Sixth capther

42 7 3
                                    

Sirius acordou mais cedo que o normal, se arrumou apressadamente pela primeira vez em anos, colocou uma roupa qualquer - seu qualquer ainda significava o mais bonito de onde quer que pisasse, mas com um pouco de humildade -, arrumou o cabelo da melhor forma que o tempo lhe permitiu, colocou um chapéu e apertou sua gravata.

Tinha esperanças que Sr. Lupin já estivesse esperando por Regulus, mas ele ainda não tinha chegado, então Sirius traçou um bilhete simples e pediu que uma das empregadas entregasse assim que ele chegasse, e pela primeira vez deixou uma ordem explícita e atroz para que ninguém além de Sr. Lupin avistasse a carta, Srta. Maryelen até se assustou com a forma que Sirius a alarmou.

Sr. Akello não estava disponível hoje, uma das empregadas avisou que sua esposa passara mal durante a noite e ele fora levá-la ao hospital destinado a pessoas de cor na cidade vizinha... Antes que pudesse sair de casa, Srta. Maryelen o avisou que havia um telefonema para ele, Sirius se estressou:

— Um minuto, Srta. Maryelen — murmurou Sirius, sempre extremamente educado, fez uma pausa para respirar fundo e pegou o telefone. — Alô, bom dia.

— Como vai, coração? — perguntou uma voz animada e masculina, Sirius franziu o cenho.

— Albert? — perguntou, confuso.

— Pra você pode ser amor — brincou o homem do outro lado da linha. Sirius riu. — Pois então, coração, resolve uma coisa pra mim!

— Pode falar, princesinha — disse Sirius rindo levemente.

— Vasculhe sua memória, lembre de Helena Schiffer, a garota que você me conseguiu há três anos...

— Sim, querido, sei quem é — disse Sirius, então se apoiou na parede esperando o que Albert queria.

— Preciso de outra, mas agora o projeto é maior, preciso que seja negra, quero revolucionar a moda, Sirius Black, precisa ser forte e corajosa, não quero nenhuma fracote, preciso treinar o quanto antes e já lançar para a próxima temporada!

Sirius arregalou os olhos, bingo!

— Ok, não se preocupe, levo para Londres logo amanhã — disse Sirius, tentando esconder a própria animação, sequer podia acreditar que isso estava acontecendo.

— Eu te amo, coração — disse Albert, Sirius gargalhou.

— Também te amo, princesinha.

Sirius desligou o telefone e sem enrolações começou a sair de casa, não olhou para trás, não avisou ninguém, o carro já estava esperando-o, o caminho até a casa de Minerva McGonagall foi completamente tranquilo, as ruas estavam pacíficas e as pessoas estavam andando calmamente para os lados, demorara pouco tempo e a velha senhora já estava esperando por Sirius na cadeira de balanço.

Sirius cumprimentou a mais velha com um abraço apertado:

— Você está divina, Srta. McGonagall — brincou Sirius, fazendo Minerva rir.

— Você também está divino, Sr. Black.

Logo começaram a conversar sobre o restaurante, falando sobre os últimos artistas que tocaram por lá, falaram sobre as viagens de Sirius, falaram sobre o casamento de Lily e James, sobre Regulus, Sirius conseguiu até que Minerva falasse sobre seu marido - um militar que já descansava no céu.

Minerva passou uma café para eles, mas Sirius detestava café, jogou-o em um vaso de plantas e fingiu que estava uma delícia:

— Acho que você colocou pouco açúcar, tia Minnie — disse Sirius, balançando a cabeça, fingindo bebericar o café.

The Melody Of The HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora