Vittoria
— Que tipo de roupas são essas?
Pulo no lugar, quando Luca surge ao meu lado reclamando.
— Está louco?!
Ele enfia as mãos no bolso da calça jeans. Fazia tanto tempo que não via Luca usando uma dessas. Em seu torso, uma camisa branca de mangas curtas, a pobre coitada luta para cobrir os músculos do homem. Luca estar cada vez mais gostoso deveria ser proibido, humanamente impossível, mas não. O homem realmente não dá a mínima para as regras, se é que há alguma para esse tipo de coisa. Eu quero bater nele, pelas coisas que me causam.
— Não foi intencional — continua examinando Vito — Por que está vestindo o garoto assim? Isso é tortura, Bella.
Ignoro suas palavras.
— Ele está uma gracinha — apanho nosso filho nos braços — Eu sou a coisinha mais linda, papá — imito voz de bebê. Luca revira os olhos — Ei! — bato em seu peitoral. Músculos realmente duros.
Por alguns segundos, Luca encara o local que toquei, apenas para me perturbar, minha mente me leva para suas palavras de ontem. Um frenesi ensandecido se inicia em meu ventre. Pelo visto, não sentir desejo pelo sexo com Luca não será um problema para mim, após o parto. Então, ele pisca e umedece os lábios com a ponta da língua, acompanho atentamente os movimentos.
Engulo seco.
— Francesca ligou, melhor se apressar — diz, a voz rouca exalando desejo tanto quanto seus olhos e... eu. Dío mio! — Vamos, Leitãozinho! — ele diz ainda rouco, mas olhando o filho.
Sem me dirigir nenhuma outra palavra, segue até a porta.
Engulo seco e me abano.
(...)
— Com quem tanto fala? — Francesca indaga sorridente, me servindo uma xícara com chá.
— Vince. Ele está com o Luca e Vito. Agora adivinhe para onde foram?
Francesca senta em minha frente e me olha com grandes expectativas.
— Fale de uma vez, Vittoria! — manda curiosa, ao invés de tentar acertar.
Ergo a tela de meu celular em sua direção. Ela mal pode acreditar.
— Tem certeza que isso não é uma montagem de Vince? Aquele garoto é uma peste. Você deverá ter cuidado quando Vito estiver um pouco maior ao lado dele, a propósito.
Rio.
Se ela soubesse que Vince já ensina o sobrinho mostrar a língua.
— É real! Acho que ganhamos.
Tirando meu celular de minhas mãos, Francesca olha mais uma vez a foto, ela aparece emocionada enquanto encara fixamente Luca fazendo compras para o filho. A roupinha de gatinho que ele usava fora, e peças iguais ao que o pai usava, em seu pequeno corpo. Na verdade, nós duas estamos emocionadas.
— Parece que sim, minha querida, parece que sim! — sua voz sai embargada.
Eu não lhe digo nada, mas sei que minhas palavras sairiam iguais as dela, meus olhos a prova disso, tão brilhantes pelas lágrimas de alegria como os seus.
Luca
Eu falhei poucas vezes na vida, mas de maneira tão miserável somente quando trouxe Vittoria para minha vida, tive espaço em seu coração e a magoei, a segunda, resistindo há essa coisa minúscula que é o meu... filho. Vito encara meus olhos como se pudesse penetrar através dele até mim, em tudo dentro de mim e ele o faz. Em minha mente, meu coração e alma. O pequeno me ganha, me tem igualmente a mãe, sem mais nem menos, até mais fácil para ser sincero. Eu moveria céu e inferno pela coisinha rechonchudo de olhos grandes em meus braços.
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Nas Mãos Do Don - 2ª livro da série Nas Mãos Do Amor (CONCLUÍDO)
RomanceProibido para menores de 🔞 Romance Dark, senão gosta, nem leia. Se ainda sim vai ler, não venha dizer merdas nos comentários. Apesar de ser nascida e criada na máfia, Vittoria nunca soube de verdade como as coisas funcionam, para ela tudo se dizia...