A Máscara De Adora | Catradora She-ra

Cap 4 - Garota Do jardim

Narrador pov's on

Uma semana havia se passado. Catra já estava conhecendo algumas pessoas no ciclo de amizade de Perfuma, amigos novos de Memista. Mesmo com os acontecimentos da última semana, ela finalmente estava se acomodando.

Jeck era o que mais falava com a morena. Todos os dias eles se juntavam e conversavam na sala de artes que por conta do horário não tinha ninguém.

Catra não podia duvidar que Jeck era um garoto livre e cheio de idéias novas, seus gestos eram delicados. Ela tinha muitas coisas para falar do garoto. Até mesmo Memista fala que ele era o garoto certo, mas Catra não podia deixar a loira de lado.

Mesmo ela não tendo nada haver com sua relação com Jeck, Catra se sentia estranha quando ficava perto da loira ou quando seus caminhos se cruzavam nos corredores.

A morena não podia negar que adorava um mistério e ela sabia que a loira tinha alguma coisa nela, só não sabia o quê.

Por mais que a loira estivesse sido gentil com Catra, ela era mais fechada e era raro falar com o tom alterado. Sempre ficava calada e tentava ficar mais na dela.

Catra pegou uma bolsa em sua penteadeira e colocou um livro e alguns lápis e borracha. Ouviu seu celular vibrando, mas não deu a mínima. Ela precisava de um tempo sozinha.

Na última semana, Catra visitou o jardim pela primeira vez e ficou enquantada por ele, havia várias flores lindas e a paisagem do lugar era melhor ainda. Então ela decidiu que toda vez que se sentisse confusa, iria sumir um pouco do mapa e iria desenhar. Então era isso que ela iria fazer.

Ela saiu do apartamento e foi até o jardim que não ficava muito longe do seu lugar.

Ela andou no meio dos alunos que riam alegremente no começo do dia. Catra teria um tempo até às aulas começarem.

Ela abriu o pequeno portão de ferro entrando dentro do lugar. Não era muito comum alunos alí.

Ela deixou encostado e foi até uma das flores que faltavam desde sua última vez, mas se surpreendeu em ver uma pessoa de frente para as flores.

Ela percebeu que era Adora alí sentada no gramado. Ficou meio curiosa em vê-la alí, nunca tinha visto a Inglesa fora do prédio.

Por um momento ela se sentiu nervosa e pensou em sair do lugar devagarinho que ela nem notaria que havia alguém antes.

Ela negou consigo mesma e tomou coragem em chegar perto. Ela já não era tão estranha assim para a morena já que haviam conversado depois dos acontecimentos na sala de música.

Ela chegou mais perto com cautela tentando o máximo não fazer barulho e não atrapalhar a loira que se mantia olhando o céu.

Catra se sentou na grama e pegou suas coisas. A loira olhou de canto um pouco confusa, más não deu muita importância até que ela viu a morena pegando um caderninho e abrindo em uma página qualquer.

Catra iria começar a falar, porém a Inglesa foi mais rápida.

— Por que vem aqui?– perguntou pra ela mesmo já estando na cara.

— Eu gosto de desenhar as flores daqui, são bonitas.– disse com um pouco de admiração e se perguntou como elas ficavam assim.

Adora se ajeitou um pouco mais e começou olhar para as flores em que a morena falava.

— Eu costumava vim aqui.– disse surpreendendo Catra.

— Gostava?

— Sim, meu pai sempre me trazia aqui para ver as flores ou olhar as nuvens. Ele não era um pai tão presente, mas quando estava, fazia total questão de fazer tudo para mim.