Capítulo 3: Sacrifícios

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Após o breve momento de luto entre Mary, Ethan, Jack e Grey, um silêncio tenso envolve o grupo. No entanto, eles são repentinamente interrompidos por um barulho vindo da região da cripta.

- Nós temos que ir agora - Disse Grey

- Vamos. - Disse Ethan

Enquanto corriam em direção às escadas que levavam de volta à superfície do piso solto daquela casa, uma luz repentina toma conta da superfície.

- Ei, vocês estão bem aí embaixo? - Gritou um policial.

Neste momento, o grupo pode subir aliviado até a superfície para o encontro com o policial, onde esperam encontrar segurança.

- Como sabia que precisaríamos de ajuda? - Perguntou Jack

- Foi uma ligação anônima dizendo que alguns jovens poderiam estar com problemas. - Disse Ele.

- CUIDADOOO! - Gritou Ethan ao ver que um homem com sangue no rosto esfaqueou o policial múltiplas vezes.

Por instinto, Mary rapidamente pegou a arma do policial e atirou naquela figura macabra. Porém os buracos das balas estavam misteriosamente se regenerando numa velocidade anormal. Rapidamente, o grupo correu até a porta dos fundos para escapar, mas antes que pudessem se afastar, o homem pegou Mary pelo cabelo. Ethan, impulsionado pela fúria, pulou em cima dele e com uma força impressionante, arrancou o pescoço do agressor. Isso fez com que eles pudessem ter um tempo de vantagem antes que ele se regenerasse.

- Isso é loucura, que porra tá acontecendo - Gritou Grey irritado.

- Ei, calma cara. Isso não é momento de se alterar. - Disse Ethan.

- Vocês não percebem? Para a gente se salvar é só entregar a Mary pra eles. - Disse Jack

- Cala boca seu filho da mãe - Disse Ethan.

- Se acalmem, talvez a gente possa usar o carro pra fugir daqui. - Disse Grey.

- Beleza, quem ficou com a chave por último? - Perguntou Mary

- Tinha sido a Jess - Disse Jack

- Ótimo, mas que desgraça. - Disse Grey.

- No momento que estávamos fugindo daquela casa, eu peguei a chave da viatura. - Disse Ethan.

- Muito bem, agora só precisamos achar o carro dele. - Disse Mary

- Provavelmente estará perto daquela casa. - Disse Jack.

Decidindo buscar abrigo em uma mercearia abandonada até o amanhecer, o grupo espera encontrar a viatura da polícia e garantir sua saída da cidade com vida. Eles moveram estantes para a entrada e janelas, bloqueando o acesso e tentando garantir alguma segurança. Acenderam fogo com fósforos para iluminar o ambiente e, possivelmente, dissuadir qualquer ameaça que se aproximasse. Grey e Jack foram pegar algumas facas para uma estratégia de autodefesa, deixando Mary e Ethan vigiando a parte principal do mercado.

- Ei, muito obrigado por tudo que você tem feito por mim. - Disse Mary sorrindo para Ethan.

- Por nada... - Disse ele

Ethan, preocupado, reparou que o braço de Mary estava machucado e sangrando. Agindo rapidamente, ele ofereceu um pedaço da sua camisa para ser usado como torniquete.
Depois de Ethan cuidar de seu braço, Mary o beijou repentinamente.
No calor do momento, Ethan, sem saber o que pensar, apenas cedeu e beijou mais intensamente a garota por quem tinha sentimentos há tanto tempo. Só que aí, Grey e Jack chegam.

- Aí, sem querer interromper os pombinhos, mas toma aí. - Disse Grey entregando facas para os dois.

- Isso deve ser o suficiente para manter a gente seguro até o amanhecer - Disse Jack.

Eventualmente, cerca de 14 mortos aparecem e tentam invadir o mercado. O grupo, agora munido com facas e enfrentando uma quantidade considerável de mortos-vivos, se vê diante de mais um desafio.

- Esse é o momento, fiquem juntos - Disse Ethan.

Logo, um deles consegue quebrar uma janela e desmembra Jack, que consegue apenas esfaquear o olho do morto-vivo.

- Não, não Jack! - Gritou Grey chorando.

- Vamos logo cara, eu sinto muito - Disse Mary.

- Não, vão vocês, eu ainda tenho um último truque na manga.

- Do que você tá falando? Vem logo - Disse Ethan.

- VÃO LOGO, eu seguro eles, não olhem pra trás. E Ethan, você até que é um carinha legal, agora saiam daqui. - Gritou ele.

- Tudo bem desgraçados, podem vir.

Nesse momento, enquanto Mary e Ethan corriam para fora do mercado, uma explosão acontece, revelando que o plano de Grey era se sacrificar caso mais um do grupo morresse. Isso faz com que Mary e Ethan corram ainda mais rápido, lágrimas escorrendo de seus rostos. Enquanto corriam, o sol estava nascendo, e ainda assim, mais monstros surgiam para matar Mary. Avistando o carro, ambos entram nele. O amanhecer traz consigo tanto uma nova esperança quanto a sombra dos perigos que persistem. Depois de ligar o carro, Mary acelera e eles vão embora da cidade, até que aparece um monstro na frente deles, fazendo com que ela o atropelasse.

- Conseguimos - Disse Ethan rindo

- Sim, conseguimos! - Disse Mary.

Naquele momento, o alívio parecia reinar sobre os dois. Após a intensa e aterrorizante noite na cidade abandonada, Mary e Ethan finalmente sentem um respiro de alívio enquanto se afastam do caos.
Um dia se passou, enquanto os pais de Ethan estavam viajando naquela semana. Ele chamou sua namorada, Mary, para passar a noite em casa.

- Um brinde aos amigos que perdemos - Disse Ethan

- Nunca esquecerei eles... - Disse Mary

- Apesar de não ter conhecido muito bem, eu também não.

Logo depois, Ethan foi até seu quarto para pegar a caixa com o nome da Mary e entregou a ela. Ela ficou maravilhada com a fita "Lovers Rock", e os dois escutaram juntos, deitados no sofá. O gesto romântico e a escolha musical criam um ambiente íntimo, proporcionando um momento de paz e conexão.

Porém, o telefone toca. Ethan atende, e do outro lado, há apenas uma respiração. Um arrepio percorre sua espinha, pois o silêncio carregado de respirações desconhecidas traz uma sensação de inquietude.
Nesse exato momento, vozes começam a ecoar sobre a cabeça de Mary, fazendo com que ela pegue a garrafa em sua frente e a quebre.
Ethan escuta o barulho e vê que Mary estava prestes a cravar aquilo sobre seu pescoço. Ele corre e segura a garrafa antes que sua amada realize esse ato. Ethan repara que os olhos de Mary estavam sangrando preto, e ela de repente o ataca contra a parede. Ethan se defende, tenta segurá-la, e a única alternativa que vê é amarrá-la com uma corda. A situação atinge um novo nível de intensidade, revelando um aspecto sombrio e inexplicável no comportamento de Mary. O telefone toca novamente...



Uma Cidade, vários segredos - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora