08|Harry Potter e o assassino

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Bill Kaulitz
Londres---> Califórnia, 2009

O último show foi de longe um dos melhores que já fizemos, foi tudo perfeito, provavelmente não teria sido tão incrível se não tivéssemos remarcado. Eu estava em um bom humor inacreditável por conta disso

Estávamos no avião indo para os Estados Unidos para realizarmos nossos próximos shows, Jake voltku direto para a Alemanha, algo com a faculdade. Eu assistia a fantástica fábrica de chocolate na televisão do avião, Tom jogava algum jogo enquanto mexia a perna ansiosamente

— isso é um tédio- meu irmão murmura jogando a cabeça para trás- as perguntas não tem sentido

— joga outra coisa - abraço meus joelhos sem desviar minha atenção do filme

— já joguei tudo- suspira- por que esses voos são tão demorados?

— dorme que passa

— é desconfortável e seu ombro é muito ossudo para eu me deitar - olha em volta parando em seu olhar em algum lugar específico- você se importaria se Louis se sentasse aqui?

— sim

— ótimo!- ele solta seu cinto de segurança e se levanta indo até o banco ao lado

Olho para o garoto que sussurra algo no ouvido do outro, que logo se levanta, trocando de lugar com Tom. Antes do mesmo vir sentar do meu lado, ele pega algo em sua mochila no mochileiro acima do banco, que só depois fui perceber ser uma câmera

— você não vai querer dormir não, né?- me pergunta se ajeitando no banco- já me tiraram do meu lugar- prende o cinto de segurança em seu corpo e abre a bandeja que ficava no braço da cadeira

— não- respondo desviando meu olhar de volta para o filme- não gosto de dormir em avião

— eu tinha esquecido disso

A fantástica fábrica de chocolate era um dos meus filmes favoritos, eu amava a atuação de Johnny Depp, os efeitos visuais, a história, a estética, eu amava tudo nela. Louis compartilhava da mesma opinião que eu, sendo que pude perceber ele assistindo comigo de relance em alguns momentos

Olhei para o que ele tanto fazia com sua câmera e puxei o objeto dão mão dele. Olhei cada detalhe do aparelho que me parecia familiar

— a câmera que eu te dei- sorrio passando as imagens- você ainda usa ela?

— é claro, ela funciona- dá de ombros- me devolve, eu estava apagando as fotos ruins

Na câmera tinha algumas fotos mais recentes, a maioria de paisagens, percebi que ele tirou várias em Londres, mas a maior parte eram fotos antigas, principalmente 2005, quando dei a câmera para ele, a 2007, quando brigamos

— você deveria virar fotógrafo, tem talento para isso- comento olhando cada foto

— eu sei, é por isso que sigo vocês para todo canto, para tirar foto, esqueceu?

— é por isso?- o olho surpreso- achei que você era apenas um sem o que fazer- digo irônico

— nossa, como é piadista

AUTOMATIC 2| Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora