2. Ação e reação

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Por alguns segundos, não há nada além de um zumbido alto e agudo. A sensação de caos e desorientação toma conta de tudo. O som ainda ressoa em seus ouvidos, abafando outros ao redor, enquanto uma nuvem de poeira e fumaça obscurece a visão do grupo. O cheiro acre de queimado impregna o ar, misturado com o aroma metálico de sangue, invadindo suas narinas, e então tudo acontece rapidamente.

Anos de treinamento entram em ação, e as irmãs guerreiras assumem imediatamente uma postura defensiva, movendo-se rapidamente para avaliar a situação. Sem dizer uma palavra, Camila e Dora correm para auxiliar Jillian, que está caída no chão, enquanto Beatrice e Madre Superiora se apressam em direção a Ava, que milagrosamente parece intocada, completamente alheia ao caos ao seu redor.

Tentando fornecer alguma forma de proteção em meio à desordem que se segue, ambas colocam a Freira Guerreira atrás de móveis derrubados e paredes parcialmente destruídas, enquanto Dora e Camila fazem o mesmo com a cientista.

Apesar do impacto e da destruição, todas conseguem escapar sem ferimentos graves. Dora tem um corte superficial no rosto, Beatrice e Camila alguns cortes e contusões leves, e Madre Superiora, coberta de poeira, parece ilesa. A enfermaria, por outro lado, está parcialmente destruída. Detritos e escombros estão espalhados por toda parte. As paredes estão rachadas e o teto parcialmente desabado. A iluminação é fraca, com fios elétricos expostos e luzes piscando, lançando sombras sombrias nas paredes danificadas, mas a estrutura geral ainda parece robusta.

"ESTAMOS SENDO ATACADAS! PRECISAMOS NOS MEXER!" grita Camila, sua voz ecoando por todo o lugar.

"Deve ser sobre isso que Ava estava tentando nos alertar!" responde Beatrice, também gritando, sua audição ainda prejudicada pela explosão. "Não importa o que aconteça, não precisamos protegê-la!"

"Jillian! Leve a Ava para longe daqui o mais rápido possível! Meninas, é hora de dar um jeito neles!" Madre Superiora comanda, sua voz firme e decisiva no meio do caos que as cerca.

A médica, ainda confusa com a explosão, assente e rapidamente puxa a Freira Guerreira para perto, enquanto as irmãs guerreiras se levantam rapidamente, se preparando para a batalha iminente.

Olhando para trás uma última vez, com uma expressão determinada em seu rosto e confiante de que Ava estará segura por enquanto, Beatrice e as outras deixam a enfermaria apenas para descobrir que o caos se espalhou pelos corredores.

O grupo troca um breve olhar de advertência. Elas precisam agir com cautela. Enquanto caminham, percebem que a explosão deixou sua marca em todo o convento. Uma densa nuvem de poeira e fumaça, misturada com raios de sol penetrando através das janelas quebradas, ilumina o caminho entre destroços e entulho. Cada passo ecoa alto, e a cada rangido de madeira queimada, o estalo de estruturas instáveis e o som de vidro quebrando, a tensão no ar aumenta, alimentando a sensação de perigo iminente.

Beatrice experimenta uma mistura de emoções ao avançar. Seu coração bate rapidamente no peito, sua respiração rápida e irregular. Ela não sente medo, seus instintos a mantêm alerta, atenta a qualquer movimento suspeito ou som fora do lugar. Mas seus pensamentos estão constantemente voltados para a mulher que deixou para trás. Ela precisa proteger Ava.

À medida que o grupo se aproxima da origem das explosões, a tensão aumenta. As paredes estão rachadas, os corredores estreitos e fragmentados, e agora elas podem ouvir claramente gemidos e gritos de dor. Conforme avançam, deparam-se com freiras desorientadas e feridas, algumas gravemente machucadas, outras claramente mortas. As menos feridas ajudam aquelas que estão mais incapacitadas, enquanto um grupo maior parece enfrentar algo que o grupo de mulheres ainda não consegue identificar.

Sombras do destino: Parte I (A Warrior Nun Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora