Onde Estou ?!

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22 de setembro de 2021. 23:45 p.m.

Sobre uma cama branca de lençóis rosas, encontrava-se uma garota de onze anos, cujo cabelo castanho liso situava-se bagunçado sob sua cabeça, onde a mesma estava acomodada confortavelmente em seu travesseiro rosado. Em uma de suas mãos, a garota, de nome Sophia, segurava um celular cuja tela estava ainda acesa, revelando sua última conversa que teve com seu querido amigo, seu precioso vulgo John.

Vagarosamente, Sophia começa a levantar as pálpebras dos seus lindos olhos castanhos, assim acordando do seu sono profundo. A mesma passa a mão por sobre os seus olhos, com o fim de assim despertar completamente.

"Hmm... Parece que eu acabei adormecendo." pensou consigo mesma e, posteriormente, olhou para a tela do seu celular que retinha fracamente em uma das mãos. "O John está desde às 17:30 sem me responder. Ele não sabe que não se deve deixar uma mulher esperando ?"

Em seguida, Sophia olha para o horário em seu celular, onde constava ser 23:45.

"Espera... Eu peguei no sono e acabei dormindo até as 23:45 ?!" pensou Sophia, surpresa por conta do tempo que passou adormecida. "Esquisito. Minha mãe no mínimo teria vindo no meu quarto, afinal, já até passou da hora de eu tomar o meu remédio."

Sophia então retirou o cobertor rosa sobre si, e após calçar o seu par de pantufas também rosas, deu-se conta do estado do ambiente à sua volta.

Seu quarto por si só já era um quarto mal iluminado, com uma pilha de exames médicos, bem como diversos comprimidos e frascos de remédios espalhados e abarrotados. Contudo, com seus olhos, a garota pôde perceber que nesse instante estava tudo bem pior. A pilha de exames estava lá, porém as folhas antes brancas, agora possuíam uma coloração amarelada, como se fossem papéis com já muitos anos. E seus comprimidos e frascos também estavam visíveis, entretanto os comprimidos haviam virado pó e os frascos não passavam de pequenos cacos de vidros envelhecidos. E o quarto antes mal iluminado, agora aproximava-se a quase uma penumbra.

"M—Mas... Esse não pode ser o meu quarto." pensou Sophia que ao afastar-se da sua cama, também deu-se conta do estado da mesma. A cama antes branca agora estava marcada por manchas de sujeira escura, e os lençóis rosas tinham vários rasgos espalhados sobre si.

"I—Isso não está certo!"

Nervosa e preocupada, Sophia caminha apressadamente até a porta do seu quarto, ainda portando o celular em uma de suas mãos. Ao abrir a porta cujo estado também se encontrava sujo e em degradação, Sophia depara-se com o corredor que conecta e leva ao quarto dos seus pais, ao banheiro e à sala. E o estado do corredor, não era nem um pouco diferente que o estado do seu quarto. Não havia um pingo de luz iluminando o corredor, apenas o breu permanecia.

"O—O que está acontecendo ?!" pensou Sophia, cujo medo já começava a dar indícios em seu rosto.

Sophia, com seu celular em mãos, ligou a lanterna do mesmo para clarear o caminho até a porta dos seus pais. E lentamente, começou a caminhar.

Tap Tap!

Os passos delicados de Sophia ressoavam levemente enquanto aproximava-se mais e mais da porta do quarto dos seus pais. Quando enfim havia alcançado a porta, Sophia bateu na porta com a mão livre.

Toc Toc!

— M—Mamãe, Papai ? — chamou a temerosa Sophia, aguardando por uma resposta que jamais vinha. Entretanto, após mais alguns minutos parada ante a porta do quarto, Sophia conseguiu escutar passos dentro do quarto, passos que aparentavam se aproximar da porta.

"E—Eles devem ter adormecido também. Será que eles não se deram conta do estado da—"

Antes que pudesse terminar de pensar, Sophia foi interrompida pelo abrir da porta do quarto, que revelava-a uma cena macabra.

O Que Acontece Depois...Onde histórias criam vida. Descubra agora