Estou disposto a morrer...

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Dean saiu as pressas do hospital. O lugar para onde iria agora tinha nome e endereço. Seu nome. Oliver Price. Era um médium dos anos 50. Ele se apresentava por toda parte. Tinha poderes de verdade. Os homens de letras haviam lhe ensinando a controlar seus poderes antes de serem brutalmente assassinados.
O local era fechado e haviam placas do tipo não interrompa ou não entre. O loiro ignorou todas elas. Chegou a casa e bateu na porta.
— Senhor Price? — ninguém atendeu então insistiu — Senhor Price? Oliver Price? — gritou por último e a porta foi aberta por um senhor.

— Olá eu sou Dean...

— Winchester. Homem de letras. —completou Oliver.
— Como sabe...

— Eu leio mentes lembra? — interrompeu novamente. Dean então entrou no cômodo da casa mesmo sem ser convidado. Por um momento observou algumas fotos antigas antes de falar.

— Preciso da sua ajuda para falar com alguém.

— Eu não sou médium á anos. E se eu disser não?

— Lê mentes não lê? - falou Dean com olhar perverso. O senhor Price então sentou se em uma mesa com Dean. No Centro da mesa haviam velas. Uma estrela. Vários símbolos.

— Tem algo do falecido? -perguntou o senhor. Dean tirou de sua jaqueta um boné que pertencia a Bob e entregou. — Bom agora dê me sua mão. —Falou o senhor Price. E de mãos dadas ele começou a citar algo em latim.
Amate spiritus obscuro, te quaerimus.
Te oramus, nobiscum colloquere, apud nos circita.
As luzes piscavam sem parar.

Sam estava em um parque lindo. Haviam flores e árvores. Um jardim aos seus pés. Se sentia tão bem ao local. Bob havia lhe dito que há um portal. Esse portal o levará para o seu céu. E estava decidido a partir. O lugar cheirava a rosas. Um verdadeiro paraíso. Caminhou entre o jardim e avistou uma luz. Não sabia se dizer ao certo se era aquele o portal. A luz era azul. Jurava ter visto uma asa. Mas a forte luz e um forte e estridente som o impedia de concentrar. É a hora falou para si mesmo. E seguiu até a luz que o levou a uma jornada que não planeja mais voltar.

— Bobby?

— Dean?  —Bob estava novamente no seu céu. Lia algumas revistas e uma música tocava no rádio. Quando o rádio após algumas estáticas soou familiar.

— Bobby preciso de sua ajuda. É o Sam Bobby. Ele está em coma. Ele pode morrer. —
Bob ficou aflito por um momento. Então Dean ainda não sabe. Queria tanto aproveitar e conversar com Dean. Como sentia falta do garoto. Mas tinha que contar a verdade e temia do resultado disso tudo.

- Dean... o... Sam. Ele. Ele deve estar no céu agora Dean. Ele me encontrou e estava decidido a partir. Eu não pode fazer nada. Sinto muito.

- Bobby. O Sam... você... Não. - Dean inconformado se retirou do local. Na esperança de tudo ser mentira ele voltou ao hospital. E o que mais temia era então verdade. O quarto estava vazio. Não havia nada mais lá. Sam estava morto.
As lágrimas escorregam de seus olhos. Se sentia culpado por tudo. Ele tentou matar seu irmão e de fato ele estava morto. Levantou a manga de sua camisa. E a marca havia sumido. Então era isso que ela queria. Que eu matasse ele. Pensou.
Dean se acomodou em um motel. No quarto. Estava de pé. De costas para porta. Encarando a parede fria e vazia como seu coração. Se sentia um monstro. Lembrava de Sam sorrindo e de como ele ficava bravo com as piadas sem graças. De como o irmão tinha medo de palhaços. Do modo dele ver sempre uma luz ou uma saída em tudo. Lembrava daquele Sam pequeno perguntando todas noite do por que de se mudarem tanto. Ou de seu pai não parar em casa. Daqueles cabelos castanhos atrás da orelha. Oh não Sam. Pensava nas vezes que abriu mão de algo para estarem juntos. Quem iria reclamar do rock do impala? Das comidas gordurosas? Das mulheres de motel?. Isso não vai ficar assim.
Dean estava tão abalado que deixou de notar muitas coisas que estavam ao seu redor. Um quarto pequeno. Uma cama. Um armário. Um banheiro. Uma porta. A porta estava aberta. E no meio dela la estava ele. Quem ele não esperava. O homem observava Dean. Se sentia culpado pelo sofrimento do loiro. Mas se sentia satisfeito ao mesmo tempo.
Dean ainda tentava digerir o que aconteceu. Então estava decidido a tirar Sam de la. Ou morrer. Ele se virou e viu o homem parado na porta. Lá estava quem menos ele esperava.

Esse capítulo teve algumas partes que foi baseado no ep 17 da 10 temporada. Eu tive que ver ele várias vezes e chorei em rever o Bob. Que saudades desse cara. :/

Eu dedico esse Cap a (Lyuany Macremoon).

Por Amor (wincest)Onde histórias criam vida. Descubra agora