Memórias

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_Obscuros_

Enquanto caminhavam pelas ruas tortuosas e meio perdidos tanto com a noção do tempo quanto a noção de localização, o grupo tentava localizar um meio de se proteger das criaturas que agora sabiam exatamente de sua existência e agora poderia sentir seu cheiro a vários quilômetros de distância. Sophie se mantinha bem preocupada tanto quanto a segurança de todos quanto seu psicológico, todos ali haviam passado por algum trauma ou viram coisas que seus olhos não poderiam nem se quer acreditar.

O grupo continuou a caminhar tortuosamente até Joyce cair de joelho no meio de uma das ruas, ele colocava a mão nos ouvidos e gritando de dor, como se o mesmo estivesse ouvindo uma sirene muito alta que fazia seus ouvidos arderem e doerem demais. O grupo, então, entendeu que não poderiam ficar ali com Joyce daquele jeito se não o mesmo atrairá mais daqueles monstros para perto. Guarda, então, como último recurso, pegou Joyce nos ombros mesmo com ele gritando ardilosamente em seu ouvido e começou a carregar o mesmo. O grupo já estava extremamente apreensivo já que o garoto não parava de gritar por nenhum segundo.

Então, durante o trajeto que faziam, Joyce gritava cada vez mais alto até que de repente, sem ninguém entender, ele parou de gritar, tirando as mãos do ouvido e voltando completamente ao normal. Enquanto tentavam entender o que estava ocorrendo, uma luz ofuscante cegou todos até a aproximação de um rapaz, ele também parecia totalmente perdido.

- Hey...quem são vocês?

- Responda quem e você e porque está nos cegando, apague está lanterna. - Diria Guarda com certa voz grave.

O rapaz então desligou a câmera e apareceu em meio a névoa, era um rapaz na casa dos 40 anos, tinha o corpo magro e os cabelos bem pretos e lisos, não demorou muito para ele enfim se apresentar com Juan, ao ouvir aquele nome despertou uma lembrança escondida em Catarina, já que um dia ouviu alguém falar sobre um certo caso de 1997 envolvendo um rapaz chamado Evan com apenas duas testemunhas, seus amigos Juan e Melissa.

- Pera, você o Juan, aquele amigo do rapaz que sumiu em 97? - Todos olharam para Catarina, que ficou novamente quieta.

- Ah sim, eu e minha esposa estavamos investigando tanto o sumiço dele quanto o desaparecimento de adolescentes perto das ruínas, pera... vocês são os despareci...

Guarda o interrompeu quando ouviu um barulho vindo ao redor deles, revido aos gritos de Joyce e a laterna ofuscante e brilhosa de Juan, as criaturas tiveram sua atenção voltada para o grupo. Assim, liderando um caminho aleatório, Guarda e os outros incluindo Juan começaram a novamente caminhar entre a penumbra do Obscuros, o lugar parecia estranhamente mais iluminado do que antes. Enquanto caminhavam, todos pararam em frente a dois grandes portões com um letreiro enorme em cima "High School".

- Ah...a escola. - Sophie diria surpresa.

Antes de qualquer outra pessoa falar mais algumas coisas, um sussurro tenebroso na penumbra pode ser ouvido, e assim um Sussurrador se aproximou do grupo, mas ele não parecia um normal, sua pele amalgamada ainda era bem visível e acizentada, porém, em partes dela, ossos humanos podiam ser vistos. Já encurralados com a aproximação de mais criaturas, Guarda tomou a primeira iniciativa e empurrou o portão do colégio, todos cairam para dentro do pátio, já que estavam escorados, assim Guarda rapidamente fechou os portões e os lacrou com o trinco.

Após todos se recuperarem da breve queda, observaram ao redor e se assustaram com a visão, já que o colégio parecia não ter nenhum resquício da névoa, olhando por cima dos muros, parecia que uma fina camada protetora impedia a névoa de adentrar os terrenos da escola. Todos assustados com tal visão, porque embora não tivesse nenhum resquício , a escola parecia ainda mais podre e cheia de vinhas do que o reto da cidade. Sem muitas escolhas, o grupo foi andando pelo pátio, agora todos juntos para protegerem uns aos outros, até chegarem a entrada do prédio. Desta vez e Juan quem verifica a tranca e consegue abrir, rapdma e todos avançam para dentro do colégio e trancam a porta atrás de si.

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