RECADOS: Oi, gente!
Eu sei que normalmente dou os recados depois do conto, mas eu queria que vocês lessem isso aqui antes de continuar.
O conto não é inspirado na música da Taylor, mas sim, no que a música me fez sentir ao ouvi-la, entendem? Eu apenas coloquei no repeat e fui escrevendo o que ela me fazia imaginar enquanto fechava meus olhos. Então, por favor, cuidado.
Pode ser delicado, não é nada correto, eu assumo, mas a gente também tem que ser capaz de escrever coisas 'pesadas'. A inspiração não sabe o que é certo ou não. Então, se você se sentir desconfortável, pare de ler imediatamente, ok?
Dito tudo isso, aproveitem esse pedaço perturbador que escrevi para o Sainz - perdão, Carlos - E, sim, leiam com a música, faz muita diferença!
Não digam que eu não avisei.
{♥}
Eu fiquei de joelhos naquele momento e implorei para que ele ficasse.
A voz que saia da minha garganta era a representação da minha alma. Eu não podia perde-lo. Não ia sobreviver.
Carlos era o amor da minha vida. Depois de brincar com tantos corações, de me postar em cima de cada um deles e amassa-los sem qualquer tipo de remorso, eu estava na beira do penhasco. Ele podia fazer comigo exatamente o que eu tinha feito a minha vida inteira até conhece-lo. Era como se o destino estivesse brincando comigo e me dizendo que o 'karma' havia chegado.
Eu nunca tinha sido uma pessoa religiosa, mas não consegui evitar de olhar para o céu, na busca de algo - seja lá o que fosse - e implorar para que ele ficasse, para que me salvasse da desgraça iminente. Eu faria qualquer coisa por aquele espanhol de olhos castanhos e pele dourada. Ele era inebriante, a sua presença carregava algum tipo de droga que me viciava, entrava pelas minhas veias e penetrava.
Sainz me fazia perder a cabeça, os sentidos e a razão. As pessoas, muitas vezes, diziam que eu tinha ido longe demais. Mas como não ir por um amor voraz, sexy, feroz? A cada toque de Carlos em meu corpo era como se eu conhecesse o paraíso. A voz sussurrada que ele usava para fazer juras eternas - que antes não me convenciam, nem faziam diferença - era a nota mais bonita que meus ouvidos gostavam de ouvir. Não havia sinfonia de Beethoven que chegasse aos pés daquele timbre. Sóbrio. Firme.
Fazer loucuras de amor era algo que no meu dicionário se encaixava na definição de brega, antes de ter aquele homem só para mim. Nada me deixava mais excitada do que ouvi-lo abrir a porta, vê-lo sorrir, passar as mãos nos cabelos e pular em seu colo e ser preenchida com uma paixão ardente.
Eu o amava com cada célula do meu corpo. Cada veia que levava sangue ao meu coração, o bombeava e me mantinha viva. Que se foda toda e qualquer definição do que é o amor. Para mim, sempre foi e sempre será Carlos Sainz Jr. Como uma boa santa ao rezar para o seu Deus - e ele era o meu - ajoelhei e olhei diretamente em seus olhos. Eu fazia aquilo com uma certa frequência, mas não para implorar que ficasse. As lágrimas de adoração escorriam pelo meu rosto.
Seu peito descia e subia numa irregularidade inquietante. Assim como suas pupilas se moviam freneticamente pela cena à sua frente. Pedaços de vidro, dos copos quebrados, estavam espalhados pelo chão da sala. A cozinha completamente revirada. O chão do quarto era como um mar de roupas arrancadas do guarda-roupa. As margaridas que enfeitavam a mesa do jantar estavam despedaças, espalhadas por todo o tapete.
Era doentio, mas não conseguia tirar da mente a sua mão segurando meu rosto de forma impassível, enquanto ele falava sem alterar um décimo da voz que estava cansado e que iria embora. Eu poderia passar por qualquer coisa, superar a morte de alguém, ser agredida fisicamente, mas ficar sem ele era algo que não iria suportar. Não sentia muito pelos vizinhos abaixo da nossa cobertura que tinham que lidar com nosso barulho, de felicidade ou nas incontáveis brigas. Aquela era mais uma delas.