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Capítulo 8|

˖⸙̭❛Εν δὲ τῷ λαβυρίνθῳ τῶν μυστηρίων,˖⸙̭❛
    ἡ μοίρα ἡμᾶς ὁδηγεῖ διὰ τῶν σκιῶν.

– Percy – uma garota sussurrou.
Juníper estava nos arbustos. Era estranho como ela quase ficava invisível quando ela estava cercada por plantas. Ela sinalizou para mim urgentemente.
– Você precisa saber: Luke não foi o único que eu vi perto da caverna.
– O que você quer dizer?
Ela olhou para a arena.
– Eu estava tentando dizer algo, mas ele estava lá.
– Quem?
– O professor de esgrima – ela disse. – Ele estava andando ao redor das pedras.
Meu estômago embrulhou.
– Quintus? Quando?
– Eu falei que ele era estranho – Ella disse.
– Eu não sei: eu não presto atenção em datas. Uma semana atrás talvez, quando ele apareceu pela primeira vez.
– O que ele estava fazendo? Ele entrou lá?
– E-eu não tenho certeza. Ele é assustador, Percy. Eu nem sequer o vi entrar na clareira. De repente ele estava ali. Você tem que dizer ao Grover que isso é muito perigoso–
– Juníper? – Grover chamou de dentro da arena. – Aonde você foi?
Juníper suspirou.
– É melhor eu ir. Apenas se lembre do que eu disse. Não confie naquele homem!
Ela correu para a arena.
– Por que será que ele estava lá? – Ella disse – ele pode estar trabalhando com Luke.
– Eu tenho que ir. – eu disse.
– Eu vou com você Percy – Ella disse. – eu sei onde você vai, quero ir junto.
– Aah... Tudo bem. – eu disse – então vamos.
Eu olhei para a Grande casa, sentindo-me mais desconfortável do que nunca. Se Quintus estava tramando algo... Eu precisava do conselho de Annabeth. Ela saberia o que fazer com as notícias de Juníper. Mas onde raios ela estava? Seja o que for que estivesse acontecendo no Oráculo, não deveria demorar tanto.
Finalmente não pude aguentar mais.
Era contra as regras, mas, novamente, ninguém estava vendo.
– Ella... – Chamo fazendo a olhar para mim – eu tenho que ir lá.
– Se você vai, eu também vou. – digo o encarando – melhor os dois serem pegos, tenho uma ótima desculpa para caso isso aconteça. – digo sorrindo
Eu e Ella corremos colina abaixo e cruzamos os campos.

A sala da frente da Casa Grande estava estranhamente quieta. Eu estava acostumado a ver Dioniso em frente à lareira, jogando cartas e comendo uvas e amolando sátiros, mas o Sr. D ainda estava fora.
Nós caminhamos pelo corredor, tábuas rangiam debaixo dos meus pés. Quando chegamos à base da escada, eu hesitei. Quatro andares acima haveria um pequeno alçapão que levava ao sótão. Annabeth estaria em algum lugar lá em cima. Eu fiquei em silêncio e atento. Mas o que ouvi não foi o que eu esperava. Soluços. E estava vindo de algum lugar abaixo de nós.
– Abaixa e me segue. – eu disse.
– Oq que? Porque ?– Ella pergunta desentendida.
Nos rastejamos em torno da escada. A porta do porão estava aberta. Eu nem sabia que a Casa Grande tinha um porão. Nós espiamos para dentro e vi duas figuras no canto mais afastado, sentados no meio de estoques de ambrosia e morango em conserva. Uma era Clarisse. A outra era um adolescente hispânico em calças camufladas esfarrapadas e com uma blusa preta suja. Seu cabelo estava gorduroso e opaco. Ele estava abraçando seus ombros e soluçando. Era Chris Rodrigues, o meio-sangue que fora trabalhar para Luke.
– Está tudo bem – Clarisse estava dizendo para ele. – Tente um pouco mais de néctar.
– Você é uma ilusão, Mary! – Chris se encolheu mais no canto, – V-vá embora.
– Meu nome não é Mary. – A voz de Clarisse era gentil, mas muito triste. Eu nunca pensei que Clarisse pudesse falar desse jeito. – Meu nome é Clarisse. Lembre-se. Por favor!
– Está escuro! – gritou Chris. – Tão escuro!
– Venha para fora – Clarisse sussurrou. – A luz do sol irá te ajudar.
– Mil... mil caveiras. A terra continua curando-o.
– Chris – Clarisse pediu. Parecia que ela estava prestes a chorar. – Você tem que melhorar. Por favor. Sr. D vai voltar logo. Ele é especialista em loucura. Só aguente firme.
Os olhos de Chris pareciam os de um rato encurralado – selvagem e desesperado.
– Não há saída, Mary. Não há saída.
Então ele apanhou um vislumbre de nós e fez um som apavorante, estrangulado.
– O filho de Poseidon! Ele é horrível!
Eu recuei, esperando que Clarisse não tivesse nos visto. Eu esperei que ela nos atacasse e gritasse comigo, mas ela apenas continuou falando com Chris em uma voz triste, pedinte, tentando fazê-lo beber mais néctar. Talvez ela tenha pensado que fazia parte da ilusão de Chris, mas... Filho de Poseidon? Chris estivera olhando para mim, mas ainda assim porque eu tive a sensação que ele não falara sobre mim?
E a ternura da Clarisse – nunca me ocorreu que ela poderia gostar de alguém; mas a forma que ela disse o nome de Chris... Ela o conhecera antes dele mudar de lado. Ela o conhecia muito melhor do que eu percebia. E agora ele estava tremendo em um canto do porão, com medo de sair, e balbuciando sobre alguém chamada Mary. Não era surpreendente que Clarisse não quisesse nada com o Labirinto. O que acontecera com Chris lá dentro?
Eu ouvi um rangido em cima – como a porta do sótão abrindo – e corri para a porta da frente. Eu precisava sair daquela casa.
– Quem era aquele? – Ella pergunta.

– Minha querida – disse Quíron. – Você conseguiu.
Annabeth olhou para mim primeiro. Eu não podia dizer se ela estava tentando me alertar, ou se o olhar nos olhos dela era puro medo. Então ela focou em Quintus.
– Eu ouvi a profecia. Eu vou liderar a busca para achar a oficina de Dédalo.
Ninguém comemorou. Quero dizer, nós todos gostávamos de Annabeth, e queríamos que ela tivesse uma missão, mas essa era insanamente perigosa. Depois do que eu vira de Chris Rodriguez, eu nem queria pensar sobre Annabeth descendo para aquele estranho labirinto de novo.
Quíron raspou um casco no chão sujo.
– O que dizia exatamente a profecia, minha querida? As palavras são importantes.
Annabeth respirou fundo.
– Eu, ah... bem, dizia, Descerás na escuridão do labirinto infinito...
Nós esperamos.
– ... o morto, o traidor, e o perdido reerguidos.
Grover se exaltou.
– O desaparecido! Tem que ser Pã! Isso é ótimo!
– Com o morto e o traidor – eu adicionei. – Não tão ótimo.
– E? – Quíron perguntou. – Qual é o resto?
– Ascenderás ou cairás pelas mãos do rei espectral – recitou Annabeth, – da criança de Atena, a defesa final.
Todos se olharam desconfortáveis. Annabeth era filha de Atena, e ato final não soava muito bem.
– Ei... não devemos tirar conclusões precipitadas – disse Silena. – Annabeth não é a única criança de Atena, certo?
– Obviamente é Annabeth – Ella disse para Silena.
– Mas quem é esse rei fantasma? – Beckendorf perguntou.
Ninguém respondeu. Eu pensei na mensagem de Íris em que eu vira Nico invocando espíritos. Tive um mau pressentimento que a profecia estava conectada com isso.
– Há mais linhas? – Quíron perguntou. – A profecia não parece completa.
Annabeth hesitou.
– Eu não me lembro exatamente.
Quíron ergueu uma sobrancelha. Annabeth era conhecida por sua memória. Ela nunca esquecia coisas que ela tinha ouvido.
Annabeth se mexeu no seu banco.
– Alguma coisa sobre... O último suspiro do herói acontecer.
– E..? – Quíron perguntou.
Ela continuou parada.
– Olha, o ponto é que eu tenho que entrar. Eu vou achar a oficina e impedir Luke. E... eu preciso de ajuda. – Ela se virou para mim. – Você virá?
Eu sequer hesitei.
– Estou dentro.
Ela sorriu para mim pela primeira vez em dias, e isso fez tudo valer a pena.
– Grover, você também? O deus da natureza está esperando.”
Grover pareceu esquecer o quanto ele odiava o subsolo. A linha sobre “o desaparecido” havia energizado-o completamente.
– Eu vou empacotar recicláveis extras para o lanche!
– E Tyson – disse Annabeth. – Vou precisar de você também.
– Oba! Hora de explodir coisas! – Tyson bateu palmas com tanta força que acordou a Sra. O’Leary que estava cochilando no canto.
– E Ella... – Annabeth disse. – eu preciso de você também.
– Tudo bem – Ella disse parecendo empolgada– tô dentro também, vou precisar de mais armas. 
Eu não sabia por que ela tinha tanta certeza, mas eu estava feliz por ela ter incluído Tyson e Ella. Eu não podia me imaginar deixando Tyson para trás. Ele era grande e forte e ótimo entendendo coisas mecânicas. Diferente dos sátiros, os ciclopes não tinham problema no subsolo, e Ella parece muito forte e determinada, quando eu vi ela indo pra cima dos escorpiões não tenho dúvidas que ela irá nos ajudar muito.
– Annabeth – Quíron mexeu sua cauda nervosamente. – Considere bem. Você estaria quebrando as leis antigas, e sempre existem consequências. No último inverno, cinco foram numa missão para salvar Ártemis. Apenas três voltaram. Pense nisso. Três é um número sagrado. Há três parcas, três fúrias, três filhos olimpianos de Cronos. É um bom número forte que se sustenta contra muitos perigos. Quatro... é um risco.
Annabeth respirou fundo.
– Eu sei. Mas nós precisamos. Por favor.
Eu podia dizer que Quíron não gostou disso. Quintus estava nos observando, como se estivesse tentando decidir qual de nós voltaria vivo.
Quíron suspirou.
– Muito bem. Vamos parar por aqui. Os membros da missão devem se preparar. Amanhã ao amanhecer, enviaremos vocês para o Labirinto.

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⏰ Última atualização: Apr 19 ⏰

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