(7/7)
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3 anos depois.
Respirei fundo olhando a multidão presente no estádio, suas lanternas para cima, os gritos ensurdecedores, os cartazes, fantasias. Sorri, sentindo o suor fino escorrer pelo meu rosto, minha roupa folgada já colada em minha pele.
— Esse é meu último show dessa turnê — falei no microfone, ouvindo os gritos aumentarem — E vocês fizeram ser o momento mais especial de todos. Vocês escolheram passar a noite conosco para fechar essa turnê de uma forma que só vocês sabem — declarei, caminhando pelo palco para poder dar atenção a todos naquele estádio lotado — Fazia dois anos que eu não sabia o que era fazer um show e vocês fizeram tudo ser especial e único. Serei sempre grata por isso. Então, antes de ter que me despedir, lembrem-se que se eu pudesse voar, estaria sempre próximo a vocês.
Ri quando eles gritaram ainda mais alto por entenderem qual música eu cantaria agora enquanto me sentava atrás do piano. Fiz o meu melhor para cantar aquela música a plenos pulmões, sentindo meu coração acelerar enquanto eu cantava.
Porque, por mais que amasse minha profissão, se eu realmente pudesse voar estaria em casa em todas as noites após os shows.
Cantei mais uma música antes de me despedir e sair do palco, recebendo abraços e cumprimentos de parabenização. Agradeci a toda a equipe antes de seguir com alguns dos dançarinos até meu camarim.
— Parabéns pela turnê, Mara — Aline disse assim que entrei, se aproximando para me abraçar.
— Obrigada por estar aqui — agradeci sincera antes de me afastar e tocar delicadamente em sua barriga — Como estão?
— Eu e a jogadora de futebol aqui estamos bem — ela garantiu com um sorriso — Último show da sua turnê, sabe que eu não perderia por nada — lembrou despreocupada, me dando o espaço necessário para entrar no camarim e me livrar dos meus sapatos.
— Nem acredito que já acabou — fui sincera, começando a tirar meu figurino — Senti falta da adrenalina de uma turnê — admiti, encarando minha amiga e empresária — Porem, não vejo a hora de voltar para casa — completei, lhe causando uma risada.
— Você consegue chegar pela manhã — me garantiu e eu concordei com a cabeça, me sentindo mais confortável em um short e uma camiseta — Como estão Marília e as crianças?
Sorri por um instante com a pergunta. Ainda era uma sensação indescritível quando me perguntavam dessa forma sobre minha família. Porque ainda parecia surreal que eu tivesse conquistado uma família como a minha.
— Estão bem, minha esposa está finalmente acabando um livro que ela escreve há uns quatro anos — comentei risonha por saber que meu filho era mais novo do que a idéia desse livro — Léo aprendeu a desenhar nas paredes e isso é um problema, Isabella está cada dia aprendendo um instrumento novo e Fairy ganhou uma câmera de aniversário e não larga aquilo por nada — contei, sem deixar o tom alegre ao falar de meus filhos, cada dia longe daquele trio era como uma facada em meu coração, mas era só ver seus rostinhos que eu me curava instantaneamente — E quanto a Hugo e Hannah?
— Ele está a ensinando basquete, nada que me deixasse surpresa — respondeu dando ombros, se divertindo com a idéia.
Continuamos conversando casualmente enquanto saiamos do meu camarim e éramos guiadas até o lado de fora. Sorri e acenei para fãs que me esperavam fora do estádio e enquanto não entrava na van, tirei algumas fotos. Porém logo eu já estava no caminho até o aeroporto de Dallas. Entrei em meu jatinho com o restante da equipe, me permitindo dormir até chegarmos em Nova York.
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Através da Escuridão
Fiksi PenggemarA vida costuma nos pregar peças, não é mesmo? Maraisa Pereira, é uma cantora de prestígio, casada com uma cantora e atriz famosa, que vive um conto de fadas todos os dias. Marília Mendonça, é uma escritora de renome, mas que tem seus próprios demôni...