Goodbye, daddy.

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Olá minhas leitoras amadas! Quanto tempo desde a última vez que nos encontramos, não é?

O sumiço foi por muitos fatores, mas não vou me explicar dms.

Estou de volta, e pretendo continuar, no meu tempo e com a confiança que vcs depositaram em mim.

Bora ler esse capítulo? Quero que se preparem, leiam com calma e, por favor, escutem a música que eu indiquei durante uma cena, vai fazer toda a diferença na leitura de vocês.

Confiem em mim, vai dar tudo certo. Algumas coisas são necessárias, mas vai ficar tudo bem.

Boa leitura, e até já 🤍

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Inglaterra, 23 de dezembro, 23:00h.

O dicionário explica que o sentimento de culpa é pela consciência que temos ao descumprir uma norma social e/ou um compromisso afetivo, moral e institucional. É definida também como a responsabilidade pelo dano, mal ou desastre causado ao outro. O conceito da palavra é dado através do nosso comportamento desatencioso, que ocorre de forma involuntária perante um objetivo, lícito ou ilícito, que pode não ter sido desejado, mas que era previsível e poderia ter sido evitado.

Ainda que seu cérebro estivesse totalmente ligado no automático, e a única que coisa que conseguisse raciocinar devido às circunstâncias do momento fosse o desespero pungente que sentia para vê-lo de qualquer forma, Charlotte captava e absorvia no desconforto do silêncio de sua voz o quão irritante era o barulho que seus sapatos reproduziam ao tocarem a cerâmica branca do primeiro corredor daquele hospital. A única coisa que duelava à altura com esse som eram as batidas de seu coração, que agora tomavam um ritmo mais frenético para tentar manter o bombeamento de seu sangue. Isso era motivado pela angústia e pelo medo imensurável que sentia e que fazia revirar seu estômago, a ponto de lhe causar arrepios na pele. 

Seus olhos, que sempre tiveram uma aura doce e marcante por serem grandes e expressivos, agora conseguiam espelhar perfeitamente bem a sua atual situação; eles estavam um pouco menores e bastante avermelhados pelas incontáveis horas que se pegou chorando, mesmo que sem perceber. Além disso, seu nariz estava congestionado por esse mesmo motivo, enquanto seu coração estava dilacerado, fazendo o aperto no peito se tornar uma dor física que chegava ao seu subconsciente, transformando o misto de sensações que se apossavam do seu corpo numa dor de cabeça quase impossível de suportar.

Nada parecia fazer sentido desde que havia recebido aquela ligação. Era como se tudo estivesse fora de ordem, desencaixado de seu devido lugar. Era como se um apocalipse universal estivesse acontecendo sobre seus pés e que mesmo se tentasse muito, não acharia outro caminho para fugir que não colidisse com a dor. Se afligia ainda mais só pensar nos possíveis cenários que a esperava dali em diante, como se já soubesse que eram os piores possíveis.

Nunca imaginou que alguém pudesse se culpar tanto por algo como se culpava agora. O motivo do sentimento era por vários motivos, desde viajar para outro país até a demora que suas amigas tomaram para lhe contar sobre o ocorrido com o seu pai e, justamente por isso, Charlotte acreditava que não era correto dividir a culpa daquela situação com outras pessoas, além de que parecia mais justo que a cobrança por qualquer coisa fosse designada somente a si mesma e mais ninguém, já que ela é quem era a filha dele e quem devia estar ali desde o inicio, e não que o homem dependesse de outras pessoas para não estar desamparado.

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