Desejos sombrios.

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Valentina abre os olhos lentamente e se depara com um lugar bem aterrorizante e muito frio. Era um lugar abandonado um pouco escuro somente com uma luz fraca no teto. 

Ela olha em volta e não vê ninguém, se sente fraca e um pouco tonta, tenta se mexer mas não era possível pois seus braços estavam amarrados a um poste de madeira que se encontrava no local. 

Ela tenta mexer as pernas mas as mesmas também estavam amarradas, estava fazendo muito frio e sentia seus braços gelados, não demorou muito e ela começa a tremer de frio se sentindo mais agoniada do que o normal. 

— Meu Deus... que lugar é esse e o que eu faço aqui? — Pergunta pra si mesma confusa. 

Não se lembrava de nada, apenas de ter entrado no carro junto com a Ivana. 

— Ivana? Aí meu Deus aonde ela está? Será que fomos sequestradas? Será que ela está bem? — Eram tantas perguntas sem respostas e isso a deixava mais agoniada ainda. 

Se acontecesse algo com sua prima ela não iria se perdoar nunca. 

Ouve passos devagar vindo em sua direção e seu coração acelera, eram salto alto que faziam barulhos no chão de madeira o que a deduziu ser passos de uma mulher. 

Ela olha em direção dos passos levando seu olhar para baixo não querendo olhar diretamente pro rosto da pessoa que se aproxima. 

Vê aquelas botas preta de couro de salto alto se aproximando lentamente, e a reconhece. 

Ela ergue o olhar pra pessoa já parada em sua frente, e se deparada com Ivana a olhando séria. 

Ela estava com uma meia calça preta, um vestido preto justo que realçava sua barriga de nove meses, e um casaco roxo bem elegante. 

Estava muito bem vestida para quem tinha sido sequestrada e sua maquiagem estava intacta, e além do mas essa não era a roupa que ela estava enquanto dirigia. 

Os pensamentos de Valentina estavam a mil, tudo aquilo era muito estranho. 

— Ivana... que bom que esta bem... o que estamos fazendo nesse lugar tão sombrio? Eu estou morrendo de frio, e me sinto tonta, não lembro de nada. — Valentina fala fraca.

Ivana a olha com ar de superioridade. 

— Oi maninha, o que achou do lugar? Sabe eu demorei para achá-lo, até porque não poderia ser um lugar tão próximo da sua fazenda. — Ivana diz calma. — É bem feio aqui né? Tão sombrio como você disse, e bem frio também. — Pega uma cadeira que estava ali e se senta de frente para a sua a prima, que a olha sem entender nada. — Mas você vai se acostumar, eu só vou te fazer sofrer por alguns dias e em seguida irei te mandar pro inferno. 

Valentina a olha indignada com o que saiu de sua boca.

— Ivana co-mo-a-ssim? Esta dizendo que é você quem me sequestrou? 

Valentina a pergunta com uma voz trêmula e assustada.

— Sim! Fui eu sim. — Ela diz tranquila. — Eu nunca te suportei priminha! Sempre foi o centro das atenções, sempre foi a que mais se destacava, a boazinha, a inteligente, a estudiosa... TUDO ERA VOCÊ! E por culpa sua a minha mãe sempre foi tão distante de mim, e nunca me amou como eu sempre quis ser amada. — Ela diz com lágrimas em seus olhos. — E POR ISSO EU TE ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS. — Ivana grita furiosa. 

Valentina nega chorando. 

— Como... porque me odeia tanto? Eu sempre te dei tudo, sempre te dei os luxos que você queria, você nunca precisou trabalhar por conta da alta grana que eu te dava, paguei sua faculdade, tudo que você tem foi porque eu te dei, você foi sempre como uma irmã, eu sempre amei você, nunca foi minha intenção magoa-la. — Ela diz com a voz embargada pelo o choro. — Porque me odeia tanto? Porque? 

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