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Gb

Entreguei o dinheiro na mão do italiano, o mesmo fez questão de contar o dinheiro novamente só para ter certeza que eu não roubei nada.

Esse cara é cheio de ideia errada, achando que eu vou roubar ele, se não confia em mim é só não me dar certos trabalhos para fazer.

Nosso plano já tinha começa a algumas semanas, bagulho tinha que ser feito em quatro meses.

Na mesma hora que eu ia falar com o italiano a porta da salinha foi aberta no chute, João passou voado se jogando no sofá.

João: Italiano, tô fora.-falou acendendo um cigarro.

A cara do italiano era de poucos amigos, com ele ou você fazia ou caia fora.

João: Fiz tudo certinho, na hora que eu ia fazer o bagulho lá, chegou uma garota atrapalhando o plano todo.-disse soltando fumaça.

Eu não falava nada, apenas olhava os papéis que estavam no meu colo.

Desde o dia que eu fiquei com a filha do italiano eu mal consigo olhar na cara dele sem lembrar da merda, o cara esses dias deu maior apavoro no menor que ficou com ela.

Tá doido estou longe de problema, coloquei todos os papéis de volta dentro da pasta.

Italiano: Seguinte então, vou fazer um churrasco para os próximos e você chama ela. Quem sabe ela cai na sua lábia melhor lá, se pá até fala o que a gente tá procurando.-falou olhando para a porta.

João: Só quem toma no cu nessa porra sou eu né, não tô vendo o Gb fazer nada.-falou se levantando.

Na mesma hora o italiano me encarou, quase que minha alma sai do corpo, já imaginou ele manda eu ficar no lugar do João aturando aquela menina chata.

Gb: quando a sua parte do plano estiver pronta, aí eu começo a minha! Foi assim que me passaram as coisas pô.-falei encarando o João.

Minha parte do plano era coisa fácil, podia fazer em um dia de boa.

Sentia pena do povo de lá? Nem um pouco, por mim o italiano demorou ainda para mexer nessa família.

Tava preparando as coisas para pegar mais um plantão lá em baixo, peguei minha arma e o radinho.

Fui saindo dali indo em direção a minha moto, eu era sozinho nesse mundo, meu maior sonho é ter minha família e ter logo um time de futebol.

Porém a vida que eu levo me ilimita um pouco do que eu quero viver, largaria o crime? Nunca.
  
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No morro Onde histórias criam vida. Descubra agora