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Rio de Janeiro,
Vidigal.

Jadylla💋

Vidigal é com certeza o melhor lugar para se morar, não tenho um pingo de vontade de sair daqui da comunidade.

Logicamente aqui também tem seus pontos negativos, como as invasões do bope, porém depois de um tempo você se acostuma.

Sou criada aqui desde quando eu tinha meus 11 anos, desde então, vivo aqui dentro. Atualmente moro com minha mãe é meu padrasto, nossas relações são ótimas até.

Apesar de algumas brigas entre meu padrasto e meu pai eu consigo ter uma boa relação com ambos, o motivo da briga dos dois é sobre meu pai ser envolvido no tráfico aqui do vidigal.

Quando minha mãe conheceu ele, ambos eram novinhos ainda, porém minha mãe morava fora do morro, o resto vocês sabem .

Caiu o papo do meu pai e logo engravidou, porém continuou com a vida dela fora do morro.

Quando eu completei meus 11 anos, meu pai falou que era melhor a gente vim para o morro por causa que tava rolando boatos que os inimigos dele tinham ficado sabendo que ele tinha filha fora do morro.

Sai pulando os degraus da escada daqui de casa indo em direção a rua, cumprimentei alguns vapores que estavam ali na frente e fui em direção da boca.

peguei alguns garotos daqui, porém tudo no sigilo.

Jady: italiano.- entrei gritando ele, porém fui barrada ali na entrada mesmo.

Xxx: Colfoi, teu pai num aqui não.-um menino com um fuzil na mão falou.

Assenti e fui atrás da casa dele aqui no morro, minha mãe talvez tenha me obrigado a vim entregar um monte de papelada para o meu pai.

Fui subindo o morro com o sol torrando minha cabeça, não sei o porquê do meu pai morar tão longe, eoem.

Ouvi um barulho de moto atrás de mim e virei para olhar, passou um grupinho de traficante de moto.

Caralho.

Olhei para o Gb que lançou um sorriso de lado para mim enquanto passava voado, esse homem é a verdadeira perfeição em pessoa.

Infelizmente nunca rolou nada entre a gente, ficamos nessas olhadas mesmo.

Acho que se a gente ficasse meu pai com certeza iria matar a gente, ele sempre fala que eu tenho que ficar longe desses homens daqui do morro.

Jady: italiano.-gritei esmurrando o portão dele.

Nada, nada, nada, na hora que eu virei para ir embora ele atendeu com a maior cara de sono.

Italiano: isso é hora, porra?.-falou abrindo o portão.

Jady: Quanto amor, vim entregar isso aqui.
Espero que seja realmente importante como minha mãe disse, pois eu vim nesse sol do caralho entregar isso.-falei colocando a pasta na mão dele que me olhou com maior cara de cu.

Italiano: bom, fé pa tu! Nada de sair de casa hoje de noite, se liga.-falou me abraçando.

Me despedi dele e fui descendo novamente tudo de novo, para ele falar isso provavelmente vai ter algo aqui no morro.

Eu sei que baile não é, pois eu vou descobrir agora com a maior fofoqueira do morro.

WhatsApp on

Jady_ mãe, entreguei a pasta para ele.

Sônia_ bom, filha! Cuidado na rua.

WhatsApp off

Coloquei o celular no bolso e parei em frente a casa da Fernanda, minha melhor amiga.

fui entrando chamando ela, rezei antes de subir para o segundo andar, imagina ela com alguém ali.

Jady: CHEGUEI, TÔ SUBINDO!.-gritei vendo ela logo aparecer.

era costume ela indo para minha casa e eu indo para a casa dela, graças a Deus ela mora sozinha.

As vezes a mãe dela vem falar com ela, porém a relação das duas não é das melhores.

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