Casados

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Por SrtaAthena-/SrtaLina-

Sakura já tinha presenciado todo tipo de coisa naquela vida de feiticeira, até mesmo como médica. Era por isso que estava tão calma diante daquela situação.

O hospital de Shibuya era um dos maiores que tinha num raio maior que dois campos de futebol, toda gama da população frequentava ou estava internada nas instalações novinhas do prédio de 4 andares. Eram muitas pessoas, todavia, Sakura conseguiu evacuar um andar inteiro e, ao mesmo tempo, exorcizar a grande parte das maldições que vinham de todos os cantos. 

Mesmo assim, ainda não era suficiente. Maldições de grau 3 se aglomeravam nos andares em que ela não estava, se concentrando nos mais acamados, encurralando-os contra o fogo dos que não conseguiam fugir da influência de energia negativa, não tinha feiticeiros no meio dos funcionários ou pacientes, ela estava sozinha.

Os focos de fumaça subiam pelas paredes e saídas de ar, porém ainda não tinha chegado aos andares mais altos, se concentrando especificamente no subsolo, recepção e o primeiro andar. Ainda dava tempo de fugir pelas escadas de incêndio sem ser pego pelo fogo propriamente dito, todavia, a fumaça deixava todos em pânico e isso era o bastante para a energia concentrada se propagar cada vez mais.

— Dra Haruno! — Sakura corria de um lado para o outro, ouvindo seu nome em todas as direções. Seu feitiço a auxiliava em exorcizar maldições menores nos andares abaixo e no que estava, mas os ramos de cerejeira não duravam muito por causa do fogo, tendo que se regenerar no domínio inato, gastando cada vez mais energia da Haruno.

Mesmo com suas reservas ainda intocadas no selo de sua testa, estava insuportável ter que focar em milhares de alvos e inocentes ao mesmo tempo.

Porém, ela não se daria por vencida. Seu clã era conhecido por possuir membros que não viviam tanto, todavia, eram conhecidos pela persistência e poder único. A casa Haruno, ou, casa Sakuya, tinha a árvore de Sakura como símbolo, não só em todas as ramificações do clã, mas em seus corpos, era sua proteção, cravado em sua alma por gerações. Yuji era um caso à parte, porém, não menos merecedor do sobrenome e dos títulos que o sobrenome proporcionava, mesmo sendo de ramificações mais afastadas do centro da família.

Na escola, ainda no primeiro ano, era conhecida como Sengen impetuosa, apelido dado por causa da deusa patrona de sua família e, também, por ter exorcizado mais de 100 maldições antes de atingir a maioridade, usando seu domínio inato, completo.

— Vão para as saídas de emergência, o resgate já deve estar lá embaixo — Sakura entregou as últimas crianças de sua ala nas mãos de Ino, usando seu feitiço de longo alcance para acompanhá-la escada abaixo.

Ramos de cerejeiras se esgueiravam pelas paredes, brotando quando sentia a presença de energia amaldiçoada, florescendo no mesmo instante que a maldição passava. As de nível inferiores de 2 eram exorcizadas assim que a fragrância atingia seus corpos, as de nível superior - especial -, não sentiam nem cócegas.

— Cadê você, Yuji?! — Sakura manuseava os brotos nos andares em que conseguia, já quase esgotando sua energia. Parecia que tinham aberto o pior tipo de vala amaldiçoada e deixado ao relento, perto do hospital, não tinha como ter sido um fenômeno natural, será que estavam atrás dela? Não tinha mais ninguém da comunidade jujutsu residente ou funcionária ali além dela.

Era coincidência demais.

Sakura tirou o jaleco, prendendo o mesmo na cintura, tirando as luvas descartáveis de um porta luvas que achou em uma das salas-leito do andar. Não eram suas luvas de costume, porém iriam servir igual.

— Apareçam de uma vez, eu ainda tenho que trabalhar mais tarde no plantão — a rosada esticou bem as luvas, sentindo as maldições mais fortes aparecerem quando as últimas de nível 4 tinham caído. Realmente, tinham sido apenas uma distração pro banquete final — Ervas daninhas, sempre se esgueirando pelo jardim, usando as outras para crescerem, como parasitas, vocês não são diferentes!

Jaleco - GojoSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora