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Vittoria

É muito difícil controlar a gargalhada quando Luca recebe um belo banho quente de xixi do filho. Passava um pouco mais da meia-noite quando Vito iniciou seu choro de reclamação pela fralda, bem diferente de alguns dias atrás, ele não queria atenção, apenas ser limpo. Dessa vez, eu já estava indo até meu menino, na verdade, eu estaria trazendo Vito para meu quarto, mas antes eu tomaria um banho, quando Luca chegou primeiro até o quarto do nosso filho. Realmente lhe daria um descanso, o homem estava exausto, ele mal havia acabado de chegar em casa após resolver um assunto interno da famiglia. E de longe era a primeira noite e madrugada que ele ficava com Vito.

Talvez já fosse o momento de passar para a outra parte do plano. Garantir que Luca não tenha que se esconder para ficar com o filho.

— Por... Porcaria, Leitãozinho! Olha o que fez? Tem noção do que aconteceria se não fosse um Romano? Eu iria arrancar esse seu pequeno pa... pintinho.

Rio mais quando Luca resmunga indignado, mesmo assim seu tom de voz está longe de estar raivoso. Então, o apelido ridículo que deu ao nosso filho fica ressoando em minha mente. Se Vito é um Leitãozinho, eu sou a senhora Leitoa? Pior que realmente me sinto assim em alguns momentos. Ganhei uma boa quantidade de peso do qual não consegui me livrar, meus seios estão muito maiores com o adicional de algumas estrias e celulites. Espero que amar meu filho mais que tudo não seja diminuído pelo fato de eu odiar o que a gravidez causou ao meu corpo.

— Onde estão as fraldas que eu trouxe?

Homens!

Como Luca não pode encontrar a montanha que ele trouxe aquele dia?

— Encontrei, seu maladrinho. Vamos te trocar, antes que você volte a querer fazer um escândalo. Sua mãe precisa dormir, como pode esquecer do nosso acordo?

Ah, sim, as facas! Reviro meus olhos.

Uma vez limpo, Vito não dá a mínima para o pai, ele simplesmente abre o berreiro. Se fosse antes, as conversas e andadas que Luca dá com ele pelo quarto funcionariam, mas não agora. Não com Vito desejando um lanchinho da madrugada.

— Não foi isso que combinamos, garoto! Você é mesmo um Leitãozinho morto de fome, não é?

Antes que o apelido fique remoendo em minha mente, caminho até lá.




Luca

Vito não se cala, nada que eu faça ou diga. É, não há como concorrer com os seios divinos de Vittoria. Ninguém pode culpá-lo. Quando me preparo para sair e bater na porta do seu quarto, a porta de Vito se abre e lá está lá. Ela sempre vinha mesmo que minutos depois, normalmente não nos encontrávamos.

Merda!

Eu quero que me veja tanto quanto o contrário.

— Você aqui? De novo? Que bom! — ela diz já estendendo os braços para o filho. Vito só falta se atirar para cima dela e tirar o seio da mãe para fora por conta própria — Piccolo, se continuar assim vão me acusar de deixa-lo passar fome — diz ao filho, sorridente, expondo o seio direito. Vito agarra em necessidade.

Eu assisto aquilo. Há Vittoria amamentando nosso... Alimentando Vito, enquanto cantarola uma canção de ninar, o embalando em seus braços. Assisto por tanto tempo que só me dou conta quando ele já está cheio, dormindo e relaxado em seu berço.

— Temos que batizá-lo — murmura — Tenho Mav e Francesca na lista. Gisele se excluiu. O que acha?

Ela está me pedindo opinião sobre o garoto?

Nas Mãos Do Don - 2ª livro da série Nas Mãos Do Amor            (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora