilo.
-Acho que devia estar me convencendo a não deixar você falando sozinha.- ele sorri para mim, aquele sorriso galanteador e com uma covinha do lado esquerdo.
-Você não vai fazer isso.- digo, mas desacreditando um pouco.
Ele me observa mais atentamente agora, seus olhos passam por todo o meu corpo e odeio prender a respiração. Os olhos azuis voltam para Taylor e então ele mexe a mão chamando um garçom bem novo para nossa mesa.
-Sim, chefe?- ele pergunta alegre.
-Traga uma daquelas tortas de chocolate e um café com metade de uma xícara de leite e um pouco de mel.- ele diz e fico surpresa por ainda lembrar.
-Certo.- ele sorri para mim e vai até o balcão.
-Não estou com fome.- digo já começando s ficar irritada.
-Bom, você me parece magra demais.- ele balança o bebê- Não devia estar magra se ainda está amamentando, não é?
-Ai meu Deus.- passo a mão pelo rosto- Todo mundo não deveria ficar feliz por eu estar magra?
-Não magra demais.- ele destaca a última palavra- Suponho que vá me contar por que a mudança de atitude de alguns meses atrás para agora.
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The Perfect Family
RomanceDinheiro, luxo e poder. Todos querem esses três, mas quantas pessoas estão realmente dispostas a passar por tudo para conseguir? A história da junção das famílias Maxwell e Hawthorne é obscura e cheia de segredos e espinhos. Famílias que estão no po...