Harry and his new life

Capítulo um: um lugar desconhecido

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        Harry acordou em um lugar completamente desconhecido, com uma enorme dor de cabeça, e sem conseguir mexer praticamente nenhuma parte de seu corpo, ele nem ao menos conseguia abrir seus olhos, tudo o que ele podia sentir era o frio tomando conta de seu corpo, Harry tentou entender o que estava acontecendo ' talvez seja algum tipo de ataque? ' ele começo a ficar preocupado com o que estava acontecendo, então decidiu se forçar a abrir os olhos de toda a forma possível, e depois de muito tempo tentando ele finalmente conseguiu, só para ver uma enorme porta a sua frente, em primeira instância ele ficou muito assustado afinal ele nunca viu uma porta tão grande, mas foi aí que ele percebeu que não era a porta que era grande e sim ele que era pequeno, a primeira coisa que ele pensou foi que era um feitiço, mas Harry não se lembrava de ele mesmo ter feito um feitiço assim, ou de qualquer outra pessoa ter feito,  na verdade ele não conseguia se lembrar de absolutamente nada, desde a noite anterior onde ele tinha ido para a sua cama para dormir.

     Harry não sabia o que fazer, e a cada minuto que passava mais dor de cabeça e frio ele sentia, e tudo isso, somado ao medo e preocupação que ele estava sentindo, o fez chorar, e só para aumentar o seu terror quando ele foi chorar o que saiu de seus lábios não foi a voz grossa e forte de um homem adulto, e sim a um monte de balbuceios, e uma voz bem aguda, e percebendo isso ele só conseguiu chorar mais alto.

      Até que ele ouviu o que parecia ser passos apressados dentro da casa, e depois de alguns segundos algumas luzes se acenderam, e ele viu a porta se abrindo diante de si, junto a uma voz gentil e um tanto assustada.

- por Merlin! quem foi que deixou um bebê aqui?!? - a mulher falou em um tom exacerbado. E logo atrás dela foi possível ouvir uma outra voz, mas diferente da voz da mulher que Harry acabará de ouvir, a outra voz era mais firme e com uma tonalidade mais grossa.- o que houve meu amor?- o homem perguntou - querido alguém deixou  um bebezinho em nossa porta! - a mulher falou indignada - o que?!?? - o homem falou gritando.

      E enquanto isso acontecia Harry só podia ficar mais em choque ainda, ' bebê??!?!?? como assim eu sou um bebê???? ' a mente de Harry estava uma loucura, no dia anterior ele foi dormir sozinho em sua enorme e vazia casa, para depois sem motivo algum, ele acordar em frete da casa de um completo desconhecido, e para piorar no corpo de um maldito bebê?????? ele só podia sentir que o universo realmente o odiava.

- traga ele para dentro, aí fora está congelante!!- o homem falou - sim você tem razão querido - disse a mulher enquanto pegava Harry no colo, e entrava em sua casa, o colo da mulher desconhecida era quentinho e agradável, e Harry quase dormiu assim que ele encostou sua pequena cabecinha em seu peito.  Mas ele nunca poderia se dar ao luxo de dormir em uma situação dessas principalmente antes de saber o que diabos estava acontecendo.

         Ao olhar ao redor Harry percebeu que a casa era enorme e bem aconchegante, bem diferente de sua casa e da casa dos dursley onde ele cresceu. A casa dos dursley era parcialmente grande, mas lá era um lugar frio, onde ele nunca se sentiu a vontade, e sua casa atual apesar de grande era vazia e tão fria quanto a casa de sua antiga "família", se é que aquelas pessoas possam ser consideradas família.

       E em meio a tantos pensamentos Harry tomou um susto quando percebeu que já não estava nos braços daquela mulher, gentil e quentinha, e sim nós braços daquele homem com a voz grossa e firme. o homem o olhava de forma extremamente intensa, enquanto parecia o analisar de todas as formas possíveis, Harry se sentiu um tanto desconfortável sob aquele olhar intenso, ele se sentiu tão desconfortável que voltou a chorar de forma inconsolável, até que a mulher falou novamente, de forma alegre e brincalhona - haha parece que ele não gosta tanto de você assim Fleamont, acho que essa sua cara feia e esse seu cabelo bagunçado, o apavoram! - nesse momento Harry paralisou ' Fleamont? ela disse Fleamont?!?!?! por MERLIN!!!! como isso é possível o seu avô morreu a anos atrás! como era possível ele estar aqui na sua frente nesse momento, o segurando no colo?!?!??.

       Fleamont respondeu a mulher com diversão - a meu amor acho que você está enganada, ele claramente me ama! - disse ele - pobrezinho acho que você deve ter batido a cabeça com força para estar alucinado tanto! - disse a mulher enquanto ria sem parar - vamos não seja tão maldosa Euphemia! - disse Fleamont em um tom de falsa indignação.

- mas agora falando sério, quem você acha que foi o monstro que abandonou esse lindo bebê no meio da noite durante o inverno na casa de um completo desconhecido?- perguntou ele em um tom serio - sinceramente eu não sei, mas com toda a certeza do mundo, que não vou deixar ele lá fora sozinho, como esse monstro o  fez - falou ela enquanto sorria de forma doce para o Harry - você acha que deveríamos contactar o ministério? - perguntou ele - mas é claro que não!!!! - gritou ela - o que você acha que o ministério vai fazer com essa criança Fleamont???, ele vai ser colocado em um orfanato trouxa na melhor das hipóteses, e você sabe o que os trouxas fazem com uma criança quando ela é diferente do que eles consideram "normal"- falou ela com certo desdém - certo, certo nao precisa se alterar meu amor, eu nunca faria nada que você não quisesse - disse ele tentando acalmar Euphemia - acho bom mesmo! - disse ela.

      Enquanto eles falavam, Harry só podia ficar cada vez mais confuso, a sua mente estava inundada de perguntas sem resposta, quando ele escuta um barulho vindo da escada a sua direita, e quando ele olhou para a direção em que o barulho vinha, ele não pode deixar de querer chorar novamente, lá, descendo aquela escada estava o seu pai, só que bem mais jovem, olhando para ele com certa curiosidade.

    -papai?- perguntou Tiago com os olhos brilhando - ah Tiago!! meu filho, desculpa por te-lo acordado, é só que acabamos encontrando essa pessoinha lá fora em meio a lágrimas, e fomos ajudar - disse Fleamont sorrindo para seu filho que aparentava ter no máximo uns três a quatro anos.

      Mas antes que qualquer um pudesse dizer mais alguma coisa, Harry estalou em lágrimas, gritando e chorando a todo pulmões, afinal não é todo dia que você se reencontra com os seus avós e pai falecidos, e mesmo ele sendo um adulto por dentro, ele não resistiu a necessidade de chorar para expor todos esses sentimentos tão intensos que estavam dentro dele, e quem iria resistir? depois de tantos anos imaginado como eles seriam, e como seria estar perto deles, agora era real, eles realmente estavam lá!.............só que um pouco mais jovens do que ele imaginou.

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