Crime Imperfeito.

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Ivana ainda se sentia um pouco tonta, olhava para aquele quarto de hospital com angústia querendo sair dali o mais rápido possível.

– Mamãe quero sair logo desse lugar, a Alice está sozinha lá em casa. – Diz pensando na filha.

– Fica tranquila querida, Abigail está lá com ela, além do mais ela está dormindo. – Isabel diz a tranquilizando.

– Sabe muito bem que não gosto de deixar minha filha sozinha com empregados… – Diz com preocupação na voz. 

Isabel pega de leve na mão dela que estava com agulhas por conta do soro em que ela tomava. 

– Além de tudo, odeio hospitais! Esse lugar me dá náuseas. – Fala ríspida com uma expressão de nojo olhando à sua volta. 

– Eu sei Ivana, mas não tivemos escolha, você está grávida e estava sangrando muito! Isso é preocupante, tivemos que te trazer pra cá urgentemente. – Isabel diz calma. – E esse hospital é um dos melhores não tem porque reclamar meu amor.

Ela suspirou encostando a cabeça sobre o travesseiro e colocando sua mão sobre sua barriga que ainda não tinha nenhum volume.

Batidas são depositadas na porta e sua mãe diz para entrar. 

Logo o médico aparece no quarto com alguns papéis em mãos. 

Ele sorri docemente para ela, que continua com uma expressão séria e de tédio, querendo que aquilo terminasse logo.

– Como se sente? – Pergunta ao se aproximar da cama.

– Bem, não tenho nenhuma dor. – Diz simples.

– Isso é ótimo. – Fala analisando os papéis. – Como já era de se esperar o bebê está bem e o sangramento foi causado por apenas estresses acumulados, obviamente você tem se estressado bastante nesses últimos dias não é mesmo? – O médico pergunta já sabendo da resposta. 

Ivana não diz nada pois estava sem paciência e se o respondesse seria com grosseria, então preferiu ficar calada. 

– Procure não se estressar muito moça, dependendo do estresse e ele lhe causar mais um sangramento igual a esse… pode ser fatal para o bebê. – O médico a alerta atento. – Você já está com um mês e duas semanas, e provavelmente será uma gestação saudável. – Diz gentilmente.

– Isso é maravilhoso, graças a Deus que está tudo bem, não é filha? – Isabel comenta sorrindo para Ivana que continuava séria.

– Quando vou poder sair daqui? – Ela pergunta ao médico não suportando mais aquele lugar.

– Amanhã de manhã, como teve um sangramento fora do comum, temos que te manter aqui durante o resto da noite para ficar em observação. – Ele explica e ela revira os olhos não acreditando naquilo. – Bom… vou deixá-la a sós. – Diz pronto para sair, mas se lembra de algo. – Antes de eu ir gostaria de deixar essas fotos da ultrassom em que fizemos. – Ele diz calmo estendendo as fotos para Ivana que desvia o olhar, olhando para o lado ignorando as fotos. 

Isabel sorri docemente para ele e pega as fotos o agradecendo em seguida. 

Ele apenas concorda e pede licença saindo do quarto.

– Ai que linda essas fotos filha… um serzinho tão pequeno que cresce dentro de você. Isso é tão único meu amor. – Isabel comenta vendo as três fotos da ultrassom em suas mãos que mostravam apenas um pontinho ali. – Veja. – Isabel aproxima as fotos dela e ela nega olhando para um ponto fixo ao seu lado. 

– Não estou com cabeça para isso agora mamãe. – Diz suspirando. 

– Ivana… – Isabel pronuncia seu nome decepcionada. 

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