A paixão do Vampiro

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Galerinha: Muito obrigada a quem veio de Escolhida pelo Vampiro para vir aqui.

vocês tem um lugarzinho no meu coração.

Hana Vivien

- Espera, cachorrinho. Pare!

A pequena bola na cor caramelo era bastante animada, e naquela noite qual eu o ganhei mal pude dormir. Tive que mandar algumas vezes para que ele não latisse, pois isso faria barulhos e despertaria a ira de meu pai.

Considerando que toda a repulsa que sinto de vampiros se deve a lealdade de minha casa, pior é meu pai. Boatos de que ele já matou um nobre, um vampiro resistente a luz solar. Sempre ouvi falar que eram a pior espécie, pois por não serem totalmente selvagens, sabiam manipular suas vítimas, e eu ainda estava convicta que Mizrak estava querendo me matar.

O sangue de um Vivien poderia lhe dar força, aprimorar seus poderes de magia, talvez fosse isso sua real intenção. Aquele homem não me conhecia, não tinha como me amar sem me conhecer. Embora receber um presente tão valioso vindo dele, tivesse causado uma rachadura nos muros de meus pensamentos.

O pequeno animal da cor caramelo finalmente havia se aquietado, e eu pude trocar de roupa em paz, pondo minha camisola. O que me fez parar por um instante e olhar para a janela, que estava fechada. Mas, com as cortinas separadas. O pensamento que passava por minha cabeça era se ele já havia feito isso, me observado mais vezes. Para garantir dei passos em direção a mesma e fechei as cortinas, retornando para minha cama.

Tirei alguns grampos de meus cabelos, que desfizeram o penteado de meus longos cabelos cacheados e prateados, cairam sobre a minha pele negra escura, olhei para meus ombros e joguei os grampos ao meu lado e deitei, precisava dormir.

Mas, eu não podia negar que aquela pequena bola de pelos havia tocado meu coração.

Poderia confiar em Mizrak? Ele disse com clareza mais cedo que não havia matado Henry, Mas foi o mesmo homem que havia declarado anteriormente o desejo de me ver sem um compromisso.

Mergulhei em um sono profundo, tão intenso que quando despertei, era com lambidas em meu rosto. A pequena bola de pelos estava lambendo meu rosto e com a respiração próxima de meu nariz. Sentia o calor de suas narinas e o ar tocando minha pele, quando abri meus olhos apenas vi seu focinho preto esfregando na maçã de minha face.O calor invadia o quarto, acreditei que havia sido a junção disso com as carícias do animal que me fez despertar naquela manhã, além de uma fome voraz que estava causando um vazio em meu estômago.

No dia anterior eu não havia comido nada, e para ser sincera, apesar de sentir fome eu não tinha animação para comer. Porém, aquele pequeno animal que estava comigo precisava ser alimentado, e ele caminhava pela cama abanando seu rabo para mim mostrando alegria por me ver despertada, era um doce de criatura. Tive de lavar meu rosto e me arrumar, com um vestido dourado comum de alça curta, coloquei meus sapatos dourados, e então peguei a pequena criatura no meus braços conforme ela abanava sua cauda e apoaiva as patas em meu ombro.

Quando abri a porta me deparei com a figura de Zephyr, mais alto do que a mim com a mão direita no quadril e a esquerda a alguns centímetros da porta. O homem levou a mão em seguida ao queixo e sorriu para mim.

- Oh, bom dia. Já estava ficando preocupado com você.

Ele tinha seus motivos.

- Eu vou ficar bem. - Apertei o animal para perto do meu corpo e vi sua mão ir diretamente a barba que estava rala em seu rosto. - O que foi?

- De onde veio esse cachorro?

- Foi um presente do antigo rei vampiro, Melark - Resmungo caminhando até passar por ele, não queria prolongar o assunto.