Desavenças.

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Já haviam se passado quatro semanas desde toda aquela situação horrível que Ivana teve que enfrentar. 

Sua relação com sua mãe estava muito tensa, Ivana a ignorava sempre, não havia a perdoado pelo o que fez e muito menos queria se dirigir a ela com palavras. Moravam na mesma casa porém pareciam ser duas desconhecidas.

Isabel sofria muito com toda aquela situação, a filha não deixava mais a mãe se reaproximar da neta como era antes, Isabel não saia para passear com ela como fazia antes, o máximo que ela conseguia fazer era apenas fazer um carinho na neném, Ivana não deixava  nem a mãe carregar Alice mais. E isso estava a matando por dentro. 

Nunca pensou que chegaria a esse ponto. Ivana sempre foi rebelde, mas nunca havia tratado sua mãe tão friamente como nos últimos dias. 

Tinha parado de ir até o consultório de sua psiquiatra, agora ela quem vinha até a mansão para fazer a consulta. Até porque não se sentia mais confortável em deixar sua bebê sozinha.

O único com quem confiava em deixar sua filha era com o próprio pai dela. Como José Miguel não trabalhava em finais de semana, Ivana deixava a menina com ele nos sábados e assim muitas vezes aproveitava para ir ao clube para a academia ou ao salão de beleza para não perder seu costume de vaidade e cuidados com o corpo.

Leonor já havia voltado para a fazenda. Teve que dar seu depoimento a polícia naquele dia, tinha dito as autoridades que estava a muito tempo sem ver a neta, e que a saudade era muita por isso fez o que fez. E apesar de tudo foi liberada, por falta de provas e também segundo as autoridades porque ela não teve a intenção de sequestrar a menina, era a avó e tinha todo o direito de querer ficar perto da neta. Devido às autoridades. Ela não achava mais ruim em ter voltar a morar na fazenda, depois da boa reforma em que seu filho mandou fazer lá. A fazenda não era mais a mesma, e agora se encontrava impecável. 

Ivana deu graças por sua adorável "sogrinha" ter ido embora pro interior outra vez, mas ainda não se esqueceu do que ela fez, e seu plano de vingança contra a avó da sua filha estava mais do que de pé. Iria a fazer pagar por querer roubar sua bebê, e querer levá-la pra longe.

Tinha passado tanto estresse naquele dia que seu leite materno acabou secando e teve que começar a tomar medicamentos adequados para que voltasse ao normal de novo. E acabou funcionando.

Havia acordado a um tempo e já tinha dado banho em sua bebê e a arrumado para fazer sua primeira refeição do dia como já estava acostumada a fazer.

Sorria para a filha enquanto dava o purê de frutas que ela tanto amava comer pela a manhã. Faltava menos de quatro dias para que ela completasse seus cinco meses, e estava ficando a cada dia mais espertinha, não parava quieta, sempre estava balbuciando algo tentando falar, sem contar que já sabia discernir sons, a voz das pessoas ao seu redor, e direto utilizava alguns grunhidos para demonstrar o que desejava. 

Havia acabado de dar toda a refeição para a sua filha, e a mesma estava brincando com sua colherzinha de plástico que era específica para bebês. 

Senta-se para terminar de tomar seu café da manhã e sua mãe entra na sala de jantar com lágrimas em seus olhos. 

Ultimamente ela estava muito abalada, e chorava quase toda hora ao lembrar daquele terrível ocorrido que se culpava todos os dias.

Alice sorri para sua avó ao perceber sua presença perto dela. 

— Está muito linda princesa. — Isabel diz toda carinhosa olhando para a bebê na cadeirinha de alimentação. Pegando em seus cabelos que estavam um pouco preso com um lacinho rosa deixando sua pequena franja solta. Seus cabelos eram totalmente lisos, e haviam ficado um pouco mais loiros. Vestia uma blusinha rosa com alguns bichinhos desenhados,  e um mini shorts jeans, com um par de sandálias cor de rosa com um laço.  — Como sempre sua mãe te vestindo tão bem. — Diz beijando o rostinho da neném.

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