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Ainda sinto incomodo quando ando e dói um pouco quando eu sento. Aquele homem não estava brincando quando disse que iria me comer duro, mas convenhamos que sexo gostoso, sempre pensei que minha primeira vez fosse um lixo mas depois de ontem, depois de ter gozado quatro vezes não sinto nenhum arrependimento. Cumpri o desafio e sai ganhando afinal de contas, queria ter visto a reação deles. Sorrio me arrumando para a aula.
Ter ganhado a bolsa de estudos foi a maior sorte que tive, uma das melhores faculdades estava aqui em Costa Rica. Lugar lindo e tranquilo para morar, sou brasileira, mulher arretada de Pernambuco, infelizmente com um nome que é confundido por todos. Charlie, poucos sabem mas esse nome serve para os dois gêneros e acabam achando que sou homem, culpa de meu pai que brigou com a minha mãe e de raiva me registrou com o nome do seu cantor favorito, Charlie Brown Jr. Enfim, foi difícil nos primeiros dias me enturmar na turma, só por ser bolsista acabava sendo vítima de bullying como não posso revidar para não perde a vaga preciso aturar. Saio de casa andando até a faculdade, não era tão perto mas dava para ir a pé às vezes, menos de noite.
Entro na faculdade indo direto para a sala me sentando ao lado da janela, amo essa vista cheia de árvores ao redor mamãe disse para visitar a praia, deve ser linda. Professor Rick entra sala pedindo para a turma abrir na página quarenta.
- Charlie? - Esthefane cutuca minhas costas. - Conseguiu dormi com aquele cara? - Sua pergunta sai com pequenas risadas no fundo, me viro encarando seus olhos verdes.

- Consegui. - Lucas cutuca o amigo o encarando.

- Pare de mentir, certeza que ele te expulsou da boate. - Me revolto com sua tentativa inútil de me chamar de mentirosa.

- Eu cumpri o desafio, e fiz aquele homem subir pelas paredes. - Esthefane gargalha.

- Só se for de medo. - Os três riem alto chamando atenção do professor.

- Os quatro do fundo. - Aponta para nós com raiva. - Prestem atenção esse conteúdo cairá na prova. - Endireito na cadeira prestando atenção na matéria ignorando os cochichos e risadas do fundo. As aulas passam levando consigo meu cansaço, no refeitório falei com minha mãe por mensagem ainda não contei para ela que perdi minha virgindade tenho certeza que quando eu contar ela cairá para trás e fazer um escândalo, pelo menos usamos camisinha. O sinal toca me fazendo levantar e Guarda meus materiais.

- Não esqueçam! Amanhã teremos uma visita técnica na igreja central da cidade. Quero todos aqui, se atrasar vai ficar para trás. - Professora Rita exclama para todos ouvirem do lado de fora da sala. Meu celular toca olho para sua tela vendo um número desconhecido.

- Alô? - Ouço uma respiração pesada do outro lado. - alô!? - Um barulho alto é ouvido junto com um gemido de dor, desligo saindo da faculdade e indo para minha casa. Devem ter ligado errado ou pode ser cobrança, até na Costa Rica eu sou cobrada. Entro em casa jogando minha mochila no sofá, tiro minha calça indo para a cozinha precisava comer algo antes de dormi um pouco.
Faço uma macarronada e como deixando uma boa porção para a janta, vou para o quarto me deitando. - Só vou dormi um pouco e arrumar a mochila para o passeio de amanhã. - Fecho os olhos caindo no sono.
...
Acordo assustada olhando para a janela do meu quarto. Por um momento senti uma presença do meu lado, eu abri a janela antes de deitar? Vou até ela olhando ao redor a rua estava tranquila para uma noite fria, tranco a janela indo para a cozinha comer o resto da macarronada.

- Cadê? - Não tinha nada na panela e nenhum vestígio de prato na pia, será que sou sonâmbula? Eu lembro de ter deixado um pouco para a noite. Deveria estar bastante cansada e faminta quando cheguei da faculdade, realmente não consigo me lembrar de nada.
Vou para a sala arrumando meus matérias para amanhã, precisava saber tudo da arquitetura da igreja mais antiga da cidade será de grande importância levar meu bloco de notas, pego minha fita métrica guardando na mochila. - Melhor comprar meu lanche lá, está um pouco tarde para fazer. - Fecho a mochila o guardando em seu local de sempre. Com preguiça de fazer a janta vou para o quarto me deitando em seguida.

Acordo com o som do alarme, eram sete da manhã de uma terça. Lado ruim? Começo da semana, lado bom? Hoje era o passeio técnico que tanto esperei. Quero vê cada canto e saber de cada história daquela igreja, a arquitetura deve ser tão antiga que deve ter passagens secretas. Sorrio com o pensamento e levanto da cama indo para o banheiro, hoje eu sinto que o dia será perfeito.
Vestindo um vestido florido saio de casa rumo à faculdade encontrando vários alunos na porta.

- Por favor com educação entrem no ônibus. - Professora Rita comandava as turmas em ordem. Sou a primeira a entrar sentando no meio.

- O ônibus rebaixou um pouco vocês perceberam? - Lucas pergunta risonho fazendo os que entravam rir. Ignoro colocando meus fones. Sinceramente? Como eu queria enfiar a mão na cara desse idiota, se minha bolsa não estivesse em mãos... O ônibus começa a se mover olho fascinada para cada canto da cidade, realmente aqui era um paraíso. O ônibus para em frente á uma grande igreja com portas enormes, escadas amplas e grandes sinos.

- Desçam devagar - Desço olhando ao redor, é simplesmente lindo. Um senhor de idade vem até nós com um grande sorriso.

- Bem-vindos, sou Francisco o guia de vocês. - sorrio indo para mais perto da turma. - Vocês vão conhecer cada história dessa igreja, cada momento que ela passou de época em época. - Seu olhar passa de um a um. - Como vocês são muitos vamos separar em grupos. Cada grupo terá um guia, assim vocês poderão andar mais livremente pela igreja.- Senhor Francisco separa a turma em dois grupos e para o meu azar sou colocada no grupo dos idiotas. - Vamos conhecer o guia de cada um? - Em conjunto concordamos, entramos na igreja me fazendo ficar encantada. Não só a entrada era bonita como dentro era esplêndido. - Esses serão os responsáveis por vocês. - Seu Francisco aponta tirando minha atenção.

- Sejam bem-vindos à igreja Pequeño Milagre. - Congelo. Não era possível, que merda ele está fazendo aqui!? - Mi nombre é Hector Madroni, sou o pastor dessa igreja. - Pastor!?

- Hector eu dividi a turma em grupos para terem mais liberdade, deseja escolher? - Seu olhar para no meu que estava escondida no fundo, arregalo os olhos o fazendo sorrir.

- Fico com esse. - Aponta ainda sorrindo.

- Muito bem! Sigam-me grupo um. - metade da turma entra em uma das portas sumindo do nosso campo de visão.

- Sigam-me! - Sai andando nos fazendo o seguir.

Meu Pecado Onde histórias criam vida. Descubra agora