Merry Christmas

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Feliz Natal gente. (Eu não ganhei presentes.) Mas estou feliz. Acho que não devemos perder o significado verdadeiro do Natal. União. Estamos unidos. Isso que importa.

Quando Sam acordou. Seu corpo doía ainda. Bem menos que as noites anteriores. Ele conseguiu se levantar e fazer suas necessidades. Mas logo notou que Dean não estava lá. O hotel estava vazio.

Era 25 de Dezembro.

De todas as datas essa era a que ele menos gostava. O Natal é reconhecido como a noite da família reunida. Mas desde pequeno seu Natal era esperar em vão pelo seu pai. Dean sempre dizia " O papai ta vindo... Ele deve estar ocupado... " mas Sam sempre se convenceu de que ele nunca vinha. Pela sacada do hotel, podia ver casas decoradas, enfeites e luzes espalhados. E aquelas canções natalinas que se tornam maçante com o tempo. A neve caia. Sim estava nevando. Os floquinhos deixavam a cidade branca, os carros tinham dificuldade de trafegar e estava muito frio. O que animou o Winchester, foi a possibilidade de ter um novo caso na área. Pegou seu notebook e metido em notícias locais, passava seus olhos incansavelmente pela tela. Tem que ter uma notícia. Ao menos uma. E nada. Não conseguia se convencer de que em todos os lugares as pessoas estavam reunidas com suas famílias e trocando presentes e se deliciando em uma ceia.

" Cadê você Dean". Já eram duas horas da tarde. Sam não podia sair por quê 1 Não tinha carro, mas ele podia até ir pegar um carro... Porém 2 a neve estava muito forte o que leva ao 3, ele não estava 100% ainda. As dores poderiam voltar.
Então se o Natal já não era agradável, hoje muito menos. Porque pela primeira vez estava sozinho. Havia tentado ligar pra Dean várias vezes e nada. E isso já o preocupava. Estava pronto para correr em baixo das tempestades pelo irmão. "Irmão". Que ironia. Até então eles só estavam discutindo. O Sam sentia por Dean ja vem desde a adolescência. Sempre o admirou. Mas nunca gostou de ser seu protegido. Por isso quis se afastar. Por um momento achou melhor ter Dean longe do que perto e ser apenas como um bebê que não pode ficar só. Esperava que Dean notasse que ele cresceu. Que era um homem. E sobre seu coração? Ele ainda nem acredita que Dean também sentia o mesmo. Ainda tenta se convencer que aquela noite foi real. E logo começou a imaginar o que faria se Dean estivesse ali agora. Só queria sentir aquele cheiro. Impressionante como Dean carrega o cheiro do impala na sua camiseta. E aqueles olhos vividos que parecia notar tudo que ele está sentindo mas sempre com o toque de ironia. O jeito dele ser. Então seu Natal talvez não tenha sido tão ruim. Afinal Dean sempre esteve com ele. Era Dean que estava no seu primeiro dia de aula. Dean sempre foi... O amor da sua vida.

Quatro horas da tarde. O céu já estava escuro. A noite de inverno sempre chega mais cedo. O céu carregado e cinzento com apenas focos de neve no asfalto que já tinha desparaceido. Sam ainda não sabia como agir. Nós últimos dias, Dean apenas lhe veio trazer remédios. Apenas falava "Boa noite" e "está melhor?". Queria olhar nos olhos mais uma vez e dizer... não... demonstrar o sente. Mas isso é errado. Não... errado é não amar.

Seis horas e ja era noite. Sam tomou um banho quente e demorado. Deitou na cama triste. "Deve estar com alguma vadia. " E começou a imaginar Dean e alguma mulher bonita no hotel. Eles se divertindo e ela chamando seu nome. Gemendo seu nome. - Sam jogou a almofada na parede.

Oito horas.

Nove horas.

Dez horas.

" Dean cadê você"

Então era isso. O pior Natal de sua vida acaba de se concretizar.

25 de Dezembro.

Onze horas.

Sam se jogou na cama. Coração apertado. Olhos marejados. Lábios prensados nos dentes. Ódio nos olhos castanhos que estavam tão escuros como a escuridão da noite natalina. Encarava o teto como se ele fosse desabar na sua cabeça e acabar com aquilo.

Um ruído...

Não um. Mas vários. Sons de coisas se quebrando na cozinha. Pratos, copos.

Dean?

A voz embargada do loiro cantando " noite feliz " e os sons da bagunça disseram só uma coisa a Sam.

"São quase meia noite e ele chega em casa bêbado."

Sam sentia irritado. O som da cozinha se silenciou e Dean também. Então vagarosamente Sam se levantou. Tinhas os punhos cerrados. Estava disposto a jogar todo seu ódio no irmão. Mas a sala estava escura e vazia assim como a cozinha.

Sam caminhou lentamente chamando "Dean". Mas sua voz saiu fria. Esqueceu sua arma na cômoda. Estava vulnerável. Seus passos bem lentos era o único som da casa.

"FELIZ NATAL SAM"

Sam quase caiu no chão de susto. As luzes se acenderam. Tinha um pequenino pinheiro iluminado com luzes e no local da estrela um mini impala. Quando olhou para trás. Lá estava Dean. Bem arrumado. Sóbrio. E feliz sorrindo. Ao lado de Dean, Charlie e Castiel.

A mesa enfeitada com tudo que Dean gosta. Frango, pernil, pães, vinho. A música natalina cantada por Dean.
Pela primeira vez na vida, um Natal se tornou inesquecível para os Winchesters.

Meia noite.

Uma hora.

Duas horas.

Charlie não parou de dizer que tinha um evento nerd as cinco horas. Mas antes de ir embora ela disse.

" Vocês merecem ficar juntos"

Castiel simplesmente sumiu.

Três horas.

- Obrigado Dean. - Sam falou quando arrumava a cozinha. Mas quase derrubou os pratos quando sentiu um sussurro em seu ouvido.

" Vem comigo?"

Era impressionante o efeito que Dean tinha. Por que Dean logo beijou os lábios de Sam. O beijo se estendeu até o quarto. Quando pela falta de ar os Winchesters retiraram as camisas. Sam logo se pôs por cima Dean que rebolava na sua próstata. Seu membro agora ereto, Sam sabia que agora não era um sonho. Que era real. Que podia sentir o gosto de Dean no seu corpo. Era como se fosse a primeira vez.

Continua...

Por Amor (wincest)Onde histórias criam vida. Descubra agora