parceiros de dodói

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Pov Yuna

Me olho no espelho não me reconhecendo e resmungo para mim mesma.
- Eu fico muito estranha de terno. - puxo a gravata entrando em uma briga com o objeto inanimado - porra.
Desço as escadas.
- olha uma mini cópia de mim.- minha tia diz, a mesma vestia um terninho.
- a diferença é que você fica bem de terno né tia?
- para Yuna, você tá linda.- ela sorri.
- Bom dia.- meu tio nos cumprimenta - olha vocês estão ótimas.
- um pinguim.- Jiyong diz.
- você tá de farda não pode falar nada. - eu mostro a língua pra ele.
Ele ri .- oh, nós dois estamos em trabalhos para benefícios próprios. - ele larga o braço no meu ombro. - que orgulho maninha.
Rio - O que você esperava? Tive uma boa criação.
Meu tio ri disso - obrigada pela parte que me toca.
Meu irmão entra na cozinha enquanto conversávamos, assim que sentamos a mesa começamos a tomar café da manhã.
- Yuna você tem certeza disso?- meu irmão preocupado pergunta.
- nos precisamos começar logo com isso Woojin.- digo e bebo meu suco de laranja.
- eu sei mas talvez possamos esperar mais ou talvez o papai possa nos ajudar - ele diz apenas reviro os olhos com isso.
-Sim claro, eu já esperei o suficiente Woojin, além disso nós temos apoio da família, não é o suficiente?- indago.
-ele também é sua família.- ele diz.
Pego minha identidade que estava na capinha do celular e começo a ler.
- Filiação Ga Nabi e Ga Haru, ele pode ainda ser o seu pai Woojin mas não é mais o meu. - digo e guardo o documento novamente.
- Yuna.. - meu tio me reeprende.
- eu menti?- pergunto, Woojin apenas se levanta e sai da mesa.
- Yuna isso é jeito de falar filha?- Tia Nabi pergunta.
- Eu não quero aquele homem na minha vida, não quero passar o que eu passei denovo é só isso.- eu respondo.
- Nós entendemos, eu principalmente.- Meu começa.- mas o Woojin é seu irmão eu sei que vocês não se davam bem quando mais novos, mas não deixe aquele homem destruir uma relação que vocês demoraram tanto pra construir.
- Você tem razão tio, me desculpe.- eu falo.
Jiyong coloca a mão no meu ombro e aperta levemente - não é só você que precisa se desculpar, mas vocês dois precisam de um tempo.
Faço que sim com a cabeça e continuamos a tomar café,o clima fica meio esquisito mas o que meu tio falou é verdade, eu e meu irmão demoramos a construir a relação que temos, ele ficou irritado comigo por muito tempo por eu ter aceitado ser adotada quando nossa mãe faleceu, ele dizia que ainda tínhamos pai mas o que meu irmão não entende é que eu nunca tive um, pelo menos não o mesmo que ele.

Flashback on

-Pai abre a porta me deixa entrar- bato na porta de novo, começando a tremer por conta da chuva.
- não! Você chegou atrasada de novo! Você se lembra o que eu disse não é? Você se vire pra encontrar um lugar pra passar a noite, eu não me importo. - ouço a voz do meu pai do outro lado fria como sempre
- mamãe!- vejo um papel aparecer na janela, reconheço a letra da minha mãe com a seguinte frase "Vá para a casa dos seus tios, me desculpe querida."
- por favor, por favor.- começo a implorar, mas não adianta.
Saio do nosso quintal, olhando a rua escura, começo a correr ainda tremendo por conta do temporal e começo a chorar, seguro forte minha mochila.
Não consigo correr por muitas quadras antes de cair no chão e ralar ambos os joelhos, começo a soluçar mas me levanto.
Fico na ponta do pé para alcançar a campainha, não demora muito para alguém abrir o portão, reconheço minha tia que estava usando un terno como sempre e estava segurando um guarda chuva.
- Oi pequena.- ela me pega no colo sem dificuldades nenhuma e fecha o portão de novo.- minha menina corajosa. - enquanto ela entra em casa ela faz carinho nas minhas costas - que tal tomarmos um banho bem quentinho na banheira hein?
- Titia.- falo e logo em seguida espirro.
Assim que entramos na casa meu tio vem até nós.
- você está toda encharcada.- ele toca na minha cabeça.
- eu vou levar ela pra tomar um banho quente.- minha tia responde.
Meu tio concorda e minha tia sobe comigo as escadas, o banho demora um pouco pois ela lava meu cabelo.
- você sabia que eu sempre quis ter uma filha?- minha tia fala comigo enquanto pentea meu cabelo.
- você não quer o primo?- eu pergunto.- meu pai não me quer.
- não é isso Yuna, eu amo o seu primo e eu acho que o destino me trouxe a filha que eu queria.- ela me abraça e beija minha bochecha.- agora vamos descer seu tio vai passar remédio no seu machucado pra sarar.- ela levanta da cama e estende a mão pra mim.
Levanto e pego a mão dela.
Assim que chego na sala me sento no sofá, conheço bem a casa dos meus tios por todas as vezes que estive ali quase em situações idênticas a essa.
Meu tio começa a tratar meus machucados e eu puxo a perna sem querer.
- desculpa pequena, vai sarar rápido tá bom? Eu prometo filha.- ele diz e continua a passar o remédio.
Eu sorrio quando ele me chama de filha.
Ele coloca os curativos e diz - pronto novinha em folha, seu primo está no quarto por que você não vai até lá e pede ajuda com o dever de casa?
Faço que sim com a cabeça e abraço meu tio, antes de subir as escadas.
Bato na porta que era a do meu primo - Jiyong, sou eu.
Ele abre a porta e sorri pra mim - Oi irmãzinha.
- Oi, eu posso entrar?
- claro que pode.- ele deixa eu passar.
- e esse caderno?- ele pergunta em seguida.
- me ajuda com matemática?
- é claro que ajudo.
Passamos a próxima meia hora com ele me ensinando as contas, que eram estranhas demais..

Laços RompidosOnde histórias criam vida. Descubra agora