02| Bebida de origem duvidosa

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Bill Kaulitz
Londres, 2009

Eu acho que nunca irei me acostumar com os milhares de flashs estourando na minha cara enquanto chego no hotel que ficarei hospedado por alguns dias. Em qualquer momento irei ficar cego com isso

A divisão dos quartos era a mesma de sempre, eu com Tom, Georg com Gustav e Louis com Jake, as vezes. "O que Louis e jake fazem ai?" Não sei, eles apenas vão pra todo lugar com a banda, quero dizer, Jake nem sempre, ele tem mais o que fazer

A primeira coisa que fiz ao chegar no quarto de hotel foi fechar todas as cortinas e verificar se não tinha nenhuma câmera escondia por ali

O quarto era grande e moderno, possuía duas camas de solteiro grande, televisão de boa qualidade, uma cozinha pequena e uma poltrona que parecia bem confortável

— eu não gosto muito da ideia de dividir quarto- Tom comenta jogando sua mochila em cima da cama- não tenho liberdade para fazer o que eu bem entender

— dormir pelado, transar e ver pornô?- pergunto sem dar muita importância enquanto verifico cada canto do hotel

— para de ser paranoico, não tem câmeras aqui- ele diz

Entro no banheiro para continuar minha busca e ignoro completamente meu irmão

O banheiro era grande, além de uma banheira grande, também possuía um box com dois chuveiros e uma pia dupla, tudo em tons de branco

Assim como no quarto, não tinha nenhuma câmera. Estando mais tranquilo, me jogo na cama, me sentando com as peranas esticadas uma em cima da outra, e pego meu celular que vibrava de mensagens do Georg

"Partiu balada"

Era o que dizia a mensagem. Revirei os olhos e desliguei o aparelho

— Georg quer ir na balada- falo jogando minha cabeça para cima e respirando fundo

— bora- meu irmão responde

— vocês são loucos, amanhã temos que fazer passagem de som

— qual o problema? Vai ser só de tarde, da tempo

— só se me prometeram não exagerarem

— relaxa, eu não exagero nunca, sei meus limites

...

Fazia exatos cinco minutos que chegamos na tal balada e Tom sumiu junto com Georg. A boate era um espaço privado e era bem caro para entrar e conseguir o ingresso, eles priorizam famosos e pessoas muito ricas

Era um lugar maneiro, todo escuro com algumas luzes vermelhas iluminando o local, as pessoas dançavam e bebiam como se fosse o último dia delas na terra e isso era incrível e assustador ao mesmo tempo

O som era alto, não conseguia ouvir nem o casal que conversava aos berros do meu lado

— é muito bom ter amigo rico- Jake fala animado e sai correndo para o meio da multidão

— Bill, se diverte, você está muito estressado recentemente por causa da tour- Gustav diz alto encostando em meu ombro- eu e Louis ficamos de olho nos meninos

— ok- dou um sorriso fraco e olho para os lados- cadê Louis?

Ele havia sumido também, sem ao menos percebermos

AUTOMATIC 2| Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora