Reconciliação.

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Ivana abria os olhos lentamente ainda se sentindo um pouco tonta. 

Olha em volta e vê que já estava em seu quarto, sente um cheiro forte de álcool em seu nariz e percebe que era Abigail que estava com um algodão com álcool sobre o nariz da mesma. 

Ela coloca uma das mãos sobre a cabeça a sentindo doer. 

– Graças a Deus você acordou filha! Que susto… – Seu pai diz aliviado se aproximando da cama.

Ela pisca algumas vezes, e olha para a empregada que continuava a aproximar o algodão sobre o seu nariz.

– Já chega Abigail, eu já estou me sentindo um pouco melhor. – Ela diz com uma voz fraca mas com seriedade olhando para a empregada.

Ivana se levanta devagar se sentando na cama. 

– É melhor chamar um médico Ivana. – Seu pai sugere tocando em seus cabelos.

– Não exagera pai… não precisa. – Diz friamente.

Ele sorri de lado enquanto a olhava.

– Me preocupei com você… me deu um susto querida. 

Ivana revira os olhos não gostando nada desse jeito dele tão "protetor" quando na verdade esteve ausente todos esses anos. 

– Não finja, "papai" – Ela diz o olhando de lado com deboche.

– Não é fingimento Ivana! Por Deus! Sei que cometi erros, mas não precisa me tratar assim filha… – Ele fala triste.

Ivana bufa revirando os olhos mais uma vez. Ela olha para a empregada que estava parada ouvindo tudo.

– O que está fazendo aqui ainda criada? – Pergunta sem paciência alguma. – Estou vendo que a vergonha na cara vocês já perderam a muito tempo, antes eram mais discretas para ouvir conversas alheias. – Diz irritada. – Onde está a Alice? – Pergunta ríspida.

– Está no berço dela senhora… 

– E quem está lá com ela? – Pergunta piscando os olhos lentamente com tédio em sua face.

– É… ninguém…

– MAS QUE DROGA! – Grita revoltada. – Quantas vezes eu já disse que não gosto que minha filha fique sozinha? – Pergunta enfurecida. E a empregada a olhava sem saber o que fazer. – ANDA LOGO! MEXA-SE! Vai lá olhá-la. Vocês são pagas para isso. – Diz séria travando o maxilar com raiva. 

A empregada assente pedindo licença e logo saindo dali. 

Seu pai suspira negando, não gostando nada do que acabou de presenciar.

– Ivana? O que foi isso? Para que maltratar as suas empregadas assim? Quando tudo que elas fazem sempre é te servir. – Seu pai diz calmo. 

Ivana o olha com desprezo e deboche.

– Elas são minhas criadas! Escravas! E eu as trato como eu quiser. – Fala de uma maneira superior.

Ele nega novamente.

– Não foi assim que te eduquei filha… 

– Não mesmo, esse meu jeito eu aprendi sozinha, quando me vi completamente só sem compreensão e a atenção de ninguém. Fui criando muito ódio e raiva dentro de mim, e se transformaram nisso… – Fala sendo sincera. – Muitas coisas aconteceram na minha vida "pai" e você nem tem ideia. – Diz um pouco baixo. 

Seu pai suspira e se senta ao seu lado. 

– Eu sei de tudo querida… sei até dos assassinatos que você já cometeu. – Ele afirma com calma pegando na mão dela.

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