13. De volta para onde tudo começou

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Ava olha fixamente para o sofá, que aos seus olhos não parece nada confortável, franzindo a testa enquanto Beatrice, para sua frustração, o prepara para ela dormir, como vem fazendo todas as noites desde que se mudaram para o apartamento há três dias.

"Até quando você pretende dormir aí?" ela pergunta, com um tom de frustração em sua voz, sentando-se na cama.

"Estou perfeitamente bem onde estou", responde Beatrice, calma, sem perceber as frustrações de Ava, que, nada convencida, se movimenta inquieta. "Você ficaria 'perfeitamente bem' até dormindo no chão, Bea. Por que não vem para a cama? Tem espaço suficiente para nós duas, sabia."

Beatrice desvia o olhar para encará-la, mantendo uma expressão séria no rosto, antes de responder firmemente. "Do sofá, eu tenho melhor acesso à porta e à janela. Se fôssemos atacadas, eu poderia reagir mais rápido. Além disso, não seria..."

"O quê?"

"Apropriado", Beatrice conclui, tentando encerrar a discussão.

"Por quê?" Ava pergunta, levantando-se da cama claramente agitada.

Beatrice suspira profundamente antes de continuar, se aproximando dela. "Porque, Ava. Você precisa descansar bem para seu treinamento, e dormir com alguém ao seu lado só atrapalharia..."

"O quê? Bea, por favor. Não consigo dormir direito vendo você passar todas as noites nesse sofá duro!" ela responde, claramente magoada.

"Eu já disse que estou bem dormindo aqui", repete ela, com expressão cansada.

"Você está desconfortável com a ideia de dividir a cama comigo? Eu sei que eu me mexo muito, mas eu posso..."

"Não é isso", Beatrice interrompe. "É melhor assim."

"Então, o que é? Você não confia em mim?" Ava insiste, se sentindo rejeitada e insegura.

Beatrice, percebendo o desconforto de Ava, solta um suspiro profundo, sua expressão suavizando antes de responder sinceramente. "Claro que confio em você", ela diz, travando olhares com ela. "Confio plenamente."

"Então está decidido", Ava diz, abrindo um sorriso. "A partir de hoje, você vai dormir na cama comigo!" Ela diz animada, pegando o travesseiro que Beatrice havia colocado no sofá. "Ah, você tem um lado preferido?" ela pergunta, ainda segurando o travesseiro.

"O lado esquerdo é mais perto da janela", responde Beatrice, resignada.

"O lado esquerdo será!" ela responde, colocando o travesseiro em posição, parecendo extremamente satisfeita consigo mesma. "Vamos lá, venha. Vamos dormir!" ela convida, sorrindo para Beatrice enquanto caminha lentamente em direção à cama, hesitando apenas por um breve momento antes de deitar. O gesto marca o início da transformação do significado do pequeno apartamento, que gradualmente se torna um refúgio de cumplicidade e segurança.

***

O grupo de freiras mantém a tensão enquanto a van corta a paisagem. O sol brilha no céu, refletindo no rio Tibre que serpenteia perto da estrada. Lilith quebra o silêncio, perguntando com seriedade quanto tempo falta.

"Estamos a apenas dez minutos. Vamos parar a cerca de uma hora de distância da Cidade do Vaticano," explica Yasmine. "E a partir daí, você usará sua habilidade de teletransporte para levar Beatrice, Camila e Mary para dentro da cidade. Quando pararmos, revisaremos o plano", diz ela.

Lilith assente, mantendo uma expressão séria.

Enquanto isso, Beatrice direciona sua atenção para Mary, preocupada. "Você falou com Vincent ontem?"

Sombras do destino: Parte I (A Warrior Nun Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora