CAPÍTULO SETE

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⠀⠀⠀⠀Isso não poderia estar acontecendo

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⠀⠀⠀⠀Isso não poderia estar acontecendo. Danielle nunca havia se envolvido em algo assim antes. Nem mesmo quando ela pensava que rebelar-se era apenas algo que os adolescentes fazem. Ela saiu mancando dos destroços, com as costelas machucadas - talvez até quebradas. Suas inspirações de ar eram irregulares e dolorosas. O sangue cobriu o lado esquerdo do rosto que colidiu com o painel. Seu crânio parecia estar se partindo, um machado afastando ainda mais a estrutura. Seus olhos brilhantes focaram na chama bruxuleante que escorria pelo capô torto do carro destruído de Darren.

Ela ainda podia ver seus olhos mortos e transparentes olhando para ela quando ela acordou. Sua boca estava aberta, seus dentes manchados de vermelho. Ela havia perdido a bolsa nos destroços. Ela pensou que poderia ter sido preso embaixo do assento, ou entre o assento e o centro, mas não conseguiu olhar. Ela não conseguiu se forçar a revistar o veículo fumegante que continha seu namorado morto, a cabeça dele ainda pressionada contra o vidro quebrado. Seu peito parecia vazio. Ela não conseguia respirar. Ela olhou para o carro em estado de choque absoluto.

Naquele momento, ela queria seu pai. Ela abraçou o peito na tentativa de se controlar. Seus joelhos tremeram embaixo dela. O ar estava começando a cheirar mal enquanto as chamas subiam, lambendo sua carne ainda quente. Ela cobriu o nariz com a mão trêmula, tentando ao máximo bloquear as imagens. Não havia como ela ter previsto isso. Não havia absolutamente nenhuma maneira. Seu calcanhar ficou preso na terra úmida, fazendo a garota cambalear para trás. Ao pousar na grama, ela percebeu um cheiro forte flutuando ao seu redor. A umidade que manchava suas pernas, roupas e mãos era gasolina.

Com pura adrenalina correndo em sua corrente sanguínea, a jovem morena ficou de pé. Ela tirou os sapatos que a faziam lutar e correu em direção à estrada próxima. "Ajuda!" ela lamentou, sua voz embargada enquanto lágrimas escorriam por sua bochecha machucada. Ela acenou com os braços, rezando para que qualquer tráfego aparecesse de repente do nada. "Ajude-me, por favor!" Ela cambaleou subindo a pequena colina, as unhas cavando a terra, abrindo caminho para sua própria segurança. Faróis passavam pela noite, iluminando a estrada à frente, mas alheios ao perigo abaixo.

Ela nunca esteve tão assustada em sua vida. Ela se forçou a andar pela rua, os pés descalços quentes contra o asfalto seco. "Ajuda!" Sua voz estava trêmula. Todo o seu corpo tremia. Ela parecia ter saído direto de um filme de terror. Um conjunto de faróis começou a cegar sua visão, o som dos freios perfurando dolorosamente seus tímpanos. Ela estremeceu visivelmente, agachando-se enquanto se enrolava em posição fetal. Ela esperou o impacto. Se isso fosse acontecer, ela esperava que isso a matasse. Ela não sabia se conseguiria sobreviver a esse trauma.

"Oh querida! Você está bem?!" Uma voz feminina e angustiada questionou. A porta do carro bateu, e foi isso que fez Danielle se levantar. Ela continuou a chorar. Seu lábio inferior tremeu enquanto ela gaguejava suas palavras. "M-Meu namorado. Ele-ele saiu da estrada e ele está morto. Ele está morto." Ela enterrou os dedos nos cabelos emaranhados, estremecendo com o corte incrustado em seu couro cabeludo. Ela puxou as raízes, tentando acalmar sua respiração. "Ele m-morreu. Ele está
morto!" A mulher que havia parado puxou a garota chorando contra seu peito.

LITTLE SINGER ━━ Dean WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora