𝐏𝐫𝐨́𝐥𝐨𝐠𝐨

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O dia em que o Grande Parceiro de Cultivação Ouro Branco desaparecera, não havia gerado muita controvérsia sobre o ocorrido. Toda a população no Mundo da Cultivação crera de fato, que Vossa Figura Exaltada, fora assassinada naquele fatídico dia. No entanto, a única prova que ilustrara o ocorrido, fora meticulosamente abandonada em uma poça de sangue carmesim, sobre a vegetação rasteira da floresta de Lanling.

Seu cônjuge, o atual primogênito do Clã Jin, por fim, acabara por perder seu alento para chefiar e cumprir para com seus deveres, ao Clã herdado legitimamente de seu avô. Jin RuLan, enfermo por uma profunda tristeza irremediável, passara a maior parte de seu tempo refugiando-se em sonhos. Quando desperto e o desespero de ter seu amado, de volta em seus braços se fazia distinto e cruel, ele, afundado em profunda angústia, arrastava-se de sua cama à procura de seu doce e sutil aroma. Tão especifico e peculiar como o de vanilla¹.

Em seus dias mais atrozes, esse feromônio que não deixará de significar: o mais profundo e arrebatador sentimento de amor; tornou-se sua ruína e salvação.

Com sua incapacidade de liderança, o controle de Lanling Jin acabou-se por ficar parcialmente em mãos duvidosas e traiçoeiras.

Bái Qíshi o nomeado em nascimento Wei Yuan honrando seu título, demonstrava-se forte e comedido. Entretanto, os sentimentos contidos em seu interior, se transpareciam cristalino em seus olhos cinzentos opacos. O aperto constante e literal que se fazia presente em seu peito, não o deixara esquecer por um segundo que sua vida fora resumida em dor, e tristeza inconsolável.

No fatídico dia do pressuposto assassinato de Vossa Figura Exaltada, o mais alto grau de traição fora cometido, e o vínculo que um dia jurado eterno, fora esfacelado.

Impedidos de sentirem resquícios de vida em seu amado, sua "morte" se quer fora teorizada, menos ainda contraditada.

A marca eterna, ou, vínculo eterno, apenas fazia-se quebrado com o finamento de seu companheiro ou companheira. No local propriamente realizado, veias enegrecidas conectadas à mordida vincular, irradiavam-se apresentando sob a pele do pescoço do "hospedeiro" ainda vivo. Sobreviver à quebra de um vínculo, não é algo indubitavelmente impossível, todavia, em demasia doloroso e sôfrego.

O senhor detentor de poderosas forças naturais, de fato deveria estar morto. Ele desejava estar, e, provavelmente, em um futuro não tão longínquo, estará.

Rapto. Fora o que realmente ocorrera naquele tenebroso dia.

Mesmo tendo resistido com todas as forças que lhe restavam, o Grande Parceiro de Cultivação Ouro Branco, caíra. Encontrando-se em um especifico estado delicado e, ferido, Vossa Figura Exaltada, fora covardemente ameaçada pelo homem que viria a ser conhecido por toda uma nação, como: o Profano.

"Sabe bem que não o farei!"

"Você fará, ou irei mordê-lo", proferiu uma voz rouca, áspera e inexplicavelmente desumana.

O homem, forçando Vossa Figura Exaltada a submissão, agarrou-lhe agressivamente seus longos cabelos negros, e os puxara para trás com veemência, expondo-lhe seu pescoço misticamente empalidecido. Em seguida, próximo a seu ouvido, o profano murmurou ruinoso: "Com sinceridade lhe digo: que seria de uma profunda satisfação... Poupara-me tempo."

Decerto, mordê-lo em sua marca não o levaria propriamente a morte, porém, o mesmo não poderia se aplicar ao atual primogênito do Clã Jin, e, a Bái Qíshi.

Como parte de um acordo, o senhor detentor de poderosas forças naturais, fora forçado a exercer todos os desejos e vontades do homem profanado pelo impuro.

(𝐍𝐨𝐯𝐚 𝐕𝐞𝐫𝐬𝐚̃𝐨) O Grande Parceiro De Cultivação Ouro BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora