[8] Domando o monstro

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#FOFOEPELADO

Gotículas transparentes escorriam sob a derme morena, traçando caminhos ao deslizar, de forma suave, pelo peitoral forte reluzindo os músculos ao contato com o brilho do sol.

Ao traçar, lentamente, o caminho completo, as gotículas de água fria caiam e se chocavam contra os braços pálidos do humano, o arrepiando imediatamente.

Jimin engoliu a saliva acumulada, ainda preso no olhar predatório do híbrido, suas mãos pequenas posicionadas nos ombros largos, sentiam sob a palma o calor que emanava da pele bronzeada.

Por outro lado, o aperto firme das mãos do Jeongguk em sua cintura desestabilizava todo o seu controle nas pernas, fazendo-as quase ceder de tão trêmulas, o deixando a mercê daquele toque, tal qual, a pulsação em seu peito descompassada dado a inebriante sensação por estar tão perto da presença marcante do híbrido.

No entanto, apesar de estar em volto de sensações inquietas, referentes aquele toque regado em possessividade que o fazia sentir as bochechas quentes, nada se comparava a profundidade, da qual, aqueles lumes predadores miravam  dentro dos seus olhos, cavando a densidade castanha para poder chegar até a alma, com o abismo em verde esmeralda parecendo o engolir, tendo o mais apurado foco em hipnotizá-lo.

Jimin sentia-se como um pequeno camundongo acuado diante de uma grande fera, pronta para o atacar em qualquer instante, apenas esperando o momento certo que ele se rendesse e não conseguisse mais escapar de suas garras.

— O-onde estava? — Suspirou em meio ao murmuro, quebrando o contato de seus olhos ao desviar para qualquer outro lugar que não fosse aquele mar verde intimidante; escolheu focar nos cabelos negros úmidos, que ainda pingavam gotinhas de água, consequentemente, molhando o pescoço e a clavícula do mais alto.

Mesmo um pouco intimidado e visivelmente constrangido, Jimin não se afastou do toque do híbrido, pelo contrário, deixou que as palmas quentes esquentassem sua cintura. Não era algo que o incomodava.

Conquanto, não esperando obter nenhuma resposta vinda de Jeongguk, o garoto de alguma forma sentia que ele o entendia e compreendia tudo o que era dito. Por isso, sentia-se a vontade de se expressar quando estava ao lado dele.

O híbrido mostrou que possuia tal capacidade quando falou o seu nome na caverna, apresentando mínimas dificuldades na pronunciar ele conseguiu proferir o nome de Jimin corretamente, no final das contas, Jeongguk apenas não tinha prática, mas isso não seria um problema.

Desde que Jimin se sentisse a vontade com a sua presença, Jeongguk estaria ali para escutá-lo. Pois, o garoto era ótimo em diálogar, já o híbrido era ótimo em ouvir.

Está tão perto do acastanhado, era algo que o moreno poderia descrever como sendo uma extensa batalha entre cair ou não na tentação de reivindica-lo, o cheiro doce daquele humano apurava os seus instintos, tornando-o inebriado, tal qual, a sensação de tê-lo tão próximo do seu corpo.

Foram raras as oportunidade que esteve sentindo o cheiro, o calor do corpo pequeno junto ao seu e a famigerada sensação de pertencimento dançando por seu peito, fazendo-o querer se afogar mais e mais em tudo que Jimin tinha para oferecer.

Todavia, Jeongguk sabe que deve se manter firme para não acabar o assustando, ele sabe que precisa ir devagar, transmitir a confiança necessária para que Jimin pudesse enxergar nele um lugar seguro.

Por que, pela primeira vez em sua vida, o híbrido pensava em algo além de proteger o seu território de invasores, que iam muito além do seu ódio pelos humanos. Por isso, não era algo relacionado a caçar para se alimentar, muito menos passar seus últimos dias na terra isolado do mundo, não. Jeongguk pensava em família.

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