「Nine: Ribs」

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[...] Este sonho não parece ser tão bom

Nós cambaleamos pelas ruas à meia-noite

E eu nunca me senti tão sozinha

É tão amedrontador ter que envelhecer [...]

—Lorde.

Zurique

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Zurique.
30 de março de 2023.

Ainda em meus braços Simon deixa de chorar. Luto comigo mesmo tentando achar palavras nessa situação, minha mente está confusa apesar de tudo.

— Você está melhor? — Digo em um tom baixo mordendo minha bochecha interna. Simon não olha para mim, continua com a cabeça no meu peito.

Estou com muito medo do que ele possa falar agora, e se realmente for o fim de tudo? Todo esse silêncio anda me incomodando, é um saco ter que saber lidar com essa situação.

Poderia ser com qualquer pessoa, qualquer pessoa mesmo, mas é justo o Simon!

O garoto que convivi por tantos anos, agora chora em meus braços implorando para eu ficar.

Em que situação eu estava pra chegar a esse nível?

— Me desculpa.— Murmura.

Para com isso. Você não tem culpa de nada. Chega.

Olha pra mim. — Seguro firme o rosto de Simon e o obrigo a olhar pra mim.

Seus olhos estão inchados com as olheiras avermelhadas. Ele está cansado, que merda eu fiz.

— Para de pedir desculpa. — Aperto sua bochecha. — Eu estou aqui e vou ficar por muito tempo você entendeu? — Falo de forma rígida. Nunca pensei que tais palavras sairiam da minha boca, minhas bochechas queimam de vergonha.

— Q-que? — Ele me olha confuso.

— E-eu...Eu gosto de você, gosto muito de você. — Grito aproximando meu rosto do seu.

Simon não fala nada, ele me encara extremamente confuso e atordoado piscando varias vezes. Em meu rosto se forma um bico, minhas orelhas ficam em uma situação parecida com as da bochechas.

— Cara, desculpa Ícaro mas eu não te vejo assim. — Ele franze a testa com um sorriso forçado.

— Vai se fuder Simon! — Jogo ele para trás abaixando meu rosto vermelho.

— Aí! — Ele ri coçando a nuca.

— Na verdade sou eu quem devo te pedir desculpas. Realmente eu ando meio estranho por causa da exaustão, me desliguei dos meus amigos principalmente de você. — Suspiro. Simon me encara e não diz nada.

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